As investigações, segundo o
órgão, apontam que o esquema também era composto pelo vereador Felipe de
Jacques (Cidadania) – que era responsável pela cobrança dos valores
desviados e ficava em posse de cartões de débito dos servidores –, por
oito servidores da Câmara Municipal (incluindo o tesoureiro Jessé de Andrade
Queiroz) e um empresário cujo nome não foi revelado.
De acordo com o Ministério
Público, Josinaldo valia-se da posição de presidente do Legislativo municipal
para nomear servidores comissionados fantasmas, que não trabalhavam
na Câmara e cuja função era sacar os valores pagos mensalmente e repassá-los
integralmente. As investigações apontam, ainda, que o vereador afastado aprovou
o pagamento de salários e horas-extras para os servidores comissionados,
aproveitando-se da inexistência de sistema de controle de ponto no órgão.
Além do salário integral dos
assessores, incluía-se no repasse ilegal também uma gratificação indevida de
cem por cento por horas extras de trabalho. Com contrapartida do esquema, os
funcionários fantasma recebiam diárias de congressos.
O grupo criminoso desviou,
segundo as investigações, entre os anos de 2019 e 2022, quase R$ 2,9
milhões da Câmara de Vereadores de Timbaúba.
Josinaldo Barbosa foi detido durante a realização de uma audiência de instrução realizada no Fórum de Timbaúba. A prisão preventiva foi aplicada em decorrência do descumprimento de uma medida cautelar anterior, que havia proibido o réu de manter contato com as testemunhas do processo. Antes de ser ouvido pela Polícia, o vereador afastado teria se encontrado com uma das testemunhas e a instruído a mentir, interferindo nas investigações policiais.
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