A
Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a 62ª fase da
Operação Lava Jato. Esta nova etapa mira o pagamento de propinas disfarçadas de
doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro feitas pelo Grupo
Petrópolis, da marca de cerveja Itaipava.
A
TV Globo apurou que o presidente do Grupo Petrópolis, Walter Faria, é um dos
alvos, mas até as 8h45 ainda não tinha sido localizado.
De
acordo com a PF, foram expedidos um mandado de prisão preventiva, cinco
mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão. Até as 8h45
desta terça-feira, três pessoas tinham sido presas.
Segundo
a investigação, o Grupo Petrópolis teria auxiliado a Odebrecht a pagar propina
através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior (leia
mais sobre a investigação abaixo).
As
investigações da Lava Jato envolvendo o Grupo Petrópolis remontam a 2016,
quando uma planilha com nomes de políticos e referência à cerveja Itaipava foi
achada na casa do executivo da construtora Odebrecht Benedicto Junior.
Segundo
delação do executivo, a construtora utilizou o Grupo Petrópolis para realizar
doações de campanha eleitoral para políticos de outubro de 2008 a junho de
2014.
Em
setembro de 2017, Walter Faria entregou à Polícia Federal planilhas com
informações sobre repasses da empresa a políticos a pedido da Odebrecht.
Além
da Itaipava, o grupo Petrópolis é dono de marcas de cerveja como Crystal, Lokal
e Petra, além do energético TNT. O grupo tem sete fábricas em cinco estados:
Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso.
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