Três
assessores parlamentares na Câmara Municipal do Cabo de Santo Agostinho,
no Grande Recife, foram presos na Operação Rateio II, deflagrada nesta
quarta-feira (29). Segundo a Polícia Civil, eles são integrantes de uma
quadrilha envolvida em crimes de peculato, falsidade documental e frustração de
direito trabalhista.
Esta
é a segunda fase da operação que prendeu o vereador Flávio do Fórum (PL) e
investiga um possível esquema de "rachadinha" no gabinete do parlamentar.
A prática ocorre quando funcionários públicos e prestadores de serviço repassam
para o político com quem trabalham parte do salário que recebem.
A
suspeita da Polícia Civil é de que o vereador tenha se apropriado indevidamente
de até 90% dos salários dos comissionados da Câmara. Os nomes dos três
assessores presos não foram divulgados pela Polícia Civil, que informou que
eles trabalham para o vereador Flávio do Fórum.
Segundo
a polícia, um dos três assessores parlamentares presos tinha o salário líquido
de R$ 12,5 mil e recebia, no bruto, R$ 9,5 mil, mas esse valor não ficava todo
com ele, pois uma parte do dinheiro ia para o vereador. A investigação
descobriu que esse assessor morava em uma casa muito simples, incompatível com
o salário dele.
Também
de acordo com a polícia, um segundo assessor foi preso porque atrapalhava as
investigações, e o terceiro assessor seria um pastor, que fazia casamentos a
pedido do vereador. O G1 está em busca do contato de Flávio do Fórum.
Os
três mandados de prisão preventiva cumpridos pela Operação Rateio II foram
expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca do Cabo de Santo Agostinho. Os três
assessores presos foram levados para fazer exame de corpo de delito no
Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Centro do
Recife.
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