sábado, 5 de outubro de 2019

MP denuncia ministro do Turismo por suposto esquema de laranjas do PSL em Minas


               O Ministério Público de Minas Gerais apresentou denúncia contra o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, por utilizar candidaturas de fachada para acessar recursos do fundo eleitoral nas eleições do ano passado. O ministro era, à época, presidente do PSL mineiro.

Além de Marcelo Álvaro Antônio, a promotoria encaminhou denúncia contra outras dez pessoas, entre elas Haissander de Paula, ex-assessor do ministro, Mateus Von Rondon, assessor especial preso em junho deste ano, e Roberto Silva Soares, assessor do ministro. O trio atuava como intermediários do esquema, fazendo a ligação entre o partido e as gráficas e o direcionamento dos pagamentos.

O deputado estadual Professor Irineu (PSL), eleito no ano passado, também foi denunciado como beneficiário do esquema ao lado do próprio Marcelo Álvaro Antônio.

"Dentre os beneficiados, encontram-se o Professor Irineu e Marcelo Henrique (o ministro). Segundo a prova dos autos, foram os que mais receberam recursos do fundo partidário, e que tinham maior volume de material produzido nas gráficas", disse o promotor de Justiça Fernando Abreu.

Mais cedo, a Polícia Federal indiciou Marcelo Álvaro Antônio no inquérito da Operação Sufrágio Ostentação e imputou ao ministro os crimes de falsidade ideológica, associação criminosa e apropriação indébita.

O ministro é acusado, e agora denunciado, de articular um esquema de candidaturas femininas. Por lei, cada partido deve garantir o mínimo de 30% de candidatas do sexo feminino.

O esquema do PSL, segundo a PF, se baseava em apresentar candidatas sem ter a intenção delas serem eleitas apenas para acessar recursos exclusivos do fundo eleitoral. Segundo Abreu, como presidente do partido, Marcelo Álvaro Antônio teria conhecimento da estrutura criminosa.

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