Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse hoje (6), no lançamento da
Campanha da Fraternidade, que o papel do Ministério Público é zelar para que as
políticas públicas incluam todos os cidadãos, alertando que as medidas adotadas
pelo Estado não podem discriminar e devem contribuir para o combate da
corrupção, criminalidade, violência e pobreza.
“São os mais pobres, sempre, as maiores
vítimas do egoísmo humano. E a solidariedade é o seu maior antídoto”, disse a
procuradora ao participar do lançamento da Campanha da Fraternidade, organizada
pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema este ano é
Fraternidade e Políticas Públicas.
Ao
comentar a proposta de reforma da Previdência, Dodge adotou um tom prudente, e
disse que todo e qualquer governo deve prezar pela Constituição, que, segundo
ela, estabelece critérios para um Estado fraterno.
“A campanha [da CNBB] lembra que fraternidade
e política pública são temas vinculados, e lembra que cada cidadão tem o
direito e o dever cívico de participar da elaboração das políticas públicas. [A
discussão sobre a reforma da Previdência] é um debate cidadão”, disse.
A
procuradora-geral, Raquel Dodge, destacou, mais de uma vez, a necessidade do
combate à corrupção que, segundo ela, é uma ameaça ao financiamento de
políticas públicas voltadas para a população brasileira.
O
cardeal Sergio da Rocha, presidente da CNBB, disse que o objetivo da campanha
deste ano é estimular a participação dos cristãos na construção e
acompanhamento das políticas públicas, esclarecendo que a Igreja não adota uma
postura politico-partidária.
Sobre
a reforma da Previdência, o cardeal disse que a CNBB ainda avaliará o texto
enviado pelo governo. Segundo ele, o importante é assegurar os direitos dos
menos privilegiados e evitar retrocessos de conquistas dos trabalhadores.
“É
muito importante o diálogo. Não apenas entre o governo e o Congresso, mas um
diálogo que escute todos os segmentos da sociedade”, disse. Segundo o cardeal,
a Igreja já manifestou essa preocupação em governos anteriores que tentaram
aprovar mudanças na Previdência.
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