De acordo com a denúncia, a
empresa teria sido criada com o objetivo exclusivo de atender ao gabinete de
Dani Portela, acumulando gastos de cerca de R$ 457 mil em verbas indenizatórias
nos últimos dois anos — valor que representaria 36,6% do total dos recursos
destinados à estrutura da deputada.
A Coutinho Assessoria não
possui sede física própria, estando registrada em um espaço de coworking no
bairro da Boa Vista, no Recife, endereço que também abriga outras pessoas
jurídicas que teriam recebido pagamentos do gabinete.
O proprietário da empresa, Wildson
Pinto Coutinho, é tio de Jesualdo de Albuquerque Campos Júnior, marido de Dani
Portela, e filiado ao PSOL. Ele também mantém vínculo empregatício como
contratado CLT em uma empresa de tecnologia da capital pernambucana.
Ao comentar o caso nesta
segunda-feira (11), Dani Portela classificou a denúncia como “infundada” e
afirmou que não há qualquer ilegalidade na contratação. Segundo a parlamentar,
todos os contratos do gabinete passam por análise prévia da Procuradoria da
Alepe e por auditorias anuais, sem que tenha sido identificada qualquer
irregularidade.
Ela também defendeu o
trabalho realizado pela Coutinho Assessoria, dizendo que a criação da pessoa
jurídica foi necessária para que Wildson Coutinho pudesse formalizar a
prestação de serviços ao seu mandato. “Ele é um profissional com mais de
30 anos de experiência na área de segurança de dados, e esse é o trabalho que
realiza para a nossa equipe”, destacou.
Dani ainda sugeriu que a
denúncia teria motivações políticas, servindo como “cortina de fumaça” para
desviar a atenção da CPI dos contratos de comunicação do governo estadual, que
tramita na Alepe.
O MPCO-PE deverá analisar o
teor da denúncia para decidir sobre a abertura de uma apuração formal.
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