O
auditor José Alex Nóbrega de Oliveira, que comanda há um ano e meio a alfândega
do Porto de Itaguaí, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, publicou neste sábado
(17) em um grupo de rede social uma mensagem que aponta uma possível
interferência política na Receita Federal.
Segundo
uma publicação do jornal O Globo, Oliveira foi informado pelos colegas de
trabalho de que estaria para ser exonerado do cargo. Ele seria substituído por
um auditor de Manaus que não tem passagem por aduana e nunca assumiu um cargo
de chefia.
Em
um grupo de um aplicativo de mensagens, o auditor disse que “forças externas
que não coadunam com os objetivos de fiscalização da Receita Federal, pautados
pelo interesse público e defesa dos interesses nacionais, estariam interessadas
na troca dele”.
No
mesmo grupo, ele disse que o superintendente da Receita Federal da 7ª região
fiscal, Mário José Dehon Santiago, estaria se negando a providenciar a
substituição dele por uma indicação política e também estaria ameaçado de
exoneração.
Para
tentar manter Oliveira no cargo, a cúpula da Receita encaminhou ao gabinete do
presidente da República, Jair Bolsonaro, um dossiê que alerta sobre o alto
risco de trocar o auditor por um fiscal menos experiente para comandar uma
unidade cercada pela milícia da Zona Oeste do Rio.
Investigações
de um grupo que reúne policiais, promotores e procuradores da República apontam
o Porto de Itaguaí, um dos maiores do país, como provável entreposto de armas
da milícia e do tráfico no Rio de Janeiro.
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