quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Brasil tem 2.192 casos de sarampo confirmados


         Até o dia 15 de outubro, 2.192 casos confirmados de sarampo foram registrados no Brasil, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Ministério da Saúde. Desse total, 1.776 casos foram identificados no Amazonas e 330 em Roraima. Juntos, os estados contabilizam ainda 7.894 casos em investigação. As informações são da Agência Brasil.

Casos isolados de sarampo, segundo a pasta, foram registrados em São Paulo (3), no Rio de Janeiro (18), no Rio Grande do Sul (37), em Rondônia (2), em Pernambuco (4), no Pará (17), no Distrito Federal (1) e em Sergipe (4). Ainda de acordo com o ministério, até o momento, 12 mortes pela doença foram confirmadas no país, sendo quatro em Roraima, seis no Amazonas e duas no Pará.

O Ministério da Saúde informou que, de janeiro a outubro deste ano, enviou um quantitativo de 13,2 milhões de doses da vacina tríplice viral – que previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – para Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Sergipe, além do Distrito Federal.

O objetivo, segundo a pasta, é atender a demanda dos serviços de rotina e a realização de ações de bloqueio, intensificação e campanha de vacinação para prevenção de novos casos de sarampo. Por meio de nota, o ministério informou que todas as unidades federativas, com exceção do Distrito Federal, alcançaram a meta de 95% de cobertura vacinal contra a doença.

domingo, 14 de outubro de 2018

Arcoverde pode abrir mais um curso de Direito ainda este ano


          Dois anos após formar a sua primeira turma de Direito da Universidade de Pernambuco (UPE), a cidade de Arcoverde pode ter mais uma opção para quem quer fazer o bacharelado em Direito ainda este ano. Após visitar as instalações da Autarquia de Ensino Superior de Arcoverde – Aesa, o Conselho Estadual de Educação - CEE deve autorizar a abertura do curso na entidade.

Na semana passada dos representantes do CEE verificaram as condições estruturais da AESA e a análise do Projeto Pedagógico do Curso de Direito.

Além dos integrantes do CEE participaram da vistoria os professores que integram a instituição: Franklin Freire (diretor do Cesa), Austriclinio Bezerra de Andrade, Katya Carvalho Alexandre, Eraldo Galindo, Izabel Cristina Isidoro de Souza e Luís Massilon, além do controlador do município, Aldênio Ferro. 

O próximo passo para a concretização da abertura do curso é o Conselho Estadual de Educação votar o relatório no pelo do colegiado, aprovar e dar a autorização para a realização do primeiro vestibular. Diferente da UPE, o curso é pago, mas ainda não há definição de quanto será a mensalidade.

Igreja centenária é pichada com suásticas nazista no Rio


 Roberta Pennafort, O Estado de S.Paulo

A centenária capela de São Pedro da Serra, em Nova Friburgo, cidade da Região Serrana distante 140 quilômetros da capital do Rio, amanheceu com a fachada pichada com suásticas nazistas neste domingo, 14. O ataque ocorreu na madrugada, e não há informações sobre os autores da pichação, segundo informou a polícia.

Localizado no centro de São Pedro da Serra, distrito de Friburgo com apenas quatro mil habitantes, o templo tem 150 anos. É o mais antiga do município, destino turístico de quem procura tranquilidade e temperaturas mais frias.

Construída entre 1850 e 1865 em estilo suíço e recentemente restaurada, a capela tem um sino em bronze doado pelo imperador d. Pedro II. Com o brasão da família imperial, o sino é uma atração turística local.

Bolsonaro diz que Haddad é 'moleque' ao falar em perseguição


        O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, disse que é "coisa de moleque" a afirmação feita por Fernando Haddad (PT) sobre ter sido perseguido por um simpatizante do capitão reformado. 

"Poxa, isso é coisa de moleque, de criança. Nem dá para responder que eleitores meus fecharam ele. Coisa de criança, de moleque, de gente que não tem o que fazer", afirmou. Haddad disse ter sido vítima de perseguição em Brasília, na quinta-feira (11), quando participava de evento organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

“O Brasil tem que estar nas mãos de homens e mulheres com responsabilidade, sem mimimi. Condeno qualquer ataque de quem quer que seja por questão política ou outra qualquer", afirmou Bolsonaro enquanto fazia gravações para um programa de TV.

Ele voltou ainda a culpar o PT por problemas de segurança pública, em resposta às acusações de seus adversários de que ele estimula a violência.

"Foram 13 anos de PT. A violência cresceu assustadoramente no Brasil. Eu pergunto: eles investigaram o caso Celso Daniel?"

'Qual o limite da loucura do meu adversário?', diz Haddad


            O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, questionou neste domingo (14) o comportamento de Carlos Eduardo, filho do adversário Jair Bolsonaro, que reproduziu nas redes sociais uma notícia falsa de que o petista defendera o incesto.

A publicação, um tuíte com um texto do escritor Olavo de Carvalho, dizia que Haddad pregava a derrubada do tabu do incesto. O autor retirou o texto das redes sociais, explicando-se depois. Mas Carlos Bolsonaro a manteve com a pergunta "é isso que você quer ver governando o país?"

Após um "encontro com pessoas com deficiência pela democracia", Haddad listou mentiras das quais seria vítima. "Qual o limite da loucura do meu adversário? Acusar um oponente de defender o incesto. Onde nós vamos parar?", questionou Haddad.

O petista também disse que vê com preocupação o que chama de projeto de poder de líderes igreja Universal do Reino de Deus, citando ainda o fato de Bolsonaro ter chamado dom Paulo Evaristo Arns de vagabundo e picareta. "Onde é que esta loucura vai parar? Hoje, uma igreja católica amanheceu pichada com uma suástica. Eu fui perseguido por um carro por um bolsonarista chamando a igreja católica de igreja gay".

Haddad cobrou ainda a imprensa pelo que chamou de omissão. "Vocês não vão acordar para o risco que nós estamos correndo? Quando é que a imprensa vai acordar? A ombudsman da Folha de S.Paulo está fazendo justamente isso". Segundo Haddad, "se a imprensa não ajudar, não vai acabar bem". "A democracia está em risco, acordem", apelou. Folhape.

Arcoverde fechou agosto com menos 23 postos de trabalho


        Os últimos dados divulgados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, revelam que pelo menos 23 postos de trabalhos foram fechados em Arcoverde no mês de agosto. Foram 134 admissões contra 157 desligamentos de trabalhadores. No comparativo com o mesmo período do ano passado (-51 vagas), o numero representa uma queda de 45%.


Os setores que mais demitiram em agosto deste ano em Arcoverde foram o comércio que fechou 33 postos de trabalho e a construção civil com menos 06 vagas. Por sua vez, o setor de serviços registrou um acréscimo de 22 postos de trabalho com 63 admissões contra 41 desligamentos.

No ano o saldo é positivo, com 181 postos de trabalhos criados. Foram 1.380 admissões contra 1.199 demissões. No mesmo período de 2017 foram criados apenas 15 novos postos de trabalho. A construção civil liderou a criação de novas vagas com 205 postos de trabalho abertos ao longo de 2018. Em seguida veio o setor de serviços com 59 postos de trabalho. Já o comércio amargou o fechamento de 60 vagas de janeiro a agosto deste ano em Arcoverde.

Nos últimos 12 meses a variação também é positiva, apenas de modesto, com 11 novos postos de trabalho criados na Capital do Sertão. Foram admitidos 1.816 trabalhadores contra 1.805 que foram desligados de seus empregos. Neste período, o comércio mais uma vez lidera o fechamento de postos de trabalho com 76 vagas fechadas. A construção civil criou 88 postos de trabalho e os Serviços outras 18. 

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sábado, 13 de outubro de 2018

Secretário de Defesa Social pede exoneração de Ex-Delegado de Arcoverde ligado a Motoclube


            O Secretário de Defesa Social Antonio de Pádua encaminhou ao Governador Paulo Câmara a solicitação de exoneração do Delegado José Renato Gayão de Oliveira, que atuava em Arcoverde quando se envolveu em episódio que culminou com a morte do agente penitenciário Charles de Souza Santos, em janeiro de 2015. Esse procedimento é feita depois que a Corregedoria concluiu a investigação por sua participação no caso, também pedindo sua exoneração.

O Secretário de Defesa Social argumentou que processo administrativo foi instaurado com a finalidade de verificar se ele, Eduardo Henrique Aniceto, também Delegado e Lívio Simões Medeiros, Escrivão.  Eles foram acusados de “transgressão administrativa, no evento ocorrido na cidade de Afogados da Ingazeira – PE – XVI Encontro de Motociclistas, nas dependências do Bar Casa de Taipa, uma vez que o ASP Charles de Souza Santos foi agredido por integrantes do moto clube Abutres, inclusive, houve disparo de arma de fogo que atingiu o referido agente, levando-o ao óbito.

“Os fatos foram amplamente divulgados nos grupos de Whatsapp e imprensa, inclusive, ressaltando sua participação do Imputado José Renato como integrante do Motoclube Abutres, que goza de péssimas referências vinculadas ao uso de violência, bem como que o homicídio do ASP Charles de Souza Santos que ocorreu após ter sido agredido por seis integrantes do aludido grupo e ter sido alvejado pela própria arma de fogo demonstra claramente a conduta desabonadora do grupo”, diz o Secretário.

Segue: “José Renato Gayão encontrava-se em local que era ponto de consumo de entorpecentes, conforme demonstrado na perícia que identificou sacos plásticos com fragmentos de material positivo para cocaína e maconha dentro do banheiro que vinha sendo utilizado pelo seu grupo. O funcionário policial não deve manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notórios e desabonadores antecedentes criminais, sem razão e serviço”, diz. O Delegado foi denunciado pela prática do delito capitulado no art. 319 do Código Penal, com denúncia recebida no dia 27 de abril de 2017.

Sobre Lívio Simões Medeiros ficou demonstrado que, ao apresentar a arma de fogo utilizada no homicídio do ASP Charles de Souza Santos faltou com a verdade sobre sua localização. “A retratação não é causa excludente da prática de transgressão administrativa”.

Quanto a Eduardo Henrique Aniceto Pereira, “as testemunhas foram unânimes em afirmar que não presenciaram o Imputado no evento que ensejou fato criminoso”. Assim, determinou o arquivamento do processo contra ele. A Lívio Simões foi aplicada a pena disciplinar de 10 dias de suspensão, convertida em multa.

Quanto a Renato Gayão, a aplicação da reprimenda estatal de demissão, por ter tido sua conduta amoldada aos incisos VIII (praticar ato que importe escândalo ou que concorra para comprometer a dignidade da função policial) e XVIII (manter relações de amizade ou exibir-se em público com pessoas de notórios e desabonadores antecedentes criminais, sem razão e serviço).

Os autos originais do aludido processo foram remetidos à Procuradoria de Apoio Jurídico Legislativo do Governador, para as providências julgadas cabíveis.

Charles foi morto dia 24 de janeiro de 2017, espancado durante o Encontro de Motociclistas em Afogados da Ingazeira. Charles Souza Santos tinha 41 anos e participava do evento, que aconteceu na Avenida Rio Branco. Ele foi surpreendido pelo grupo quando tentava entrar no banheiro. Ele estava na fila do banheiro e tinha um motoqueiro lá, que era o líder, e estava impedindo a entrada das pessoas. Ele chegou a questionar, mas mesmo assim entrou no banheiro. Agora, sabe-se que a proibição de acesso era porque o grupo utilizava drogas.

Charles, que morava em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, deixou a companheira e dois filhos – uma menina de 18 anos e um menino de 12. Ele trabalhava como agente penitenciário desde 2012 e estava lotado no Presídio de Limoeiro.

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Aposta do Pará leva sozinha os R$ 27 milhões da Megasena


           Um único apostador, do Marabá, no Pará, acertou as seis dezenas do concurso 2.087 da Mega-Sena, realizado na noite deste sábado (13) no município de Joaçaba (SC).

Veja as dezenas sorteadas: 02 - 18 - 19 - 23 - 34 - 53

A quina teve 52 apostas ganhadoras; cada uma levará R$ 41.598,96. Outras 4.898 apostas acertaram a quadra; cada uma receberá R$ 630,91.

O próximo concurso, 2.088, será na quarta-feira (17). O prêmio é estimado em R$ 2,5 milhões.

Bolsonaro diz que só debate com Haddad se não houver interferência de Lula


            O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (13/10) que concorda em ir a debates com seu adversário, Fernando Haddad (PT), mas desde que não haja "interferência externa", referindo-se à suposta influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de Fernando Haddad (PT). 

"Se for debate só eu e ele (Haddad), sem interferência externa (de Lula), eu topo comparecer. Estou pronto para debater; tem de ser sem participação de terceiros", ironizou, em meio a uma gravação de programas eleitoral na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim botânico, bairro da zona sul do Rio.

O fato de Bolsonaro não confirmar a participação em debates — o capitão reformado já disse que avalia não ir a nenhum como estratégia para vencer — tem sido uma das maiores críticas feitas por Haddad a ele. Pela manhã, o petista voltou a falar sobre o tema: "Quem não tem propostas, não tem o que debater", afirmou, antes de encontro com coletivos culturais na Cohab Raposo Tavares, na zona oeste da capital paulista. 

Bolsonaro tem rebatido as críticas dizendo que não vale a pena debater com Haddad porque não é ele quem toma as decisões. O militar chamou Haddad de "ventríloquo de Lula" (em aparente confusão, pois ele deveria querer dizer que Lula é o ventríloquo de Haddad) e disse que o adversário não escolherá os ministros caso seja eleito. "Quem vai escalar time de ministros será o Lula. Não adianta (ele) ter boas propostas se vai ter indicação política", continuou. "O mais importante é ter independência para escalar um time de ministros componentes."

Questionado sobre essas falas do candidato do PSL, Haddad respondeu que "quem bate continência para americano não tem moral para falar nada", em referência a uma ocasião em que, diante dos eleitores, Bolsonaro bateu continência à bandeira dos Estados Unidos. 

Em discurso, Bolsonaro apoiou grupo de extermínio que cobrava R$ 50 para matar jovens da periferia


            Publicado no Congresso em foco


           Por Lúcio de Castro, da Agência Sportlight


Em 12 de agosto de 2003, o deputado Jair Bolsonaro foi ao microfone do plenário da Câmara dos Deputados e fez veemente defesa dos crimes de extermínio. Exaltados como solução para a política de segurança a ser adotada no Rio de Janeiro. O motivo para a apaixonada defesa era a ação de um esquadrão da morte que vinha aterrorizando a Bahia desde o início daquela década. Deu boas vindas aos foras da lei mesmo reconhecendo a ilegalidade.

A Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo revelou que a fala do deputado omitiu a motivação econômica que movia e razão de ser dos criminosos munidos com carteira do estado: um grande negócio travestido de combate ao crime.

“Quero dizer aos companheiros da Bahia — há pouco ouvi um parlamentar criticar os grupos de extermínio — que enquanto o Estado não tiver coragem de adotar a pena de morte, o crime de extermínio, no meu entender, será muito bem-vindo. Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio, porque no meu estado só as pessoas inocentes são dizimadas. Na Bahia, pelas informações que tenho — lógico que são grupos ilegais —, a marginalidade tem decrescido. Meus parabéns”!

Veja a imagem do discurso reproduzida da página da Câmara:

Muitos dos criminosos parabenizados pelo parlamentar por seus feitos não tinham rosto, mas os crimes tem números. No ano de 2000, foram 146 registros de mortos em ação de grupos de extermínio apenas na capital Salvador. Maioria absoluta de jovens negros e favelados. Subiu drasticamente no ano seguinte, indo para 321 assassinados por esses esquadrões da morte. Em 2002, 302 assassinatos. Os números são da “Comissão de Direitos Humanos” da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (Alba) daquele mesmo ano do discurso de Bolsonaro. A dimensão do genocídio gerou uma Comissão Parlamentar de Inquérito na assembleia baiana.

Os assassinatos eram parte de um comércio que financiou o grupo de extermínio exaltado pelo parlamentar.

É o que mostra uma das mais completas abordagens sobre o tema.

Autor de minucioso estudo (“Entre o vigilantismo e o empreendedorismo violento”) para mestrado em Ciências Sociais na Universidade Federal da Bahia (UFBA), com recorte nesses grupos que agiram na Bahia naqueles anos, o advogado Bruno Teixeira Bahia relata as características de tais ações e grupos. “Eram compostos, em sua maioria, por policiais e ex-policiais civis e militares, ressaltando, ainda, que em quase todos os casos as vítimas eram jovens, negros e pobres, com idade entre 14 e 26 anos e sem passagem pela polícia”, está na peça.

Os assassinatos destacados como política de segurança por Bolsonaro em sua maioria eram precedidos de tortura, de acordo com o estudo. “As vítimas, em geral, são encontradas com marcas de tiros em pontos vitais, geralmente na cabeça, nuca e ouvido. Além dos disparos, também eram levadas em consideração outras marcas deixadas nos corpos das vítimas, como mãos amarradas, sinais de tortura, tais como unhas e dentes arrancados, hematomas por todo o corpo e, às vezes, o ateamento de fogo ao cadáver”.

Outra característica apontada no trabalho de Bruno Teixeira Bahia é a absoluta impunidade e conivência do poder público com tais práticas. “O chefe do Poder Executivo (à época Governador Paulo Souto), apesar das evidências, negava a existência de tais grupos, estratégia também utilizada pela Secretaria de Segurança Pública, a qual atuava de forma isolada e não respondia a nenhum ofício ou questionamento da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, nem de qualquer outra Comissão de Direitos Humanos”, relata.

Entre tantos, provavelmente o mais contundente dado é comprovação das investigações e inquéritos judiciais, além da CPI, de que o extermínio organizado foi um grande comércio. De vida e morte. Em Juazeiro, interior do estado, as mortes eram encomendadas muitas vezes por comerciantes. Valores entre R$ 50 e R$ 100 pagavam um assassino de aluguel desses grupos.

“Uma quadrilha formada por comerciantes que pagavam a importância de 50 a 100 reais pela morte de delinquentes com diversas entradas na delegacia regional de Juazeiro por pequenos crimes contra o patrimônio. Apesar do reconhecimento oficial da existência de um grupo que trabalhava em prol do extermínio de pessoas com passagens pela polícia, inclusive com a descoberta de uma rede de pagamento formada por comerciantes locais, o silêncio marcou o depoimento do então comandante da polícia de Juazeiro quando a questão era quem seriam ou como agiam os executores”, conta o advogado e cientista social.

Depoimento tomado junto a policial revela discurso bem próximo ao do parlamentar. As definições “pessoas boas”, “vagabundo”, além da reclamação pela existência de leis que proíbem o assassinato, comuns no discurso do parlamentar, estão presentes na fala do integrante do grupo:

“E é assim, a nossa tristeza é porque a população as pessoas boas merecem um bairro com respeito, eles não tem. O vagabundo mata, estupra, faz e acontece, ninguém toma providência”, justifica o policial.

Transformado em negócio por essas milícias, os assassinatos exaltados por Bolsonaro logo cruzaram novas fronteiras. Pela remuneração, o alvo dos exterminadores se ampliou. “O entrevistado também destacou que somente matou bandido e confessou ter feito isso tanto em serviço como para ganhar dinheiro de comerciantes. Contudo, relatou que nesta prática ‘às vezes as coisas fugiam um pouco do controle’, confirmando que nem sempre os alvos dos integrantes do grupo eram bandidos, como no caso descrito no parágrafo anterior e como em outras oportunidades quando algum policial que agia no grupo resolvia matar outras pessoas, mesmo que estas não tivessem envolvimento na prática de crimes”.

O autor aponta ainda como a suposta solução do “bandido bom é bandido morto” logo se transforma em mercado:

“O uso da violência pelos membros de um grupo de extermínio não pode ser limitado à concepção de combate à ação dos “bichos” ou dos “bandidos”. Ser capaz de usar a violência e estar disposto a fazê-lo diferencia o agente no meio social em que vive e o credencia a usar suas habilidades como capital social dentro de um mercado econômico, já que, como visto, não há controles informais que o impeça de assim agir. A capacidade no uso da violência, como desenvolvimento de uma carreira moral, torna o agente, perante a sociedade, especializado para a realização de atividades com valor financeiro, em um verdadeiro mercado da violência”.

A política de eliminação transformada em negócio logo vira relação promíscua, como está em depoimento do livro de Bruno Teixeira Bahia. “E também tem assim, se tem os traficantes que a gente já conhece “das antiga”, da nossa época, ele comanda a porra dele, tipo assim, ele não deixava que nada acontecesse naquela área e a gente ficava de boa, e cá também, ele não bagunça e a gente fica de boa. Tinha um que “pagava a etapa” toda semana”.
A morte vira lucrativa ferramenta nesse tipo de política de segurança.

“Se o agente se acostuma ao uso da violência e desenvolve habilidades no trato com a mesma não é desarrazoado supor que tais habilidades o acompanhem tanto em tarefas exercitadas fora do policiamento oficial, quanto nos chamados serviços de seguranças clandestinos. Do combate à criminalidade, à resolução de contendas pessoais, passando pela venda dos serviços no setor privado, seja lícito (comércio) ou ilícito (tráfico de drogas), a morte se apresenta como uma ferramenta, afiada e azeitada por anos dentro das práticas policiais”.

Outro lado:

A reportagem tentou contato com Jair Bolsonaro sobre o tema sem êxito.

Para acessar os registros do discurso acima mencionado na Câmara, acesse: 

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/discursos-e-notas-taquigraficas

Nome: Jair Bolsonaro
Período
Data inicial:
12/08/2003
Data final:
12/08/2003

Matéria veiculada no site do Diário de Pernambuco neste sábado (13):

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2018/10/13/interna_politica,765394/em-discurso-bolsonaro-apoiou-grupo-de-exterminio-que-cobrava-r-50-pa.shtml

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Prefeitura de Itaíba constrói pontes melhorando acessos a comunidades


         Pelo menos quatro comunidades serão beneficiadas com a construção de pontes que vão permitir acessos seguros para centenas de famílias na zona rural e na cidade de Itaíba. O projeto lançado pela prefeita Regina Cunha (PTB) no início do segundo semestre já beneficiou três comunidades rurais.

“Sentimos e ouvimos da população a reclamação constante dos perigos que esses acessos antigos e sem estrutura, colocando em risco a vidas das pessoas e dificultando os acessos e diante da triste realidade deixada pelos governos passados, unimos nossos esforços com o povo e estamos fazendo essas obras de suma importância para essas populações”, disse a prefeita Regina Cunha.

As pontes já foram construídas em três comunidades: Sítio Barrocão, aonde a população já não tinha mais nem acesso; Sítio Firmiano e agora em outubro foi feita a concretagem da ponte do Sítio Praquió. Além de estrutura em concreto, as pontes são dotadas de guarda-corpo protegendo os pedestres de acidentes ou quedas.

Além das três pontes já construídas, a prefeitura de Itaíba deu início aos serviços de construção da ponte da Rua São Paulo, atendendo as solicitações dos moradores daquela rua.

“Aos poucos vamos reconstruindo nosso município, estruturando a cidade, os distritos e comunidades rurais, garantindo obras, saúde, educação e ação social. Cuidar das pessoas que por anos foram abandonadas é nosso maior trabalho”, afirmou Regina Cunha.

Bolsonaro associa PT a Venezuela e Haddad critica violência no 1º dia de guia eleitoral


         Os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) não pouparam ataques no primeiro programa da campanha eleitoral do segundo turno no rádio e na TV nesta sexta-feira (12). Enquanto a estratégia de Bolsonaro, sem discurso claro, foi associar o PT à Venezuela, a campanha do petista trouxe relatos sobre a violência praticada pelos seguidores de seu opositor e não cita Lula.

Voltando aos tempos da ditadura, o programa de Bolsonaro começa em 1990, citando a queda do comunismo e narrando a criação do Foro de São Paulo, chamado de "semente de projeto de doutrinação", com a participação de Lula, que discursa defendendo que integrantes do grupo cheguem ao poder. Na sequência, o locutor cita Cuba, classificando o país como "o mais atrasado do mundo", e a "Venezuela arrasada", associando o país ao Brasil, que se tornou "um balcão de negócios".

"Vermelho nunca foi a cor do Brasil", destaca a campanha, que passa então a atacar o oponente na disputa, dizendo que o país não pode ser comandado da cadeia, em referência ao ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde abril. Na sequência, são ouvidos eleitores de Bolsonaro que se dizem indignados com o fato de o petista ainda interferir no processo eleitoral apesar de preso. Uma mulher que se declara negra e brasileira confirma o voto no candidato.

Deus é citado num agradecimento aos votos obtidos no primeiro turno e pela vida do candidato, esfaqueado no início de setembro durante um ato de campanha em Minas Gerais. Da biografia de Bolsonaro, o destaque foi dado a filha caçula, Laura, numa tentativa de aproximação do eleitorado feminino. É nesse momento que surge a fala do capitão reformado, dizendo como a vida mudou após a chegada da única filha mulher, que aparece dizendo "eu te amo". Em 2017, o deputado fez piada com o nascimento da menina, dizendo que havia fraquejado e veio uma mulher.

De arma na mão, Bolsonaro diz em evento no Acre que
vai metralhar os petralhas
Já a campanha de Haddad começa com um alerta: a democracia está em risco. O locutor afirma que seguidores de Bolsonaro transformaram o segundo turno, momento para discutir propostas para o país, em uma onda de violência e destaca a fala do oponente durante a campanha eleitoral. "Vamos fuzilar a petralhada toda", diz Bolsonaro. O trecho é repetido várias vezes na campanha do petista, enquanto se fala sobre ódio, raiva e casos de violência. 

A morte do capoeirista Moa do Katendê, 53, atingido por 12 facadas de um apoiador de Bolsonaro após uma discussão sobre política num bar na Bahia, o desenho de uma suástica, símbolo do nazismo, feito no corpo de uma jovem e os ataques contra a memória da vereadora do PSOL Marielle Franco foram citados. Vozes de eleitores também aparecem no programa, destacando que Bolsonaro fere abertamente os direitos humanos.

"O que é bacana, o povo de arma na mão, como defende o Bolsonaro, ou com um livro na mão, como quer o Haddad?", diz o locutor. Haddad aparece afirmando que sua arma não é o grito, mas garantir a carteira assinada para o trabalhador. Assim como Bolsonaro, o petista também cita Deus, agradecendo pelos votos no primeiro turno e pelos filhos que teve num casamento de 30 anos, tempo destacado na peça.

Diferentemente do primeiro turno, em que o jingle petista dizia que Haddad é Lula e ele aparecia destacando as qualidades do candidato, o ex-presidente não é citado. A campanha adota ainda a estratégia de se descolar do PT, em busca do apoio dos críticos a sigla. Essa campanha não é de um partido, mas de todos que querem fazer desse um Brasil melhor", diz.

Fenaj defende democracia e critica 'fascismo emergente'


            A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) publicou uma nota na quinta-feira (11) sobre a eleição presidencial em defesa da democracia e contra o fascismo emergente. Segundo o texto, a disputa "não se dá entre dois projetos democráticos, mas entre uma candidatura que respeita a institucionalidade e o jogo democrático e outra que representa uma regressão política e até mesmo civilizatória". A crítica se dirige a declarações do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), sobre grupos como mulheres, negros, LGBTIs, entre outros grupos. 

"Além de um dever cívico, é também uma obrigação ética dos jornalistas posicionarem-se contra um candidato a presidente da República que faz apologia da violência, não reconhece a história do país, elogia torturadores, derrama ódio, sobre negros, mulheres, LGBTIs, índios e pobres e ainda promete combater o ativismo da sociedade civil organizada. Esse candidato é Jair Bolsonaro, do PSL." 

O texto afirma que o postulante faz uma "campanha despolitizada, assentada em valores morais, família e religião", mas representa, na verdade, os que não se conformaram com a redemocratização e com os avanços sociais ocorridos na última década". "Bolsonarorepresenta os que temem a democracia e a organização do povo; fala em nome daqueles que não se incomodam com privilégios nem com a corrupção e que não se constrangem com o uso da força onde e quando julgarem necessário."

Placas do Mercosul são suspensas pela Justiça em decisão provisória


           A Justiça suspendeu na última quarta-feira (10) a adoção das placas do Mercosul no Brasil. A decisão é da Desembargadora Federal Daniele Maranhão Costa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, e tem caráter liminar, ou seja, é uma decisão provisória. O pedido de suspensão foi feito pela associação das empresas fabricantes e lacradoras de placas automotivas de Santa Catarina, a Aplasc.

As placas começaram a ser instaladas no Rio de Janeiro há um mês, em 11 de setembro. Até 1º de dezembro, todos os demais estados deverão fazer o mesmo.

De acordo com a decisão, há duas causas para a suspensão. A primeira é que, na resolução que implementou as placas Mercosul, o Denatran ficaria responsável por credenciar as fabricantes de placas. No entanto, segundo a desembargadora, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que esta função é dos Detrans.

O texto diz ainda que "a União não traz nenhum argumento que legitime a transferência de atribuição quanto ao credenciamento das empresas pelo Denatran, embora traga como justificativa a necessidade de solucionar problema relacionado ao direcionamento das atividades a determinadas empresas e o monopólio existente no setor."

A juíza ainda conclui, dizendo que, "sem adentrar na pertinência dessas afirmações, o fato é que não pode, a despeito de solucionar um problema, criar outro, abstraindo da previsão expressa em lei que diz ser dos Detrans a competência para a atividade de credenciamento."

A outra razão, segundo a desembargadora, é que o Brasil deveria ter implantado o sistema de consultas e troca de informação das novas placas antes que as placas passassem a ser adotadas nos veículos.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Marília Arraes confirma que é oposição a Paulo Câmara


          Dois dias depois de ser eleita deputada federal, a vereadora Marília Arraes (PT) concedeu entrevista ao programa Folha Política, da Rádio Folha (FM 96,7), nesta terça-feira (09). Ela comentou sobre como foi sua campanha e marcou posição de seu mandato na oposição ao governador reeleito Paulo Câmara (PSB). Marília também criticou, de forma mais sutil, seu colega de partido, o senador Humberto Costa (PT).

Quarta mulher eleita em Pernambuco para a Câmara Federal - antes dela só se elegeram Cristina Tavares, Ana Arraes e Luciana Santos - Marília sai fortalecida destas eleições, com 193.108 votos. Ela antecipou se colocará na oposição a Paulo Câmara (PSB), apesar de pretender atuar de forma republicana. Ela disse que não é partidária do "quanto pior melhor" e trabalhará por Pernambuco. No entanto, não deixou de criticar o governador. "Quero ver qual é a obra de magia cinematográfica que o governador vai fazer pra fazer o que ele prometeu", fazendo referência a promessas de campanha como o décimo terceiro do Bolsa Família.

Com o palanque desmontado da eleição proporcional, Marília mudou o tom contra Humberto Costa, mas não deixou de criticar, de forma mais amena, as escolhas do petista. Segundo ela, não ficou nenhum sentimento ruim em relação ao senador. "Não se faz política com raiva nem mágoa. A gente tem que fazer política com alegria e de cabeça erguida", disse, antes de expor suas discordâncias, explicando porque não atendeu ao chamado de Humberto para conversar.

"Eu não atendi por uma questão de agenda. Humberto costa é um bom parlamentar. Mas eu não estaria ao lado de Jarbas. Eu n faria isso porque a gente tem que respeitar a nossa história e ter coerência. O povo não aceita mais isso no cotidiano da política", afirmou.

"Jarbas é anti-petista e tem posicionamentos reacionários, mas nosso campo político entendeu que ele deveria disputar. Acho que ele (Humberto) errou na política, mas acho que ele é um bom senador e vai representar bem Pernambuco no congresso", ponderou Marília.

Sobre sua caminhada até ser eleita, Marília comemorou. "Foi uma votação expressiva sem ter grande máquina e grandes estruturas ou aparato da política tradicional", disse, destacando nomes que estarão ao seu lado na bancada do PT em Brasília como Carlos Vera e Fernando Ferro.

Saída do PT? "Eu sou do Partido dos trabalhadores, meu foco claro que é no PT, mas não poderia seguir certas determinações que a executiva nacional dá. Que eu saiba o PT é um partido que não deveria ter dono", alfinetou, Marília, explicando, por exemplo, a decisão de declarar voto em Dani Portela (PSol), a dois dias do pleito. "No final, na verdade eu não declarei apoio, eu disse em quem eu iria votar", explicou. Da Folhape

Datafolha: Bolsonaro tem 58% dos votos válidos e Haddad 42%


           O Datafolha divulgou nesta quarta-feira (10) o resultado da primeira pesquisa do instituto sobre o segundo turno da eleição presidencial. O levantamento foi realizado nesta quarta, dia 10, e tem margem de erro de 2 pontos, para mais ou para menos.

Nos votos válidos, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 58%
Fernando Haddad (PT): 42%

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Nos votos totais, os resultados foram os seguintes:

Jair Bolsonaro (PSL): 49%
Fernando Haddad (PT): 36%
Em branco/nulo/nenhum: 8%
Não sabe: 6%

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram entrevistados: 3.235 eleitores em 227 municípios no dia 10 de outubro, com nível de confiança de 95%. O Registro no TSE é BR-00214/2018.

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Indicado como Ministro da Economia e guru de Bolsonaro, é investigado por fraude


         O economista Paulo Guedes, coordenador do programa econômico do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), está sob investigação do Ministério Público Federal, em Brasília, por suspeita de fraudes, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de SÃO Paulo desta quarta-feira (10).

A publicação afirma ter tido acesso a uma investigação do Ministério Público Federal (MPF), que aponta para "relevantes indícios de que, entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores/gestores dos fundos de pensão e da sociedade por ações BNDESPar" em consórcio com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes, controlador do Grupo HSM". Segundo o jornal, a informação extraída dessa investigação é de que há indícios de "intenção de cometer crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras e emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias", denuncia.

São citados, segundo a reportagem, o BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, associado aos fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa) e Postalis (Correios). Guedes teria captado pelo menos R$1 bilhão de reais dessas entidades em seis anos.

A investigação teria sido instaurada pela força-tarefa da Operação Greenfield, que mira esquemas de pagamento de propina em fundos de pensão. Segundo a matéria, as transações suspeitas foram feitas a partir de 2009 com executivos indicados por PT e MDB que também são investigados por desvio de recursos.

Regina aplica derrota aos Martins fazendo federal, governador e presidente majoritários


            Nas cinco escolhas que os eleitores de Itaíba fizeram nas eleições do último domingo, a prefeita Regina Cunha (PTB), e seu vice, Valdo do Pipa, passaram pra trás, mais uma vez, o grupo do deputado estadual Claudiano Martins (PP), ao fazer majoritários os candidatos a deputado federal (Zeca Cavalcanti), governador (Armando Monteiro) e presidente (Fernando Haddad).

Os Martins conseguiram o primeiro lugar para senador e deputado estadual, com o próprio Claudiano, filho da terra e candidato natural a ser majoritário. Mesmo sendo filho da terra, Claudiano obteve menos de 9% de diferença para o candidato da prefeita, o também deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), que é de Floresta. A diferença foi de apenas 8,44%.


No comparativo com a eleição de 2014, o deputado estadual, filho da terra, Claudiano Filho, perdeu terreno e enfraqueceu sua votação, mesmo diante do fato da prefeita Regina Cunha ter apresentado seu candidato (Rodrigo Novaes) há 30 dias da eleição após a desistência do deputado Júlio Cavalcanti (PTB). Em relação a 2014, Claudiano teve uma queda de 10,7% dos votos de Itaíba. Foram 5.412 votos na eleição passada contra apenas 4.829 na eleição de domingo passado. Mais uma semana de campanha, corria o risco de não ser majoritário no município. Depois de perder a prefeitura em 2016, o grupo do deputado progressista já registra perda de votos e apoios em 2018. 

Já na disputa para deputado federal, a prefeita de Itaíba fez Zeca Cavalcanti (PTB) majoritário no município com 3.523 votos, superando o candidato dos Martins, Eduardo da Fonte (PP).

Regina também conseguiu fazer majoritários seus candidatos a governador, Armando Monteiro (PTB), com 51,40% dos votos válidos (5.082); e a presidente, Fernando Haddad (PT) que teve 74,42% dos votos válidos (8.719).

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Haddad diz que vai dar todo apoio à Lavajato e usar a PF contra crime organizado


          O candidato do PT a presidente da República, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (10) em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, de Pernambuco, que seu governo não vai colocar "sujeira debaixo do tapete" e que investigações vão continuar "em busca da verdade".

Haddad disse a rádio, em entrevista ao vivo, que vai dar "todo apoio" à Polícia Federal (PF), ao Ministério Público (MP), ao Judiciário e à Operação Lava Jato. "Reitero a você: PF, MP, Poder Judiciário, receberão apoio para fazer o que viemos fazendo até aqui: não vamos botar sujeira para debaixo do tapete. Vamos continuar as investigações em busca da verdade", afirmou.

Em seguida, quando questionado pelo entrevistador sobre apoio à Lava Jato, Haddad repetiu que dará apoio aos órgãos investigadores e à operação. A Lava Jato, em curso desde 2014, já resultou em denúncia a centenas de pessoas e levou à prisão importantes nomes do PT como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci.

"Vou falar pela terceira vez e última: vou dar todo apoio à PF, MP e Judiciário e isso, obviamente, inclui a Lava Jato", disse o candidato do PT.

Sobre suas propostas para a segurança pública, Haddad disse que o crime organizado não está sendo combatido no país por "ineficiência do estado" e que vai colocar a Polícia Federal para combater os "grandes criminosos".

"Pela primeira vez na história vamos colocar a PF para combater o crime organizado no país inteiro. As facções criminosas estão atuando no país inteiro, estão atuando nacionalmente, é por isso que a PF vai atuar", afirmou.

Haddad afirmou ainda que pretende retomar e acelerar grandes obras de infraestrutura no país, sobretudo no Nordeste. Disse que vai retomar a construção da ferrovia Transnordestina, obra iniciada em 2006 e a transposição do Rio São Francisco.

"Vamos retomar obras públicas paradas sobretudo no Nordeste. A transnordestina parada e a transposição parada – obras fundamentais para o desenvolvimento do Nordeste", afirmou.

A ferrovia, de quase 1.800 quilômetros, foi planejada para ligar três estados do Nordeste – Piauí, Pernambuco e Ceará – aos principais portos da região: Suape (PE) e Pecém (CE).

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