A
Polícia Federal indiciou, na tarde desta quinta-feira (7), o ex-governador e
atual deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e outras onze pessoas por
corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica,
por ilegalidades cometidas durante a construção da Cidade Administrativa de
Minas Gerais. As informações são do G1 Minas Gerais.
Segundo
o relatório da PF, entregue hoje à Justiça Estadual, o processo de licitação
foi dirigido para que um grupo de empreiteiras vencesse a licitação. Há, ainda,
indícios de desvio de recursos públicos através de contratações fictícias,
cujas prestações de serviços não foram executadas na obra. A investigação
apontou que o prejuízo aos cofres públicos totalizaram quase R$ 747 milhões.
Inicialmente,
a construção da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 900 milhões. O Tribunal
de Contas do Estado afirma que o custo da obra passou de R$ 1,8 bilhão.
Em
delação premiada no fim de 2016, o ex-diretor superintendente da Odebrecht, em
Minas, Sérgio Neves denunciou um suposto esquema de desvio dinheiro durante as
obras do complexo administrativo.
Segundo
o delator, o então presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais
(Codemig), Oswaldo Borges, determinou que 3% de um contrato com a Odebrecht,
Queiroz Galvão e OAS iriam para Aécio Neves para futuras campanhas políticas. O
contrato era de R$ 360 milhões.
“Ele
determinou que adicionalmente nós deveríamos contemplar duas empresas locais”,
disse o ex-diretor da Odebrecht Sérgio Neves, em dezembro de 2016.
As
duas empresas seriam as construtoras Cowan e Alicerce. O delator disse que elas
foram subcontratadas, mas, para não fazer nada.
“Custou
R$ 5 milhões no contrato. Fizemos um contrato de prestação de serviço o valor
de R$ 5 milhões fictícios, sem a prestação de serviço com a Cowan e R$ 2,650
milhões com a Alicerce, um contrato de consultoria sem a prestação de
serviços”, afirmou Sérgio Neves.
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