
Após
recomendação não atendida, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) resolveu
instaurar inquérito civil para apurar as denúncias de atraso de salários e
falta de pagamento de benefícios de servidores na ativa e aposentados da
Prefeitura de Ribeirão.
Chegaram
à Sede de Promotorias de Justiça no município cerca de 30 servidores efetivos e
inativos para relatarem constantes atrasos no pagamento dos salários de grande
parte dos servidores públicos. Já o pagamento dos aposentados é cercado de
incertezas e informações inverídicas.
“Eles
estão em situação de extrema necessidade. Têm sido informados com descaso e de
maneira enganosa, pois cada vez prometem o pagamento em uma data diferente,
ferindo gravemente o princípio da dignidade da pessoa humana”, comentou o
promotor de Justiça Marcelo Greenhalgh, que instituiu o Projeto Resgate, que
trata de cidadania, patrimônio público, infância e juventude, e segurança no
município de Ribeirão.
O
MPPE também está a par de que empréstimos consignados descontados não estão
sendo repassados pela Prefeitura a bancos credores e que os valores são
descontados normalmente da folha dos mesmos, o que, caso configurado,
caracteriza delito e ato que claramente viola a probidade administrativa.
Outras
notícias e documentos informam sobre descontos previdenciários realizados e não
repassados à Previdência Municipal, assim como casos de privilégio no pagamento
salarial de alguns servidores, a fornecedores e demais situações diversas, não
havendo regra, critério ou parâmetro para a Prefeitura em fazê-los.
Em
recomendação não atendida, o MPPE solicitou que o prefeito Marcello Maranhão
estipulasse um calendário para pagamento mensal e evitasse futuros atrasos.
Segundo
o promotor de Justiça Marcelo Greenhalgh, a Prefeitura de Ribeirão usa verba
licitada em propaganda e publicidade em detrimento de gastos constitucionais e
essenciais à população. Há ausência de merenda e transporte para alunos nas
escolas municipais, etc.
Além
do mais, ocorreram recentemente festas e eventos pagos pela Prefeitura, com
participação de cantores de renome e diversos gastos não essenciais, novamente
em detrimento de pagamento dos servidores concursados e demais serviços que
gozam de prioridade constitucional.
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