“Conforme
assumido com a enfermagem brasileira, não será na semana que vem que este
projeto seguirá para sanção presidencial, mas sim tão logo garantirmos o
respectivo financiamento”, disse a relatora da proposta, deputada Carmen
Zanotto (Cidadania-SC).
A
deputada informou que o piso salarial somente irá à sanção presidencial após a
votação da PEC 122/15, do Senado, que proíbe a União de criar despesas aos
demais entes federativos sem prever a transferência de recursos para o custeio.
O
projeto aprovado pelos deputados define como salário mínimo inicial para os
enfermeiros o valor de R$ 4.750, a ser pago nacionalmente pelos serviços de
saúde públicos e privados. Nos demais casos, haverá proporcionalidade: 70% do
piso dos enfermeiros para os técnicos de enfermagem; e 50% para os auxiliares
de enfermagem e as parteiras.
O
texto prevê ainda a atualização monetária anual do piso da categoria com base
no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e assegura a manutenção de
salários eventualmente superiores ao valor inicial sugerido, independentemente
da jornada de trabalho para a qual o profissional tenha sido contratado.
A
votação da proposta foi acompanhada de perto por representantes da categoria,
que também participaram pela manhã de uma sessão solene no Plenário em
homenagem à Semana Brasileira da Enfermagem.
Carmen
Zanotto estimou que a proposta tem impacto de R$ 50 milhões ao ano na União,
mas não calculou os gastos dos entes públicos e do setor privado. Ela afirmou
que o Congresso vai viabilizar recursos para garantir o piso salarial.
“Já
tramitam nas duas Casas diversas propostas que ampliam receitas ou desoneram
encargos; além da ampliação de recursos a serem repassados pelo Fundo Nacional
de Saúde para reforçar as transferências aos entes federados”, explicou.
O
projeto teve o voto favorável da ampla maioria da Casa. Apenas o Novo declarou
voto contrário. O líder do partido, deputado Tiago Mitraud (MG), criticou a
proposta por ter alto impacto orçamentário.
“Este projeto vai acabar com a saúde brasileira porque vamos ver as santas casas fechando, leitos de saúde fechando e os profissionais que hoje estão aqui lutando pelo piso desempregados porque os municípios não conseguirão pagar esse piso”, afirmou.
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