Segundo
relatos feitos à reportagem, a interrupção do serviço, por meio da Operação
Carro-Pipa, foi informada por integrantes do governo federal a autoridades
estaduais e municipais de estados como Bahia e Pernambuco.
A iniciativa, que atende cerca de 850 municípios, prevê que o Exército fiscalize e coordene a distribuição da água em áreas atingidas pela seca.
A reportagem teve acesso a um aviso de um batalhão baiano a motoristas de
caminhões-pipa, enviado na quinta-feira (29), especificando que o serviço será interrompido
"por falta de recursos para pagamentos diversos".
O
governo federal tinha conhecimento de que não haveria dinheiro suficiente e
pediu a realocação de recursos para que o Exército contratasse carros-pipa. O
projeto que autoriza a medida, porém, ainda não foi votado pelo Congresso.
Documento
com data de 30 de setembro anexado ao PLN (projeto de lei do Congresso
Nacional) nº 30 informa que o crédito em pauta visa possibilitar o atendimento
de despesas no Ministério do Desenvolvimento Regional, entre outros.
Ele
detalha que os recursos são para o "custeio da Operação Carro-Pipa entre
os meses de setembro a dezembro visando garantir o atendimento com água potável
à população vitimada pela seca no semiárido brasileiro, entre outras". O
texto é assinado pelo ministro Paulo Guedes (Economia).
Nesta
sexta-feira (30), o senador Jaques Wagner (PT-BA) ingressou com requerimento
pedindo esclarecimentos ao ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
sobre o fornecimento de água no Norte e no Nordeste.
O documento aponta que a iniciativa envolve cerca de 7.000 veículos, que levam água para 79 mil pontos de abastecimento e cisternas coletivas.
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