terça-feira, 3 de maio de 2016

Arcoverde: Prefeitura muda edital de seleção pública, mas incoerências continuam

          Depois da denúncia do site A Folha das Cidades sobre uma série de incoerências no edital de seleção pública para agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, a prefeitura de Arcoverde resolveu modificar o edital e fazer algumas retificações, mas manteve pontos que privilegiam quem já exerce o cargo em detrimento dos demais candidatos que porventura venham a concorrer as vagas oferecidas. Terminou trocando seis por meia dúzia.

Apesar de fazer algumas modificações textuais e pontuais, a seleção manteve a tal “prova de títulos” aonde sai na frente quem já teve experiência na área (agentes de endemias ou de saúde), curso de aperfeiçoamento na área e ainda mantém os itens que coloca como exigência para concorrer ter o candidato “ensino médio completo e comprovação de conclusão, com aproveitamento, do curso introdutório de formação inicial e continuada”, agora explicitamente na área de agente de combate a endemias ou de agente comunitário de saúde.

Apesar das retificações, a prefeitura manteve no edital o item 2.8 que trata da taxa de inscrição e da conta aonde deve ser depositada. A Taxa de inscrição permanece no valor de R$ 20,00 (vinte reais), e deverá ser depositada diretamente nos caixas físicos ou transferida para a Conta Corrente n.º 31402-1, Agência n.º 0068-X, Banco do Brasil – Município de Arcoverde – CNPJ/MF n.º 10.105.955/0001-67. Curiosamente, essa seria a conta identificada como a conta do FPM, que recebe as transferências constitucionais do Tesouro Nacional.

Resumindo, a prefeitura retificou, mas as emendas nem renderam um soneto e nem deram igualdade de direito na disputa pelas 70 vagas oferecidas nas duas funções, permitindo, ainda que a tal “Comissão de Seleção Pública poderá, a seu critério, antes da homologação, suspender, alterar ou cancelar a respectiva Seleção, não assistindo aos candidatos o direito à interposição de recurso administrativo contra tal ato”. Ou seja, todo o esforço pode ser em vão e sem direito a reclamação (Psiu!). É a democracia moderna do governo da “unanimidade”. Que falta faz o velho Nelson Rodrigues.