A
diretora da Associação de Escolas Públicas do Canadá, Bonnie McKie,
declarou nesta sexta-feira (9) que a instituição não vai mais receber
estudantes inscritos no Programa Ganhe o Mundo, do governo pernambucano.
Segundo ela, a medida vai vigorar até que as instituições recebam o dinheiro
que está sendo devido pela empresa que venceu a licitação para levar jovens
para o intercâmbio.
Em
entrevista por telefone, ela alegou que a entidade deixou de receber dois
milhões de dólares canadense, o equivalente a quase de R$ 6 milhões, da empresa
2G Turismo. Ela foi vencedora da licitação aberta pelo estado para participar
do programa entre 2018-2019, no lote do Canadá. Com esse dinheiro, são
custeadas todas as despesas do estudantes, incluindo educação e hospedagem.
A
associação liderada por McKie atua em 130 distritos do país. As divisões de
escolas públicas canadenses matriculam mais de 40 mil estudantes internacionais
a cada ano.
O
Ganhe o Mundo oferece vagas para intercâmbio em países de línguas estrangeiras.
Os estudantes podem escolher cursos na Argentina, Chile,Espanha, Colômbia,
Austrália, Canadá, Estados Unidos e Nova Zelândia.
Os
alunos, que devem estudar na rede estadual, passam por uma seleção. O Canadá
recebe, em média, 460 pessoas a cada ano, de acordo com o governo do estado.
Em
junho, alunos relataram atraso nas bolsas de R$ 719. Na época, o
governo admitiu o problema, que atingiu 555 jovens, no Canadá e no Chile.
Na
entrevista, Bonnie Mckie afirmou que, em nenhum momento, contou com suporte do
governo de Pernambuco nem da embaixada para resolver as pendências financeiras
com a empresa 2G. Ela também disse que ocorreram problemas durante a vigência
do contrato com a vencedora da licitação.
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