sábado, 22 de maio de 2021

Arcoverde edita decreto de restrições com críticas de comerciantes e memes da população

                         Em meio a uma pandemia que já levou à óbito mais de 100 arcoverdenses, o prefeito interino Wevertton Siqueira (PSB), editou nesta sexta-feira (21), um novo decreto definindo novas medidas restritivas no enfrentamento da pandemia da Covid-19 que tem provocado questionamentos de segmentos da sociedade, como os comerciantes, e acabou se transformando em memes devido a inclusão em um de seus artigos que está “vedada a realização de eventos, shows, festas...faixa de areia e barracas de praia...”.

O que poderia se tornar em medidas efetivas contra uma doença que se perdeu o controle no país e no município, tornou-se num emaranhado de erros e medidas sem clara definição. Primeiro que o decreto estipula o início, dia 21, mas não tem fim. Segundo, fecha o comércio às segundas-feiras, mas não diz qual o critério (é o dia que mais se infecta as pessoas?); para completar extingue as barreiras sem nenhuma explicação, embora não servissem mais de nada. Elas eram sustentadas pelo dinheiro da Covid-19, os mais de R$ 8,4 milhões que foram gastos e que ninguém sabe como.

E as praias, onde entram? Não entram, sai, porque o responsável pelo trágico decreto, mal elaborado, sem ser debatido com o comitê de enfrentamento da Covid-19, com as entidades de classes (CDL, ACA), acabou pedindo exoneração pelas redes sociais reconhecendo o erro e até pré-julgando as pessoas que criticaram tal artigo "praiasístico".

Arcoverde acordou sábado, dia 22 de maio, com um decreto ridicularizado, um prefeito questionado pelos próprios aliados, a exemplo do ex-vice-prefeito cassado Israel Rubis que utilizou sua rede social para ironizar afirmando que “Arcoverde avançou como nunca nesses últimos três meses, até praia já chegou aqui...”.

O pior que isso tudo acontece quando temos um hospital Regional superlotado, um hospital de campanha com mais de 60% da ocupação, lembrando que ele não tem UTI.  Simplesmente se edita decreto para não se dizer que nada fez e quando se faz atola-se o pé na areia da praia do Sertão. Desde o governo passado não se tem uma política clara de enfrentamento da Covid-19. A cidade e a população paga o preço.

Relembrando o que foi citado nas últimas sessões da Câmara de Vereadores, o descaso com os recursos da pandemia se emenda nos governos, mesmo temporários, que se seguem. Bom exemplo é que em menos de 30 dias o ex-prefeito cassado, através da Secretaria de Saúde, pagou quase 68 mil reais de exames dos pacientes do Hospital de Campanha que tinha, em média diariamente, 3 pessoas. Veja uma das memes que circularam hoje:



 

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