A crise
de insumos hospitalares que já vinha ocorrendo nas unidades de saúde do Estado
se aprofundou com a chegada do novo Coronavírus, colocando em risco os
profissionais de saúde que atuam nos hospitais estaduais. Em Arcoverde não é
diferente, e vários profissionais de enfermagem tem denunciado a falta de
máscaras de proteção para os enfermeiros atuarem. A denúncia já foi levada a
direção do Hospital Regional Rui de Barros Correia e revelada a pouco pela
vereadora Zirleide Monteiro.
Segundo
informações repassadas a parlamentar, somente ontem enfermeiras trabalharam com
apenas duas máscaras cirúrgicas no plantão de 24 horas quando, no mínimo,
deveria haver de 04 a 07 máscaras disponíveis para cada profissional. Os enfermeiros
disseram que a direção da unidade alega o alto preço do produto, que teria passado
de R$ 0,15 para R$ 3,00, o que ficaria inviável a compra.
A vereadora
Zirleide Monteiro disse que iria procurar a direção do hospital para saber que
medidas serão tomadas para sanar o problema. Segundo a informação repassada à
parlamentar, o problema já teria sido levado ao conhecimento da direção da
unidade, da administração da OS e também da prefeitura do município.
A
Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) lamentou, através de nota, a decisão do
Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE) em decretar estado de
greve, que pode entrar em vigor partir da próxima segunda-feira (23). Os
profissionais denunciam escassez de Equipamento de Proteção Individual (EPI)
para atender pacientes de casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus,
como luvas, máscaras, óculos de proteção e avental. A Secretária ressalta que
há uma crise nacional no abastecimento de insumos.
Por
sua vez, o Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE), esclarece
que os enfermeiros trabalhando sem máscaras, luvas, gorro, avental e óculos de proteção
ao receber pacientes contaminados por coronavírus, torna-se transmissor da
doença para pacientes que não estão infectados, bem como, contamina-se e leva o
vírus para seus familiares.
“Quando
o Governo deixa de fornecer esses materiais, além de faltar sabão, álcool em
gel e papel toalha nos locais de trabalho, está virando as costas para o povo pernambucano.
É lamentável que a Secretaria Estadual de Saúde (SES/PE), no lugar de atender
as reivindicações da categoria, se limite a lançar nota contra o Sindicato”,
afirma a nota do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco.
“No
momento em que a população mais precisa dos enfermeiros, nós recebemos os
pacientes com todo o profissionalismo e dedicação, apesar de estarmos há quinze
anos sem reajuste salarial e não termos os equipamentos de proteção. Por isso é
que somos reconhecidos pela sociedade inteira, menos pela Secretaria de Saúde,
que não atende as reivindicações da categoria”, afirma a nota.
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