quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Pernambuco investiga nove casos suspeitos de sarampo


            O número de casos suspeitos de sarampo em Pernambuco aumentou para nove. Além dos seis que já estavam sendo investigados desde o fim de julho, outras três pessoas passaram a integrar a lista. Uma delas é mais um adolescente que participou da viagem para Porto Seguro, na Bahia, onde estava todo o grupo notificado. Os outros dois são pessoas próximas deles. Diante do surto ativo no país, o estado permanece com o alerta reforçado para que a população procure as unidades de saúde para realizar a imunização. Entretanto, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ressalta que a vacinação faz parte da rotina básica e não há, como boatos na internet tentam espalhar, uma campanha de vacinação vigente.

O primeiro caso suspeito de sarampo foi notificado em Pernambuco no último dia 25, de uma adolescente residente em Caruaru, que havia viajado para Porto Seguro. Durante a investigação, foram identificados sintomas suspeitos em outros oito casos, sendo seis de jovens que estavam na mesma viagem. Com isso, são três residentes da capital pernambucana, dois de Caruaru, um de Olinda, dois de Bezerros e um de Jaboatão dos Guararapes sendo investigados. Todos têm entre 16 e 19 anos e com quadro de saúde estável. A excursão para a cidade baiana ocorreu entre 28 de junho e 1º de julho. Um dos monitores que participava do encontro, residente em São Paulo, teve a confirmação da enfermidade.

As nove pessoas fizeram coleta para análise laboratorial, que está sendo realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PE) e pela Fiocruz Rio de Janeiro, mas não há um prazo para divulgação dos resultados. Ao todo, 182 pernambucanos estiveram na mesma viagem. Uma busca ativa está sendo realizada para identificar outras suspeitas e também para realizar o bloqueio para evitar a circulação viral.  “Existe um período que precisamos aguardar, em que podem surgir os casos secundários, de pessoas que tiveram contato com esses adolescentes. Os sintomas podem surgir de sete a 20 dias após a exposição. Estamos monitorando para saber como as pessoas estão se comportando”, afirmou a superintendente de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da SES-PE, Ana Catarina de Melo.

Como o sarampo é uma doença de alta transmissibilidade, Ana Catarina reforça a necessidade de as pessoas buscarem os postos de saúde para receber a imunização. “A cada quatro anos, mais ou menos, fazemos uma campanha de segmento. Mas não há nenhuma acontecendo agora. Independente disso, a vacina está disponível nos serviços de saúde”, lembrou. A vacina tríplice viral é administrada conforme a situação vacinal de todos os contatos dos casos, na faixa etária de 6 meses a 49 anos. Acima dessa idade, se avalia a necessidade da imunização.

A vacina, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, obedece ao seguinte esquema: pessoas entre 12 meses e 29 anos devem tomar duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas; aqueles de 30 a 49 anos não vacinados deve tomar uma dose. Já os profissionais de saúde não vacinados, independente da idade, devem tomar duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas. No momento, o Ministério da Saúde recomenda ainda que crianças de seis meses a 1 ano que irão se deslocar para municípios em surto ativo realizem a imunização com pelo menos 15 dias antes da viagem. Do DP

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