segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Deputada Dani Portela é denunciada por suposta contratação de empresa fantasma ligada a familiar

               A deputada estadual Dani Portela (PSOL) foi alvo de uma denúncia apresentada ao Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO-PE) por suposta contratação irregular de uma empresa que, segundo o documento, não possuiria sede própria e estaria ligada a um parente próximo de seu marido. O caso envolve a Coutinho Assessoria Ltda., registrada em julho de 2023, cinco meses após a parlamentar assumir seu mandato, para prestar serviços de “consultoria e trabalhos técnicos” ao seu gabinete na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

De acordo com a denúncia, a empresa teria sido criada com o objetivo exclusivo de atender ao gabinete de Dani Portela, acumulando gastos de cerca de R$ 457 mil em verbas indenizatórias nos últimos dois anos — valor que representaria 36,6% do total dos recursos destinados à estrutura da deputada.

A Coutinho Assessoria não possui sede física própria, estando registrada em um espaço de coworking no bairro da Boa Vista, no Recife, endereço que também abriga outras pessoas jurídicas que teriam recebido pagamentos do gabinete.

O proprietário da empresa, Wildson Pinto Coutinho, é tio de Jesualdo de Albuquerque Campos Júnior, marido de Dani Portela, e filiado ao PSOL. Ele também mantém vínculo empregatício como contratado CLT em uma empresa de tecnologia da capital pernambucana.

Ao comentar o caso nesta segunda-feira (11), Dani Portela classificou a denúncia como “infundada” e afirmou que não há qualquer ilegalidade na contratação. Segundo a parlamentar, todos os contratos do gabinete passam por análise prévia da Procuradoria da Alepe e por auditorias anuais, sem que tenha sido identificada qualquer irregularidade.

Ela também defendeu o trabalho realizado pela Coutinho Assessoria, dizendo que a criação da pessoa jurídica foi necessária para que Wildson Coutinho pudesse formalizar a prestação de serviços ao seu mandato. “Ele é um profissional com mais de 30 anos de experiência na área de segurança de dados, e esse é o trabalho que realiza para a nossa equipe”, destacou.

Dani ainda sugeriu que a denúncia teria motivações políticas, servindo como “cortina de fumaça” para desviar a atenção da CPI dos contratos de comunicação do governo estadual, que tramita na Alepe.

O MPCO-PE deverá analisar o teor da denúncia para decidir sobre a abertura de uma apuração formal.

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