”Vivemos um momento difícil, com muitas informações falsas que provocam tumultos na sociedade, assustando pais, professores, alunos e que é preciso encontrar soluções que levem tranquilidade e uma cultura de paz em nossas escolas e na nossa cidade”, disse Wellington que propôs a criação de um Comitê pela Paz nas Escolas, além de formalizar um convênio com a AESA e o curso de psicologia para prestar assistência às escolas e apoio a reimplantação do PROERD, de forma a combater as fake News e a cultura de violência que hoje é disseminado pelas redes sociais.
O encontro reuniu várias autoridades a exemplo do juiz da Vara da Infância e Juventude, Dr. Drauternani Pantaleão; do comandante do 3º BPM, Major Fabrício Vieira; Secretário de Educação, Antonio Rodrigues; Delegada Municipal, Camila Nogueira; Michel de Almeida, Promotor Público; os vereadores Zirleide Monteiro, Sargento Brito, João Taxista, Luciano Pacheco, Siqueirinha (Presidente da Câmara), Luiza Margarida e João Marcos; o Delegado Regional, Rafael Henrique de Sena; Janice Soares, representando o COMDDICA; Damião Lucena (Sintema), Padre Adilson Simões; Marcelino Araújo, da GRE Arcoverde; Alexandre Lira, presidente da AESAa, além de diretores de escolas públicas e privadas do município.
O secretário Rodrigues antecipou medidas já tomadas desde sábado, quando surgiu a primeira denúncia e que foi prontamente enfrentada e esclarecida em parceria com a Polícia Civil e Militar. O presidente da Câmara, vereador Siqueirinha, destacou o esforço da casa legislativa em propor medidas para garantir mais segurança às escolas e sociedade. Já o líder do governo, Luciano Pacheco, destacou o apoio à escola Imaculada Conceição, onde surgiu a primeira denúncia, pregando que se evite a divulgação de áudios de ameaças pelos grupos de mensagem.
Em
sua fala, o Juiz da Vara da Infância e Adolescência, Dr. Drauternani Pantaleão,
destacou que os recentes fatos em Arcoverde podem ser considerados trotes,
ameaças que não vão se cumprir, mas que merecem toda a atenção, já que a
consequência é que as pessoas sofrem diante do medo. “A ameaça está no ar, mas que
soluções deverão ser dadas? Parabenizo a reunião e espero que seja um embrião
para uma constante discussão sobre o tema que passa por articulação entre
família, comunidade e escola”, sugerindo que a Secretaria de Educação encontre
uma forma de identificar os alunos mais problemáticos para serem trabalhados
por uma equipe multiprofissional.
O
promotor Michel falou que em relação aos fatos, Arcoverde não foi caso isolado,
citando outros municípios que conviveram com o mesmo problema e reforçou a
recomendação do líder do governo de que “as notícias, mensagens de ameaça,
devem ser evitadas serem trocadas, disseminadas, para não dar mídia a esses
atos”, afirmando que é preciso montar protocolos sobre essas situações. Ele pregou
ainda uma agenda constante voltada aos pontos de vista cívico de buscar
harmonia nas unidades de ensino, preparação dos profissionais das escolas para
identificar os alunos que tem um perfil propenso a esses tipos de atitudes e
reforço no número de profissionais nos Cras e Creas para os atendimentos a
essas crianças e adolescentes. “Não só olhar para a segurança, mas também para
a saúde mental dos alunos”, finalizou.
Na
sequência, o comandante do 3º BPM, Major Vieira, falou sobre a manutenção das
visitações às unidades de ensino e que está sendo feito um levantamento de
todas as escolas para que se leve o Governo do Estado a criar um programa a
nível estadual. A delegada Camila Nogueira, reforçou sobre a necessidades da
não divulgação dessas ameaças feitas pelas redes sociais, alertando para o caos
gerado por postagens desses perfis e áudios disseminados nas redes sociais. Ela
salientou que a Polícia Civil tem um Núcleo de inteligência pronto para apurar
esse tipo de crimes cibernéticos e que está sendo criado um sistema nacional para
dar amplitude as investigações desses casos. Dra. Camila ressaltou que qual quer
postagem nas redes sociais serão identificadas as suas origens e autores e para
isso a polícia tem a estrutura de inteligência necessária, como ocorreu com o
caso da Escola Cívico Militar, rapidamente elucidado. A propagação das
mensagens também foi combatida pelo delegado regional, Dr. Rafael Henrique.
O diretor da GRE Arcoverde, Marcelino Araújo, informou que a Secretaria Estadual de Educação já criou um protocolo junto com a Polícia Militar para que seja feito o registro de qualquer ocorrência nas escolas da rede de ensino do Estado e trabalhar para que a escola seja “um canto de semear a paz, de plantar as conquistas dos estudantes”. A cultura da paz também foi ressaltada pela presidente do Commdica, Janice Soares.
Para
o padre Adilson Simões, “os problemas da sociedade só podem ter soluções quando
ela senta à mesa para discutir e deliberar”, como estava ocorrendo naquele
momento. Disse que essas crianças são vítimas da sociedade que abandonou seus
valores éticos e que é preciso fazer educação com amor. “Estamos assim porque
tiraram de nosso currículo educação moral e cívica, porque proibiram falar do
nome de Deus nas escolas”, afirmando que trabalhar com a família é o caminho
para que se criem referências. O padre Adilson sugeriu ao prefeito e
vereadores, assim como a secretaria municipal de educação, que fosse aprovada e
sancionada uma lei para implantar as aulas de moral e cívica na grade
curricular municipal. O tenente Alex, que dirige a Escola Cívico Militar, disse
que princípios e valores precisam ser enfatizados na escola; mensagem compartilhada
por outros presentes que falaram no encontro.
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