Reforma do Cine Rio Branco é iniciada às vésperas de seu aniversário de 106 anos

                     Inaugurado em 5 de maio de 1917, quando o mundo ainda vivia sob a I Guerra Mundial e ano em que os russos fizeram a Revolução, o Cine Rio Branco, em Arcoverde, chega amanhã aos seus 106 anos com a boa notícia de que renascerá novamente. É que o prefeito Wellington Maciel (MDB) deu início aos trabalhos de reforma e melhorias do que voltará a ser o cinema mais antigo em funcionamento da América Latina.

“Começamos a semana com uma grande notícia: a reforma do Cine Rio Branco vai começar! Já chegaram os primeiros materiais da obra, que começará pelo novo telhado do cinema, que é o mais antigo da América Latina, que voltará a funcionar em breve. Essa é uma ação que tem sido justamente reivindicada pela sociedade, e especialmente, pelo seguimento cultural. O resgate do nosso cinema, além de representar a revitalização de um importante espaço de promoção da cultura e da arte, é um reencontro com a nossa história”, disse.

As obras serão tocadas pela empresa MBritto Construtora e segundo seu diretor, Márcio Britto, a previsão é que toda a parte estrutural esteja pronta dentro de 06 meses. As reformas estão orçadas em mais de R$ 440 mil.

História

A história do Rio Branco confunde-se com a história do município e até com a do Brasil. Na época de sua inauguração, mais precisamente em 5 de maio de 1917, a cidade de Arcoverde ainda não existia. O que havia era o vilarejo de Rio Branco, pertencente ao município de Pesqueira. Além das casas dos moradores, a cidade possuía apenas dois prédios: o da estação ferroviária e a casa comercial Sálvio Napoleão. A loja pertencia a Valdemar Napoleão Arcoverde, um dos comerciantes mais importantes do sertão nas décadas de 20, 30. Foi dele a ideia de construir o Cine Rio Branco. O prédio foi erguido, mas só entrou em funcionamento dois anos depois. “O Cine Rio Branco foi palco dos primeiros debates sobre a emancipação do município”.

A primeira grande reforma do cinema aconteceu na década de 70, quando foram retiradas as janelas e duas das quatro portas de saída. Já em 1998, no governo da ex-prefeita Rosa Barros, que conseguiu comprar o prédio com patrocínio da Celpe, através da Lei de Incentivo à Cultura, aconteceu a segunda grande reforma. O local estava para se tornar um estacionamento. Na época, o orçamento total foi de R$ 200 mil reais, sendo que R$ 160 mil para a compra da casa e o restante para a reforma. Em 2012, aconteceu a terceira reforma do cinema. O cinema só voltou a funcionar oficialmente em setembro de 2013. Logo depois fechou, devido aos equipamentos obsoletos, mas em junho de 2017 voltou a funcionar com um equipamento digital, mas não durou muito.

Com a estrutura abalada, telhado comprometido e equipamentos defasados, o cinema acabou fechando suas portas novamente e agora, na véspera das comemorações de seus 106 anos, vê renascer a esperança de voltar a brilhar sua tela. 

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