O
número de casos suspeitos de sarampo em Pernambuco aumentou para nove. Além dos
seis que já estavam sendo investigados desde o fim de julho, outras três
pessoas passaram a integrar a lista. Uma delas é mais um adolescente que
participou da viagem para Porto Seguro, na Bahia, onde estava todo o grupo
notificado. Os outros dois são pessoas próximas deles. Diante do surto ativo no
país, o estado permanece com o alerta reforçado para que a população procure as
unidades de saúde para realizar a imunização. Entretanto, a Secretaria Estadual
de Saúde (SES-PE) ressalta que a vacinação faz parte da rotina básica e não há,
como boatos na internet tentam espalhar, uma campanha de vacinação vigente.
O
primeiro caso suspeito de sarampo foi notificado em Pernambuco no último dia
25, de uma adolescente residente em Caruaru, que havia viajado para Porto
Seguro. Durante a investigação, foram identificados sintomas suspeitos em
outros oito casos, sendo seis de jovens que estavam na mesma viagem. Com isso,
são três residentes da capital pernambucana, dois de Caruaru, um de Olinda,
dois de Bezerros e um de Jaboatão dos Guararapes sendo investigados. Todos têm
entre 16 e 19 anos e com quadro de saúde estável. A excursão para a cidade
baiana ocorreu entre 28 de junho e 1º de julho. Um dos monitores que
participava do encontro, residente em São Paulo, teve a confirmação da
enfermidade.
As
nove pessoas fizeram coleta para análise laboratorial, que está sendo realizada
pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) e pela Fiocruz Rio de
Janeiro, mas não há um prazo para divulgação dos resultados. Ao todo, 182
pernambucanos estiveram na mesma viagem. Uma busca ativa está sendo realizada
para identificar outras suspeitas e também para realizar o bloqueio para evitar
a circulação viral. “Existe um período que precisamos aguardar, em que
podem surgir os casos secundários, de pessoas que tiveram contato com esses
adolescentes. Os sintomas podem surgir de sete a 20 dias após a exposição.
Estamos monitorando para saber como as pessoas estão se comportando”, afirmou a
superintendente de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da SES-PE, Ana
Catarina de Melo.
Como
o sarampo é uma doença de alta transmissibilidade, Ana Catarina reforça a
necessidade de as pessoas buscarem os postos de saúde para receber a
imunização. “A cada quatro anos, mais ou menos, fazemos uma campanha de
segmento. Mas não há nenhuma acontecendo agora. Independente disso, a vacina
está disponível nos serviços de saúde”, lembrou. A vacina tríplice viral é
administrada conforme a situação vacinal de todos os contatos dos casos, na
faixa etária de 6 meses a 49 anos. Acima dessa idade, se avalia a necessidade
da imunização.
A
vacina, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, obedece ao seguinte
esquema: pessoas entre 12 meses e 29 anos devem tomar duas doses com intervalo
mínimo de 30 dias entre elas; aqueles de 30 a 49 anos não vacinados deve tomar
uma dose. Já os profissionais de saúde não vacinados, independente da idade,
devem tomar duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. No momento,
o Ministério da Saúde recomenda ainda que crianças de seis meses a 1 ano que
irão se deslocar para municípios em surto ativo realizem a imunização com pelo
menos 15 dias antes da viagem. Do DP
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