sexta-feira, 10 de maio de 2019

Federais paralisam na próxima quarta contra corte de verbas


         Professores e servidores da UFPE e UFRPE decidiram em assembleias realizadas nessa quinta-feira (9) aderir à Greve Nacional da Educação, programada para acontecer na próxima quarta-feira (15) em todo o Brasil. A paralisação é contra algumas medidas anunciadas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, na última terça-feira (7).  Entre elas, os cortes de 30% no orçamento das universidades e das bolsas pela Capes para a pós-graduação. Ao todo, o bloqueio soma em todo o País cerca de R$ 2,2 bilhões. 

Os profissionais alegam que tais medidas acarretam graves prejuízos ao ensino e ao papel fundamental desempenhado pelas universidades federais no desenvolvimento econômico e social. Além disso, a categoria também protesta contra o projeto da reforma da Previdência apresentado pelo Governo Federal.

Os servidores da UFRPE definiram ontem que, na quarta-feira, a partir das 15h, participarão de ato em frente ao Ginásio Pernambucano, na rua da Aurora, Centro do Recife. No mesmo dia, às 8h, haverá uma mobilização na praça da Fonte Luminosa, em frente ao Colégio 15 de Novembro, em Garanhuns, no Agreste do Estado. “O bloqueio nas verbas das universidades e institutos federais atinge principalmente as áreas de custeio, como segurança, limpeza, pagamento de água e energia elétrica, entre outros serviços essenciais. A Greve Nacional da Educação será uma preparação para a greve geral dos trabalhadores, marcada para 14 de junho”, diz comunicado postado nas redes sociais do Sintufepe-UFRPE.

A Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe) também realizou, nessa quinta-feira pela manhã, uma assembleia com a categoria. Os presentes reforçaram a importância de unificar os três segmentos (professores, técnicos e estudantes) em defesa da educação pública e da universidade, bem como dos direitos conquistados. Em suas falas, os docentes, que também participarão do ato na rua da Aurora, na quarta-feira, reforçaram a necessidade de fortalecer a unidade da comunidade universitária. “Na conjuntura atual, é importante salientar as diretrizes do governo, que estão em choque com os interesses da educação”, diz o comunicado.

Na quarta-feira, reitores das Universidades Públicas de Pernambuco divulgaram que o corte de 30% no orçamento afetará atividades de ensino, pesquisa e extensão, e que, se mantida, a medida impossibilitará o pagamento de despesas de manutenção básica, como água, luz, segurança, compra de equipamentos e até mesmo na paralisação das instituições. 

Juntos, eles convocaram um Dia D de mobilização, marcado para o dia 21 de maio, quando membros da comunidade acadêmica irá locais públicos conversar com a sociedade sobre a importância das instituições. Somente na UFRPE, com 17 mil alunos, desde o ensino médio, graduação e pós-graduação, o corte anual é de R$ 27,94 milhões, de acordo com a reitora da instituição. Na UFPE, o bloqueio foi de R$ 55,8 milhões.

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