terça-feira, 3 de maio de 2016

Caos sem fim: Hospital de Arcoverde sem médicos no final de semana

           Apesar de todos os vereadores fazerem parte da bancada do governo Madalena Britto (PSB), os parlamentares da Casa James Pacheco não pouparam veladas críticas a direção do hospital e tentaram amenizar a responsabilidade da prefeita, aliada número um do governador Paulo Câmara (PSB) e que, em momento algum, usou dos meios de comunicação, que paga mensalmente, para cobrar medidas urgentes para a melhoria da unidade.

No último final de semana, o HRA esteve praticamente inoperante, sem médico desde o sábado, não está recebendo nenhum paciente da região e nem de Arcoverde.  Uma paciente de Sertânia foi até a unidade no domingo passado que ao chegar ao local foi avisada que o hospital Regional de Arcoverde não estava funcionando e que não estava recebendo ninguém. "Procurei informações e nos disseram que o Hospital estava assim desde ontem, sábado”, disse a sertaniense.

Em 2014, nos palanques montados pela prefeita Madalena Britto (PSB), uma das principais promessas do então candidato e hoje governador, Paulo Câmara, era que a unidade ia passar por uma revolução, com mais médicos, melhor infraestrutura e tudo mais. O que se viu foi a qualidade do atendimento cair, falta de médicos, remédios e até copos descartáveis e determinados momentos. Além disso, apesar de “não terem nada haver” com o hospital, dezenas de pessoas foram exoneradas a pedido e outras tantas nomeadas a pedido.

Ao invés da prefeita se pronunciar, cobrar e exigir melhorias para o HRA, alguns vereadores da bancada governistas (formada pelos 10 vereadores – unanimidade) encontraram na saída do atual diretor a solução para os problemas.  Simples, não? A sugestão foi da vereadora Luiza Margarida que avisou estar fazendo um “baixo” assinado para tirar o diretor do hospital.

Na Alepe, o deputado Júlio Cavalcanti (PTB), assim como toda a bancada de oposição que esteve em Arcoverde visitando o Hospital Regional, já havia denunciado o abandono, o descaso e as péssimas condições de atendimento à população com a falta constante de médicos.