Uma
péssima notícia com tom de surpresa e frustração pegou os aprovados no concurso
público realizado pela Câmara de Vereadores de Itaíba, presidida pelo Vereador
Francisco Abimael Barbosa, conhecido por Dr. Chico, bem como toda a sociedade
itaibense. O Tribunal de Contas do Estado suspendeu a seleção colocando em
xeque o discurso de ética e transparência do gestor do Poder Legislativo.
A
ordem de suspensão do concurso foi determinada pelo Conselheiro Adriano Cisneiros,
do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, nos autos da medida cautelar n.º
1852215-4. O principal motivo da decisão foi a omissão na entrega de documentos
de todas as etapas do concurso por parte do presidente da casa legislativa, Dr.
Chico.
A
não entrega da documentação que comprovasse toda as etapas e a transparência do
concurso levou o TCE a determinar a medida cautelar suspendendo todos os atos
decorrentes do certame, inclusive a homologação do resultado e a consequente
convocação dos aprovados.
O caso - Tudo começou quando a partir de análise da
regularidade do concurso realizado, foi solicitada documentação pelos auditores
do Tribunal de Contas – Inspetoria de Garanhuns, entretanto, mesmo diante do
comparecimento dos ilustres auditores na Câmara de Itaíba, os documentos não
foram fornecidos.
O
relatório do Auditor de Controle Externo, Marcos Augusto de Oliveira, bem
retratou essa realidade ao ressaltar que “Considerando-se que fomos in loco em
mesmo solicitando com antecedência a disponibilização desse material, não fomos
atendidos, resultando em compromisso também não cumprido, de remessa de todos
os documentos solicitados à sede deste Tribunal de Contas (recebemos apenas uma
parte), restam dúvidas sobre a correta execução das etapas do certame.
Portanto, urge a expedição de medida cautelar para que sejam suspensos todos os atos decorrentes do certame,
inclusive a homologação do resultado e a consequente convocação dos aprovados,
até que todas as etapas do concurso sejam analisadas na condição de que seja
remetido todo o material faltante referido”.
Diante
da grave situação relatada pelo auditor do Tribunal de Contas em Garanhuns, o
Conselheiro Adriano Cisneiros, nos termos da lei deferiu a medida cautelar para
determinar a suspensão de todos os atos do concurso público.
Na
sua decisão Cisneiros ressaltou: “Entendo que o fumus boni iuris (fumaça do bom
direito) se revela na omissão em apresentar os documentos solicitados pela
equipe de auditoria, fato que, nas palavras desses técnicos, tornou impossível
fazer uma análise completa da regularidade das etapas de aplicação do concurso.
Avisto, assim, perigo de que se realizem nomeações viciadas por processo
seletivo irregular”.
A
análise final da matéria será realizada por uma das câmaras do Tribunal de
Contas, mas ao final das alegações feitas pelo TCE que coloca em risco a
nomeação dos aprovados por falta de transparência da presidência da Câmara de
Vereadores, os que sonham com o emprego público fizeram alguns questionamentos
a reportagem:
- Qual a razão de se esconder documentos
do Tribunal de Contas?
- Como se explicar o fato de que mesmo
os auditores tendo comparecido à sede da Câmara de Vereadores, não lhes
foi entregue a documentação completa para análise do concurso?
- Por fim, eles questionam como fica a situação
dos pais e mães de família que após estudarem e serem aprovados, por força
e determinação se veem impossibilitados de tomarem
posse devido a falta de transparência da direção da Câmara de Vereadores
comandada pelo vereador Dr. Chico?
Os
concursados exigem uma explicação do Presidente da Câmara de forma direta e
transparente, já que o mesmo prega tanto a ética e a transparência que parece
terem sido omitidas no processo do concurso público e, eles, poderão ser os
maiores prejudicados.