quinta-feira, 11 de agosto de 2022

PF faz operação contra desvio de dinheiro público em cidades de Alagoas

                     A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira uma operação para apurar o desvio de dinheiro público na cidade de Rio Largo (AL), que fica a 30 quilômetros de Maceió. Ao todo, 35 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em seis municípios de Alagoas - Maceió, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios, além de Rio Largo.

Os recursos que são objeto da investigação foram repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS). A PF apura os crimes de desvio de verba pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A operação foi batizada de "Beco da Petúnia" em função de os alvos terem sido flagrados entregando pacotes de dinheiro público em um beco da cidade alagoana em plena luz do dia. Reportagem do Fantástico publicada no fim de julho mostrou as imagens de câmeras de segurança na rua em que aparecem os suspeitos fazem o transação.

Os investigadores rastrearam que houve 245 saques "na boca do caixa" de parcelas de R$ 49.000 referentes ao pagamento de duas empresas que tinham R$ 20 milhões em contratos com a prefeitura de Rio Largo.

Segundo a PF, o valor de R$ 49 mil visava "burlar o sistema de controle do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)", do Banco Central, que obriga as instituições bancárias a informarem automaticamente transações superiores a R$ 50 mil.

Nas cenas flagradas pela PF, dois homens saiam do banco em um carro e entregavam o dinheiro ao motorista de um outro veículo no beco. Em seguida, esse automóvel seguia em direção à sede da prefeitura, que ficava a 100 metros dali. Investigadores apontam que o veículo é usado pela administração municipal de Rio Largo, que é comandada por Gilberto Gonçalves, do PP.

Relatório da PF aponta que ele é o "coordenador da ação dos demais investigados". Endereços do prefeito e prédios do poder municipal foram alvos de mandados de busca e apreensão realizados hoje.

Além disso, servidores municipais foram afastados dos cargos pelo prazo de 60 dias. A Justiça também deferiu o sequestro de bens e imóveis no valor de 12 milhões para "garantir o futuro do ressarcimento aos cofres públicos". 


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