Segundo o MPPE, Cacique Marcos é apontado como líder do esquema, que teria ocorrido entre janeiro de 2021 e setembro de 2022. Ele é acusado de receber vantagens indevidas, como R$ 77 mil em depósitos bancários e uma caminhonete Hilux para uso pessoal, de empresários favorecidos em contratos com a Prefeitura.
A investigação revela que houve direcionamento de licitações como forma de retribuir apoio financeiro recebido durante a campanha eleitoral de 2020. Entre os réus também estão os vereadores Sil Xukuru (PT) e Pastinha Xukuru (PP), além de funcionários públicos e empresários.
Interceptações telefônicas apontam que empresários combinavam pagamento de propinas e exclusão de concorrentes em licitações, com anuência do prefeito. Um dos casos envolve um empresário que teria aceitado R$ 400 mil para desistir de uma disputa pública.
O acerto teria sido autorizado pelo próprio Cacique Marcos, segundo a promotoria. “Marquinho vai vir em casa aqui amanhã de manhã, pra gente resolver esse negócio da licitação lá de Pesqueira... aí eu passo uns 400 mil de obra pra Washington e eu vou sozinho entendesse?", diz mensagem atribuída ao empresário Paulo Antônio Paezinho de Araújo, também denunciado. “Já conversei com o homem [Marquinhos] ta tudo resolvido, beleza?", registra outro áudio.
O MPPE também identificou
fraudes em 15 certames e comprovou o uso de depósitos fracionados para lavagem
de dinheiro. Parte dos valores desviados era destinada diretamente a Cacique
Marcos, segundo a denúncia.
Entre os réus estão o
ex-secretário de Infraestrutura, fiscais de contratos e empresários ligados a
construtoras suspeitas de participação no esquema. Um tenente da Polícia
Militar também figura entre os acusados.
Em nota, a defesa do prefeito afirmou que ainda não foi notificada oficialmente e que confia na comprovação da inocência de seu cliente.
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