Os recursos que são objeto
da investigação foram repassados pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb) e do Sistema Único de Saúde (SUS). A PF apura os crimes
de desvio de verba pública, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A operação foi batizada de
"Beco da Petúnia" em função de os alvos terem sido flagrados
entregando pacotes de dinheiro público em um beco da cidade alagoana em plena
luz do dia. Reportagem do Fantástico publicada no fim de julho mostrou as
imagens de câmeras de segurança na rua em que aparecem os suspeitos fazem o
transação.
Os investigadores rastrearam
que houve 245 saques "na boca do caixa" de parcelas de R$ 49.000
referentes ao pagamento de duas empresas que tinham R$ 20 milhões em contratos
com a prefeitura de Rio Largo.
Segundo a PF, o valor de R$
49 mil visava "burlar o sistema de controle do Conselho de Controle
de Atividades Financeiras (Coaf)", do Banco Central, que obriga as
instituições bancárias a informarem automaticamente transações superiores a R$
50 mil.
Nas cenas flagradas pela PF,
dois homens saiam do banco em um carro e entregavam o dinheiro ao motorista de
um outro veículo no beco. Em seguida, esse automóvel seguia em direção à sede
da prefeitura, que ficava a 100 metros dali. Investigadores apontam que o
veículo é usado pela administração municipal de Rio Largo, que é comandada por
Gilberto Gonçalves, do PP.
Relatório da PF aponta que
ele é o "coordenador da ação dos demais investigados". Endereços do
prefeito e prédios do poder municipal foram alvos de mandados de busca e
apreensão realizados hoje.
Além disso, servidores municipais foram afastados dos cargos pelo prazo de 60 dias. A Justiça também deferiu o sequestro de bens e imóveis no valor de 12 milhões para "garantir o futuro do ressarcimento aos cofres públicos".
CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário