sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Arcoverde acompanha medida federal e propõe isenção da taxa de iluminação para famílias de baixa renda

               Em meio a um anúncio carregado de publicidade, a Prefeitura de Arcoverde enviou à Câmara de Vereadores, em regime de urgência, um projeto de lei que propõe isentar 3.157 famílias da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP). O grupo beneficiado compreende usuários cadastrados na Tarifa Social de Energia Elétrica, com consumo mensal de até 80 kWh — justamente o perfil contemplado pela Medida Provisória do governo federal, editada em maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), batizado de "Luz do Povo".

Embora o projeto municipal tenha sido anunciado como um gesto local em favor da população mais vulnerável, o que de fato embasa a proposta é a MP federal, que já garante um alívio real e histórico para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda de até meio salário mínimo por pessoa. Essas famílias passarão a não pagar mais a conta de luz — e, consequentemente, seria contraditório que continuassem a arcar com qualquer valor, ainda que simbólico, da CIP, cuja cobrança varia entre R$ 2 e R$ 4, nesses casos.

A medida federal impacta diretamente municípios de todo o país, que devem se adequar à nova realidade e aprovar leis complementares que eliminem a CIP para esse público. Ou seja, não se trata de uma decisão exclusiva de Arcoverde, mas de uma adaptação à nova política nacional de proteção às famílias em situação de vulnerabilidade que deve chegar a todos os municípios brasileiros.

Ainda assim, a gestão municipal buscou dar um tom festivo à notícia. Em release oficial, o prefeito destacou também que a Prefeitura, em acordo com a Neoenergia, quitou todas as dívidas deixadas por gestões anteriores com a empresa fornecedora de energia, e anunciou a instalação de 600 novos pontos de luz na cidade — iniciativa que, segundo ele, reforça a segurança nos bairros e amplia o alcance do serviço de iluminação pública.

A proposta de isenção, embora bem-vinda, evidencia um movimento que deverá se repetir por todo o país. A diferença, porém, está na narrativa: enquanto o alívio financeiro vem do Palácio do Planalto, a comunicação local tenta capitalizar os efeitos como uma conquista de gestão. Resta agora aos vereadores aprovarem o projeto e assegurarem que os benefícios cheguem, de fato, a quem mais precisa.

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