Um
agente público e servidores da prefeitura de Paudalho, na Zona da Mata,
são investigados pela Polícia Civil por fraudes em licitações,
organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado Diego
Pinheiro, o agente público seria proprietário de uma empresa de fachada
registrada em nome de funcionários da prefeitura.
Essa
empresa, segundo o investigador, ganhou, irregularmente, três licitações na
cidade de Paudalho, três em Gravatá e uma em Terra Nova. Para
isso, teriam sido usados documentos falsos. Também há indícios de falsa
concorrência em uma das licitações de uma segunda empresa, que seria da mãe do
agente público.
Em
nota, o prefeito Marcelo Gouveia (PSD) afirmou que as empresas da
família dele não têm nenhuma ligação com a empresa investigada e não
participaram de processos licitatórios no município, e que tentou ser ouvido
pela Polícia Civil desde 2021 para explicar sua versão dos fatos.
O
delegado Diego Pinheiro explicou que as investigações começaram em 2020, após
uma denúncia anônima a respeito de uma empresa de fachada que teria ganho
licitações em Paudalho e que o real proprietário da empresa seria
esse agente público do município.
Após
a primeira diligência, foi identificado que a empresa não tinha qualquer
capacidade técnica, operacional e financeira de participar de licitações.
"Verificamos que os sócios dessas empresas, além de serem servidores da
Prefeitura de Paudalho, ainda eram ex-funcionários de uma construtora do agente
político de Paudalho", disse.
Segundo
o delegado, no decorrer das investigações, foi verificado que os sócios não tinham
qualquer capacidade financeira de possuir uma empresa de capital social de mais
de R$ 500 mil e de ter vencido licitações de mais de R$ 5 milhões.
"Verificamos
que, em 2019, foi criada uma segunda empresa cuja a sócia é a genitora do
agente político de Paudalho. Em quatro licitações, uma na cidade de Terra
Nova e três em Gravatá, um dos sócios dessa primeira empresa representou
essa segunda empresa contra a sua própria empresa, fraudando assim a licitações
com uma uma falsa concorrência", disse o delegado.
Diego
Pinheiro explicou que foi solicitado o bloqueio de valores em um valor
aproximado de R$ 2 milhões, que seria oriundo de fraudes em licitações.
"Também solicitamos a suspensão dessas duas empresas de participar de
licitações", declarou.
O
delegado explicou que, em uma segunda etapa, a investigação deve focar no crime
de lavagem de dinheiro, além de verificar se houve mais alguma licitação
fraudada.
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