A situação tem gerado grande
insatisfação entre os aprovados, principalmente no setor educacional.
Professores temporários têm sido designados tanto para salas de aula quanto
para cargos de gestão em escolas e creches municipais. Relatos ainda apontam
que, em algumas instituições, pessoas sem formação superior estão assumindo
funções administrativas, em flagrante desrespeito à qualificação e ao processo
de seleção pública.
O atual prefeito, Carlos
Santana, tem renovado contratos temporários para garantir o funcionamento das
escolas, justificando a medida como essencial para o início do ano letivo.
Entretanto, essa prática é vista como controversa, especialmente em um
município que realizou dois concursos públicos recentes para atender à demanda
por profissionais efetivos.
Intervenção do TCE-PE
O Tribunal de Contas do
Estado de Pernambuco (TCE-PE) negou recentemente um pedido de medida cautelar
para suspender as contratações temporárias. Contudo, determinou que a Gerência
de Admissão de Pessoal (GAPE) investigue detalhadamente o número de contratos
temporários em vigor e apure se cargos ocupados por contratados deveriam ser
destinados aos aprovados nos concursos. A decisão visa garantir maior
transparência e legalidade no processo de gestão de pessoal em Ipojuca.
Dependência de Contratos
Temporários
Ipojuca, um dos municípios
mais ricos de Pernambuco em termos de PIB, enfrenta duras críticas pela
dependência excessiva de servidores temporários. De acordo com o TCE-PE, mais
de 4.800 profissionais ocupam atualmente vagas por meio de contratos
temporários ou cargos comissionados. Esse número levanta questionamentos sobre
a eficiência da gestão pública e a prioridade dada aos concursos como forma de
prover estabilidade e qualificação aos serviços municipais.
Descontentamento nas Redes
Sociais
Além do protesto presencial, os aprovados também têm se manifestado nas redes sociais, denunciando a falta de convocação.
Os candidatos e a população
ipojucana agora aguardam respostas concretas da gestão municipal e das
investigações conduzidas pelo TCE-PE. A luta dos aprovados não é apenas pelo
direito às vagas conquistadas, mas também pela valorização do serviço público,
pelo respeito à legalidade e pela transparência na administração de um dos
municípios mais prósperos de Pernambuco.
A Folha aguarda um
posicionamento por parte da Prefeitura de Ipojuca sobre a convocação dos
aprovados nos últimos dois concursos.
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