sexta-feira, 9 de maio de 2025

Prefeita de Sertânia nega falta de medicamentos e vereador diz que faz seu papel de cobrar

                A prefeita de Sertânia, Pollyanna Abreu (PSD), reagiu nesta sexta-feira (09) às declarações feitas pelo vereador Alexandre Laet (PT) durante a última sessão ordinária da Câmara Municipal, nas quais o parlamentar denunciou a suposta falta de medicamentos na farmácia básica do município, incluindo remédios de uso contínuo como Losartana e Metformina, essenciais para o tratamento de hipertensão e diabetes, respectivamente.

Em vídeo publicado nas redes sociais, gravado dentro da farmácia municipal, a gestora classificou a denúncia como “inverídica” e “fake news”, criticando duramente o comportamento do vereador. “A saúde de Sertânia merece respeito, não desinformação. Diferente do que foi dito de forma precipitada, nossa farmácia básica segue abastecida dentro dos prazos e normas do SUS. Antes de subir à tribuna, é preciso fazer o dever de casa: visitar, ouvir, verificar e falar com responsabilidade”, afirmou Pollyanna. A prefeita ainda acusou o vereador petista de estar mais preocupado com “holofotes” do que com os reais interesses da população.

Por sua vez, o vereador Alexandre Laet disse que não estava “fazendo acusações levianas” e que as informações que apresentou têm base em denúncias recorrentes da população. Ele destacou a falta de medicamentos como Losartana e Metformina, e cobrou esclarecimentos dos vereadores da base governista, mas a resposta oficial veio apenas por meio de redes sociais da prefeita.

“Quando o problema se repete, algo existe. Não estou aqui para criar confusão, mas para dar voz a quem está sofrendo. Recebi essas denúncias na semana passada e não posso ignorar o que os sertanienses estão relatando diariamente”, afirmou o vereador.

Nas redes sociais, a polêmica ganhou novos contornos com a manifestação de populares, como a cidadã Bárbara Aquino, que endossou as denúncias. Em comentário público, ela escreveu:

“Falta sim! Só sabe quem precisa. Nunca tem os medicamentos, e quando tem é pela metade. A história é sempre a mesma: acabou, mas pra semana chega. E nunca chega. Até insulina falta, medicamentos para crianças autistas, medicamentos para hipertensos.”

A gestão municipal, até o momento, não apresentou lista de medicamentos disponíveis, nem informações detalhadas sobre o abastecimento da farmácia básica, o que vem sendo cobrado por setores da oposição.

O caso escancara uma disputa narrativa entre gestão e oposição que vai além da tribuna e alcança diretamente o cotidiano da população. De um lado, o governo afirma que o abastecimento ocorre normalmente e dentro dos padrões exigidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De outro, moradores e vereadores denunciam um descompasso entre o que é dito e a realidade enfrentada por quem depende do SUS.

O impasse expõe um problema comum em muitos municípios brasileiros: a fragilidade na comunicação institucional e a necessidade de maior transparência na gestão pública, especialmente em áreas sensíveis como a saúde. 

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