A matéria está em tramitação
na Alepe desde 20 de março, mas ainda não foi votada. Antes disso, o Governo do
Estado já havia encaminhado outro pedido semelhante, de R$ 1,7 bilhão,
indicando uma estratégia ampla de captação de recursos para destravar obras
paradas e responder às demandas acumuladas de anos anteriores.
Durante agenda na manhã
desta sexta-feira (27), no galpão da Cooperativa dos Avicultores de São Bento
do Una (Coopave), a governadora não poupou palavras ao defender o projeto:
“Conto com os
prefeitos, com os vereadores, com as cooperativas e associações que em todo
canto me pedem um hospital, uma maternidade, uma estrada, pedem água. Junto à
Assembleia Legislativa, a gente pode aprovar esse empréstimo e ter esse
dinheiro na conta do governo para fazer o que Pernambuco precisa”,
afirmou.
A fala, carregada de
simbologia política, foi direcionada a dois parlamentares presentes — Débora
Almeida (PSDB) e Claudiano Martins Filho (PP) —, e evidenciou o grau de
importância que o Executivo estadual atribui à aprovação do financiamento.
Raquel Lyra reiterou que os recursos não servem a seu nome, mas sim ao Estado,
que, segundo ela, sofreu um “apagão de gestão” nas administrações passadas.
“Não é para Raquel
Lyra, é para Pernambuco que ficou para trás. Teve um apagão no governo passado,
muita promessa e pouca ação. Agora o jogo virou. A gente tem um trabalho sério,
tem gente comprometida na ponta. E não tem nada que vá parar a gente”,
disse, em tom desafiador.
A defesa pública da
governadora acontece em meio a um cenário de articulações políticas mais
intensas e à cobrança de entregas por parte dos municípios, principalmente nas
áreas de infraestrutura viária, saúde e abastecimento de água.
De acordo com o governo, os
valores do empréstimo devem ser destinados a obras estruturantes, como construção
e recuperação de estradas, ampliação da oferta de água potável, equipamentos de
saúde e infraestrutura urbana, especialmente em municípios do interior que
enfrentam carência histórica de serviços básicos.
A movimentação de Raquel
Lyra também lança um sinal claro: a governadora pretende reforçar seu
protagonismo em 2025, ano pré-eleitoral, com entregas que possam sustentar um
discurso de recuperação do Estado e ruptura com o que chama de inércia
administrativa herdada de governos anteriores.
Agora, os olhos se voltam para o plenário da Alepe, onde o projeto ainda aguarda votação. O tom da governadora indica que a pressão popular e institucional será parte da estratégia para garantir os votos necessários.
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