sábado, 2 de março de 2019

Vereadores denunciam prefeito de Camaragibe por superfaturamento


           Os vereadores de oposição de Camaragibe ingressaram com nova denúncia no Ministério Público Estadual (MPPE) e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra o prefeito Demóstenes Meira (PTB). Dessa vez, a acusação é de um suposto por superfaturamento no contrato realizado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Empresa Apoena Comércio Alimentos EIRELI no valor total de R$ 3,2 milhões.

O contrato foi firmado no ano passado para fornecimentos de refeições prontas para pacientes, acompanhantes e servidores da Maternidade Amiga da Família, O Hospital Municipal Dr. Aristeu Chaves e o Centro Especializado em Postos de Saúde (CEMEC).

Segundo os vereadores oposicionistas, a empresa, que tem sede oficialmente em Igarassu, estaria usando irregularmente as dependências do Hospital Aristeu Chaves para a produção dos alimentos não apenas para Camaragibe, mas para atender outras prefeituras, dentre elas: a de São Lourenço da Mata, Araçoiaba e Igarassu. De acordo com a denúncia, a empresa questionada tem 19 contratos ativos em todo o estado, mesmo sem estrutura física para produzir em larga escala.

De acordo com a oposição, no endereço registrado no cartão do CNPJ – 06;337.746/0001 da empresa questionada não há nenhuma estrutura que lembre uma cozinha industrial com capacidade para produzir uma quantidade de alimento que justifique o valor de R$  3,2 milhões somente com a secretaria de Saúde de Camaragibe. “Os alimentos deveriam ser produzidos em estruturas razoáveis, mas não foi isso que vimos ao verificar o local”, afirmou o presidente da Câmara de Vereadores de Camaragibe, Toninho Oliveira (PTB).

Além de Toninho, também assinam a denúncia os vereadores José Roberto Medeiros, o Roberto da Loteria (PTC), e Leandro Lima (PRP), conhecido por Leo Família. “A empresa originalmente tinha 8 funcionários quando chegamos lá verificamos que só tem três e há relatos de que eles pagos pela prefeitura de Camaragibe. Como justifica um contrato com valor tão alto se a maternidade estava fechada e foi reaberta há dez meses? O Cemec de Tabatinga está fechado e o de Vera Cruz foi reaberto há somente seis meses. Para onde foi o dinheiro investido?”, questionou Toninho.

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