quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Arcoverde: Polícia não abre inquérito para apurar corrupção eleitoral por agente penal da Paraíba

                 Um despacho do Delegado de Polícia da 156ª Circunscrição - Arcoverde, Raphael Henrique de Sena Oliveira, determinou o arquivamento da ocorrência de corrupção eleitoral ocorrida no dia 15 de novembro quando um agente penal do estado da Paraíba foi apreendido com R$ 3.200,00 (três mil e duzentos reais), uma pistola calibre 40 e cerca de mil santinhos do candidato a prefeito Wellington da LW. O advogado que acompanhou o agente na DP foi o controlador do município, José Aldênio Costa Ferro.

No despacho, do dia 25 de novembro, o delegado manda arquivar a ocorrência por considerar “a inexistência de elementos informativos mínimo para a instauração de inquérito policial”. Além de determinar o arquivamento, o delegado ainda manda devolver ao Sr. Gleyson Rogério Martins de Oliveira tudo o que foi apreendido: santinhos, dinheiro e a arma (pistola).

O fato ocorreu a 01h40 da madrugada do dia 15, dia da eleição, quando o tal cidadão, que é servidor do Estado da Paraíba, a onde exerce a função de policial penal, foi interceptado por uma patrulha da polícia militar de Arcoverde. No veículo, um Ford Fusion, estavam Gleyson e Luiz Carlos Moraes Cavalcante, que disse ser apenas acompanhante. Ao abordar o veículo, a polícia encontrou a pistola ponto 40 na cintura do agente penal, 800 santinhos do candidato Wellington da LW e R4 3.200,00 (três mil e duzentos reais).

Passados dez dias da eleição, o delegado Raphael Henrique considerou, apesar de todo o material apreendido e do acusado nem sequer morar em Arcoverde ou mesmo votar no município e estar circulando em plena madrugada pela cidade, que não haveria motivos para instaurar inquérito. Só lembrando: o agente penal da Paraíba trazia consigo 800 santinhos do candidato Wellington da LW, R$ 3.200,00  (três mil e duzentos reais) e andava com uma pistola calibre 40 pertencente a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária da Paraíba. Para o delegado, nada disso representa “elementos mínimos para instauração de inquérito”.

Diante da decisão do delegado, o ex-candidato a prefeito Zeca Cavalcanti (PTB) foi à Corregedoria de Polícia e ao Ministério Público pedir providências para que as investigações prossigam.

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