Conhecido
como Patriarca da Literatura Sertaneja, Ulysses Lins – O Trovador do Sertão dá
nome ao festival que comemora os 130 anos de nascimento e 40 anos de saudade do
poeta, reunindo escritores, músicos, estudantes e amantes da literatura na
cidade de Sertânia. O evento que iniciou no último dia 06, segunda-feira, começou
com visitações a Casa Museu do Poeta e Escritor Ulysses Lins, localizada na
Fazenda Conceição.
Promovido
pela Associação Cultural de Sertânia (Acordes) e a Sociedade dos Poetas,
Escritores, Compositores e Artistas de Sertânia (Sapecas), o Festival tem nesta
quinta-feira (09) um dos grandes momentos, na cidade do Recife, que é o
lançamento da Antologia Poética do escritor (“Ao Sol do Sertão”, “Fogo e Cinza”,
“Sol Poente”, e “A Noite Vem - 2ª Edição revista e ampliada”) na Academia
Pernambucana de Letras, às 19h, com a presença da professoras, escritora e
filha da Ulysses Lins, Terezinha Lins.
Já
na sexta-feira (10), as atenções do Festival se voltam novamente para Sertânia
que realiza novenário (19h) em Ação de Graças especial pela memória do escritor
e poeta, seguido de show musical com o grupo 3 de Nós (Monteiro-PB) e
apresentação do Sarau da EPJM com poemas de Ulysses.
Fechando
a noite da sexta ainda tem depoimento do escritor e professor Antonio Jorge de
Siqueira; apresentação do poeta Túlio Araújo, sobrinho bisneto de Ulysses Lins;
depoimentos do poeta, autor teatral e artista plástico Marcos Cordeiro, do
poeta Ricardo Mariano e de Leonardo Lins, neto de Ulysses e organizador da
Antologia Poética que terá uma sessão de autógrafos ao final da Noite da Poesia
Moxotesca.
O
Festival Ulysses Lins se encerra no sábado (11), em frente a Igreja Matriz de
Nossa Senhora da Conceição, com o teatro “Anjo de Espinho”, monólogo do
Trovador do Sertão com adaptação de Zito Jr e encenação de Erivaldo Khonda.
Finalizando a festa tem o recital show da Sapecas.
Ulysses Lins - Historiador, memorialista, poeta e político, Ulisses
(também grafado Ulysses) Lins de Albuquerque nasceu em Sertânia (PE), em 9 de
maio de 1889 e faleceu no Rio de Janeiro em 29 de dezembro de 1979. Formou-se
em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife. Foi
professor interino, em 1904, e teve uma escola particular. Nomeado pelo
governador Sigismundo Gonçalves, foi agente do Tesouro na Coletoria Estadual e
agente fiscal do Imposto de Consumo em Pernambuco. Transferido para São Paulo, em
1938, atuou na advocacia e na indústria agropecuária. Foi deputado federal por
Pernambuco em três legislaturas, nos anos 50.
Foi
membro da Academia Pernambucana de Letras e seu representante na federação das
Academias do Brasil, sócio do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico
Pernambucano e membro do Instituto Genealógico de Pernambuco. Um dos seus nove
filhos foi Etelvino Lins, interventor em Pernambuco em 1945.
Publicou
Pedúnculos (1916), Ao Sol do Sertão (poesia, 1922), Mestres e Discípulos (1927),
De Joelhos (com o pseudônimo de Bilac Sobrinho, 1930), Livro de Inach (1933),
Um Sertanejo e o Sertão (memórias, 1957, 2ª ed., 1976), Chico Dandim (romance,
1974), O boi de Ouro e outras histórias (1975), e ainda Fogo e Cinza, Sertão Mártir,
Hino à Gleba, Alma da Terra, Estrada de Espinho, Moxotó Brabo, Sol Poente e
Três Ribeiras.
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