A
Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (8), a segunda fase da
Operação Outline, que investiga possíveis desvios de recursos que deveriam ter
sido utilizados nas obras de requalificação da BR-101, no Grande Recife. A
Justiça Federal emitiu dois mandados de prisão temporária e outros nove
mandados de busca e apreensão. A ação ocorre nos municípios do Recife, Paulista
e Serra Talhada, em Pernambuco, e em Brasília. A Justiça Federal em Pernambuco
também decretou o sequestro de imóveis situados no Recife e em Gravatá, no
Agreste do estado, pertencentes aos investigados, que não tiveram os nomes
divulgados.
O
contrato para execução dos serviços é de cerca de R$ 190 milhões. Além do
desvio dos recursos, a PF investiga crimes como corrupção e lavagem de
dinheiro, no âmbito do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e da antiga
Secretaria de Transportes do Estado de Pernambuco. A maior parte dos recursos
para a obra veio de repasses do governo federal para o estado, sob a gestão do
DER, segundo a PF. Relatórios de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU)
e do Estado (TCE) recebidos pelos investigadores apontaram que a obra vinha
sendo executada com material, especialmente asfalto, de baixa qualidade e pouca
durabilidade.
A
operação Outline foi deflagrada em novembro de 2019. Na ocasião, foram
apreendidos documentos e mídias digitais. Segundo a PF, a análise do material
apontou evidências de desvios que chegam a, aproximadamente, R$ 4,2 milhões.
Ainda de acordo com a PF, foi constatado que ex-servidores do DER que foram
responsáveis pela fiscalização e liberação de recursos da obra tiveram
acréscimo patrimonial incompatível com os seus rendimentos nos últimos anos. Um
deles teria comprado embarcações, veículos, apartamentos e ainda realizou
diversas viagens ao exterior. Os bens adquiridos por ele eram registrados em
nome de terceiros, apontam os investigadores. Do G1
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