A
série com dados oficiais de desmatamento da Amazônia dos últimos três anos,
compilados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que os
alertas preliminares de áreas com sinais de devastação na floresta vêm
sendo confirmados ano a ano, e com margem.
A
divulgação destes alertas gerou críticas do presidente Jair Bolsonaro, que
afirmou que os números prejudicam a imagem do país. O episódio levou à
exoneração do então diretor do instituto, Ricardo Galvão. Tanto a taxa oficial
quanto os alertas diários preliminares são do Inpe, que é ligado ao Ministério
da Ciência e Tecnologia.
De
agosto de 2018 a julho deste ano, os alertas indicaram que 6,8 mil km² poderiam
estar sob desmate. O balanço do período que se encerrou em julho de 2019 ainda
não foi divulgado.
Em
comparação, de agosto de 2017 a julho de 2018 os alertas sinalizaram desmate em
4,5 mil km ² e a taxa oficial ficou em 7,5 mil km² – 64,8% maior. A mesma
tendência pode ser percebida nas séries anteriores
Os
alertas de desmatamento na Amazônia detectaram suspeitas de extração de madeira
em uma área 40,5% maior no período que se encerrou em julho de 2019 do que a média
dos três períodos anteriores (ago/15 a jul/16; ago/16 a jul/17; e ago/17 a
jul/18). Se considerados apenas os dados do último mês, a área da Amazônia
com alerta de desmatamento subiu 278% em julho de 2019, se comparada
ao mesmo mês de 2018.
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