quarta-feira, 19 de novembro de 2025

João Campos relativiza peso dos prefeitos em 2026 e mira polarização antecipada com Raquel Lyra

                  O prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, voltou a elevar o tom no debate político estadual ao minimizar a importância da migração de prefeitos para a base da governadora Raquel Lyra (PSD) na disputa para as eleições de 2026. A declaração ocorreu em entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha, nesta quarta-feira (19), e ampliou os sinais de uma polarização crescente entre os dois potenciais protagonistas da corrida ao Palácio do Campo das Princesas.

Segundo João, o peso dos gestores municipais nas eleições majoritárias é historicamente limitado em Pernambuco. Ele classificou o apoio de prefeitos como “zero definidor de resultado eleitoral” na escolha do próximo governador, ressaltando que essa contabilidade tradicionalmente possui impacto muito maior nas disputas proporcionais.

Para justificar o argumento, o socialista recorreu a episódios emblemáticos da política estadual. Citou a derrota de Miguel Arraes, seu avô, em 1998, mesmo com o apoio de mais de 120 prefeitos, e a vitória de Eduardo Campos em 2006 com um número reduzido de adesões municipais. João lembrou ainda que Raquel Lyra venceu em 2022 sem uma rede robusta de apoios locais.

“Prefeito funciona como medidor de voto para deputado, mas não tem o mesmo peso para governador”, afirmou. Para ele, o gestor municipal “se desobriga” após ajudar a eleger seu representante na Câmara Federal, reduzindo a capacidade de transferência de votos em uma disputa estadual.

As declarações reforçam o ambiente de disputa antecipada entre João Campos e Raquel Lyra, que devem protagonizar uma das eleições mais polarizadas dos últimos anos em Pernambuco.

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