Após se reunir com os líderes das bancadas e ministros do governo Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer reconheceu o agravamento da crise política e disse que o país precisa de "alguém [que] tenha a capacidade de reunificar a todos".
Visivelmente nervoso, balançando o corpo para frente e para trás enquanto discursava a jornalistas, Temer fez um apelo público a partidos políticos e setores da sociedade para que, juntos, "todos se dediquem a resolver os problemas do país". Após dizer que o país precisa de alguém capaz de uni-lo, apresentou-se como esse agente político. "Caso contrário, podemos entrar em uma crise desagradável para o país", sentenciou.
"Não vamos ignorar que a situação é razoavelmente grave, não tenho dúvida que é grave, e é grave porque há uma crise política se ensaiando, há uma crise econômica que está precisando ser ajustada mas, para tanto, é preciso contar com o Congresso Nacional", disse o vice-presidente. "Como articulador político do governo, quero fazer esse apelo", completou.
Segundo o vice-presidente, sua atuação como interlocutor entre o Executivo e o Legislativo foi de "sucesso" até hoje. Agora, continuou, no início do segundo semestre, "agrava-se uma possível crise e precisamos evitar isso em nome do Brasil, do empresariado brasileiro e dos trabalhadores".
"Eu sei que os brasileiros não contam com isso, querem que o Brasil continue na trilha do desenvolvimento e, por isso, reitero: é preciso pensar no país. Acima dos partidos, acima do governo, e acima de toda e qualquer instituição está o país. Se o país for bem, o povo irá bem. É o apelo que eu faço aos brasileiros e às nossas instituições", completou.
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