Em
coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (17), a Polícia
Federal detalhou as operações Antídoto e Casa de Papel deflagradas ontem. A Operação
Antídoto investiga contratações emergenciais realizadas pela Secretaria de Saúde
da Prefeitura do Recife em favor da empresa FBS Saúde Brasil Comércio de
Materiais Médicos Eireli no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.
Segundo
a PF, uma das sócias iniciais da empresa, que firmou contratos na ordem de R$
81,1 milhões em equipamentos hospitalares com a Prefeitura do Recife, era uma
faxineira moradora de um bairro da periferia na Zona Norte da capital. Quando
policiais federais chegaram no endereço da faxineira, ela confessou que assinou
um documento a pedido de seu empregador, que não teve o nome divulgado.
Atualmente ela não consta mais como sócia da FBS Saúde.
De
acordo com o Ministério Público Federal, as apurações apontaram possíveis irregularidades
em dispensas de licitação promovidas pela Secretaria de Saúde do Recife e
vinculadas ao plano de combate à pandemia, com verbas do Sistema Único de
Saúde. A prefeitura teria feito a contratação de R$ 81,1 milhões em
equipamentos hospitalares da FBS Saúde Brasil em 14 contratos realizados com
dispensa de licitação. Chamou a atenção o fato de a empresa ter um capital
social de R$ 100 mil e apenas um funcionário registrado, Gustavo Sales Afonso
de Melo, embora as apurações indiquem outras pessoas como reais proprietários.
Na operação Antídoto, foram realizados oito mandados de busca e apreensão.
O
nome de Josefa Maria da Conceição consta como primeira prova indiciária no
processo da PF por consistir no pedido de alteração do endereço da empresa, protocolado
na Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), em 13 de julho de 2017. “Por Josefa
Maria da Conceição, a administradora à época da criação da FBS SAÚDE BRASIL’”,
diz trecho do processo. Do blog do Magno Martins.
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