quinta-feira, 24 de abril de 2025

Prefeito Vinícius Labanca protesta após decisão do Governo do Estado sobre 20º BPM

                A possível transferência do 20º Batalhão da Polícia Militar de São Lourenço da Mata para o município vizinho de Camaragibe provocou forte reação do prefeito Vinícius Labanca (PSB), que classificou a medida como injusta, desproporcional e prejudicial à população da cidade. Em tom de desabafo, o gestor municipal sugeriu que a decisão da governadora Raquel Lyra (PSDB) poderia estar motivada por razões políticas, e não técnicas.

“A população de São Lourenço da Mata recebeu com indignação as declarações da governadora. Se essa decisão for confirmada, ela agravará ainda mais a já crítica situação da segurança pública em nossa cidade”, afirmou Labanca.

Segundo o prefeito, o 20º BPM está instalado em São Lourenço há mais de 20 anos e tem papel essencial no atendimento à população, especialmente diante da ausência de uma delegacia com plantão 24 horas e da falta de uma Delegacia da Mulher no município.

Município investiu e cedeu espaço ao Estado

O prefeito também destacou que, com recursos próprios, a Prefeitura desapropriou e doou ao Estado uma área de 7 mil metros quadrados, onde funcionava a sede dos Bombeiros e da PM, atualmente desativada. A área está situada em ponto estratégico da cidade, entre a Escola Técnica e o Ginásio Municipal de Esportes, sendo considerada ideal para a instalação definitiva do batalhão.

“É uma área muito mais adequada do que a oferecida pelo Estado em Camaragibe. O que está em jogo aqui não é uma simples mudança de endereço, é o enfraquecimento da segurança pública de toda uma cidade”, completou.

População de 117 mil habitantes pode ficar desassistida

Labanca alertou que, caso o 20º BPM seja mesmo transferido, São Lourenço da Mata ficará ainda mais vulnerável à violência urbana, deixando desassistida uma população de mais de 117 mil habitantes.

“Essa medida aprofunda a crise da segurança pública e parece ignorar completamente a realidade do nosso município. Em vez de fortalecer os serviços, o Governo do Estado sinaliza com o desmonte de uma estrutura que tem histórico de bons serviços prestados à nossa gente”, criticou o prefeito.

A situação acirra ainda mais os ânimos entre o PSB, partido do prefeito, e o Governo do Estado, liderado por Raquel Lyra. Para muitos observadores políticos, a atitude da governadora pode ser interpretada como mais um capítulo da tensão entre o Palácio do Campo das Princesas e gestões municipais ligadas à oposição.

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