O
Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) marcou para amanhã uma
assembleia visando deliberar sobre a campanha salarial de 2019. A principal
reivindicação do segmento é um salário equivalente à jornada de trabalho.
Segundo o sindicato, o governo do estado reajustou a carga horária dos
policiais civis sem aumentar, proporcionalmente, os valores pagos. A alteração
começou a vigorar em 2010, por força da lei nº 155. A reunião será a partir das
18h, na sede da entidade, em Santo Amaro, área central do Recife.
Em
visita ao vice-presidente do Diario de Pernambuco, Maurício Rands, a diretoria
do Sinpol afirmou que tenta, há muito tempo, dialogar com o estado, mas não há
um entendimento. “A gente não quer reajuste salarial, e sim que o governo
corrija essa questão, que repare o que nos deve há quase dez anos”, diz o
presidente da entidade, Áureo Cisneiros. “Estamos abertos ao diálogo, mas o
estado fica empurrando com a barriga. Vamos puxar um movimento grande, estão
todos muito revoltados com essa situação”, acrescenta.
Áureo
aponta, também, que há “usurpação de funções” por parte da Polícia Militar no
Instituto Médico Legal (IML) do Recife, além do déficit de pessoal. “A campanha
também olha por essa questão, que o estado complete o quadro de policiais
civis. Para você ter ideia, nos últimos quatro anos, mais de dez mil homicídios
deixaram de ser investigados. Isso é grave, gera impunidade. E a impunidade é a
mãe da violência”, conta.
Outra
queixa do sindicalista, ainda no âmbito da suposta falta de diálogo com o
Governo de Pernambuco, é que o Sinpol elaborou, com ajuda de uma empresa
especializada, um dossiê sobre as dificuldades que a Polícia Civil enfrenta no
estado. Teriam sido produzidos dois volumes desse material, apontando problemas
estruturais, pontos que atrapalham o trabalho de inteligência do efetivo e
outros assuntos.
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