A
equipe econômica discute uma proposta alternativa para as regras do BPC - Benefício
de Prestação Continuada, destinado a deficientes e idosos em situação
de miséria. O objetivo é amenizar resistências do Congresso às
mudanças incluídas no projeto de reforma da Previdência. Integrantes do
governo estudam ajustar o valor e a idade de acesso ao
pagamento.
Uma
das versões debatidas prevê um benefício de R$ 600 por mês a cidadãos
de baixa renda a partir dos 62 anos e de um salário mínimo a
partir dos 68 anos. A ideia representa uma flexibilização do plano
original do Ministério da Economia. O projeto de reforma enviado ao Congresso prevê
pagamentos de R$ 400 a idosos a partir dos 60 anos e de um salário
mínimo só a partir dos 70 anos.
O endurecimento
das regras do BPC foi um dos pontos mais atacados da reforma por
deputados e senadores de diversos partidos. Atualmente, o benefício de
um salário mínimo é pago aos cidadãos com 65 anos ou mais e renda por
pessoa da família inferior a 1/4 do salário mínimo (equivalente a R$ 250 neste
ano).
O
principal receio da equipe econômica é que as regras mais duras sobre um benefício destinado
a idosos miseráveis contaminem a reforma. Diante da reação dos
congressistas, o time do ministro Paulo Guedes já admite
internamente ajustes que podem ser feitos na medida.
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