Governadores
de sete dos nove estados que compõem a chamada Amazônia Legal demonstraram
preocupação com o avanço acelerado do desmatamento na região durante encontro
em Palmas, no Tocantins, nesta sexta-feira (2). Eles também defenderam os dados
de desmate produzidos pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O
posicionamento dos governadores ocorreu horas antes de o governo federal
decidir exonerar o diretor do órgão, Ricardo Galvão, após sequência de ataques
aos dados produzidos pelo Inpe e ao próprio Galvão.
Segundo
o diretor do Inpe, sua exoneração foi motivada pela sua resposta aos ataques do
presidente Jair Bolsonaro (PSL), o que teria criado uma situação de
constrangimento insustentável.
Em
entrevista à Folha de S.Paulo, no último dia 21, Galvão havia dito que até
poderia ser demitido, mas que o instituto era cientificamente sólido o
suficiente para resistir aos ataques do governo.
Durante
a reunião em Palmas, Dino afirmou que o governo federal precisa ter melhor
embasamento para questionar os dados que foram divulgados. "Nós não
podemos pegar um dado científico e questionar apenas ideologicamente",
afirmou.
Barbalho
destacou que o crescimento do desmatamento ilegal na área em questão é
reforçado pela medição feita pelos estados.
"Os
governadores manifestam firmemente a preocupação com o avanço do desmatamento
ilegal na Amazônia Legal e ratificam o compromisso institucional de buscar
mecanismos reais que garanta, o desenvolvimento sustentável da região",
diz um trecho da denominada Carta de Palmas, que marcou o fim da 18ª edição do
Fórum de Governadores da Amazônia Legal.
Um
dos principais pontos debatidos foi o Fundo Amazônia, projeto que tem como
principais doadores a Noruega e Alemanha e que tem como objetivo ações de
preservação, monitoramento e combate ao desmatamento.
No
encontro, os governadores formularam o Consórcio Interestadual de
Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal para defesa em bloco das pautas
comuns.
A
Amazônia Legal é formada por todos os estados da região Norte mais o Maranhão e
o Mato Grosso.
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