Orçado
em cerca de R$ 2 milhões, a construção do Pátio da Feira do São Cristóvão, na
área da antiga Cagepe, por trás da Policlínica Dr. José Cavalcanti Alves, que
encontra-se fechada, vem demonstrando ser um verdadeiro risco do que pode-se
chamar de “tragédia pré-anunciada”. Em pouco mais de 60 dias, o teto do pátio caiu
pela segunda vez.
Na
última segunda-feira (8), uma ventania nem tão forte, foi responsável por
arrancar telhas e lança-las ao chão, mais uma vez, deixando outras
completamente soltas colocando em risco a vida de moradores e transeuntes. Nas fotos
é possível ver o estrago no telhado do pátio e que, também, caso feirantes e
consumidores já estivessem fazendo uso do local, várias pessoas sairiam feridas
do incidente.
Em
dezembro de 2015, aconteceu a mesma coisa e a prefeitura nunca emitiu uma nota
sobre o fato, sendo feito o conserto, que pelo visto foi mal feito. Agora,
novamente, mais telhas caíram comprovando que o serviço não está correspondendo
a questão de segurança e de obra nota 10 que deveria ter.
A prefeita
Madalena Britto (PSB) tinha anunciado em entrevista nas rádios locais que faria
a transferência da feira logo após o Carnaval. Diante dos fatos repetitivos e que
colocam em xeque a segurança da obra, os feirantes já temem que o pior possa
acontecer e que ventos mais fortes façam um estrago ainda maior colocando em
risco suas vidas.
| Telhas soltas ainda ameaçam a cair e podem ser lançadas sobre casas dependendo da posição dos ventos. |
Uma
questão que mereceria um parecer do corpo de bombeiros e acompanhamento do Ministério
Público, pois, independente de governo fazer ou não a obra, ela não pode é
colocar em risco a vida das pessoas. A empresa responsável pela obra não tem
conseguido dar as garantias de segurança do telhado que já foi arrancado duas
vezes por ventanias. Faltou fiscalização? A prefeitura cochilou no
acompanhamento da obra? O que final aconteceu para mais uma vez o telhado ser
arrancado por uma simples ventania?
A obra
seria feita anteriormente com recursos do Governo Federal, conseguidos pelo
senador Armando Monteiro (PTB) em 2013, mas a prefeitura perdeu esses recursos da ordem
de R$ 2 milhões. Caso tivesse feito com o dinheiro federal, a fiscalização da
Caixa Econômica Federal, responsável pela liberação dos recursos, seria muito
mais eficiente e problemas teriam sido identificados e solucionados antes da
entrega da obra.