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terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Capitão de 100 anos que levantou milhões para o sistema britânico de saúde morre com Covid-19

                            Sir Tom Moore, o capitão de 100 anos e veterano da Segunda Guerra Mundial que foi o protagonista de uma campanha de arrecadação no início da pandemia para o NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, morreu com Covid-19 e pneumonia nesta terça-feira (2).

Moore havia sido internado no domingo (31), e a informação da sua morte foi confirmada pela sua família: "É com grande tristeza que nós anunciamos a morte do nosso querido pai, capitão Sir Tom Moore", escreveram suas filhas em um comunicado.

Em abril, isolado em sua casa ao norte da cidade de Londres, o capitão britânico gravou um vídeo em que afirmou que daria 100 voltas em seu próprio quintal, com seu andador, se as pessoas doassem dinheiro para o NHS (sistema de saúde que inspirou o SUS).

Ele queria arrecadar mil libras, conseguiu mais de 30 milhões de libras (cerca de R$ 224 milhões na cotação atual) e acabou condecorado cavalheiro pela rainha Elizabeth II.

Em nota, o Palácio de Buckingham afirmou que a rainha britânica enviará uma mensagem privada de condolências à família do capitão. "Seus pensamentos — e os da família real — estão com eles, reconhecendo a inspiração que ele forneceu para toda a nação e outras pessoas em todo o mundo".

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Boris Johnson anuncia novo lockdown em meio a nova variante do coronavírus na Inglaterra

                        O primeiro-ministro da Inglaterra, Boris Johnson, anunciou o retorno do lockdown - ou bloqueio total das atividades econômicas - no país. O decreto acontece em meio ao aumento de casos da Covid-19 na região decorrente de uma nova cepa do coronavírus. Este é o terceiro confinamento mais rígido enfrentado pelos ingleses desde o início da pandemia. 

Agora, a população só poderá sair de casa para atividades essenciais, como comprar comida e se exercitar. O lockdown terá início na quarta-feira (6) e vai até meados de fevereiro, disse o premiê. 

Em seu perfil no Twitter, Johnson recomendou que a população cumpra as normas de segurança. "Fique em casa. Proteja o Sistema Nacional de Saúde. Salve vidas", diz a mensagem.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Jornalista que previu pandemia critica Bolsonaro e Trump: 'Ineficazes'

                      O jornalista e escritor norte-americano David Quammen, autor de livro que "previu" a chegada da pandemia do coronavírus, criticou a atuação dos presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro (sem partido) e Donald Trump, durante a crise sanitária que atingiu o mundo e disse que ambos foram "terrivelmente ineficazes". 

"O tamanho da responsabilidade, da culpa, de certos líderes, incluindo o seu presidente [Bolsonaro] e o meu presidente [Trump], é muito grande. Eles não deram a atenção adequada para a gravidade da doença quantas pessoas ela estava infectando, quantas estavam terrivelmente doentes ou morrendo, quantas perdendo emprego, renda, seu sustento", afirmou Quammen, durante participação no programa "Roda Viva", da TV Cultura.

"A pandemia teve um impacto terrível. É possível deter esses transbordamentos [vírus] ou limitá-los antes que se tornem pandemias e, em alguns lugares, foi feito muito bem. Mas no Brasil e nos EUA, e em alguns outros lugares, por vários motivos, inclusive liderança política, isso foi terrivelmente ineficaz, lamento dizer", acrescentou, em seguida.

A pandemia da covid-19 contaminou até agora, 85.604.744 de pessoas no mundo inteiro, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopking, responsável pelo monitoramento. Cerca de 1,8 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença. Os Estados Unidos são, de longe, o país mais afetado, com 20.786.001 de contaminados e 353.131 mortos. Em seguida, aparecem Índia (com 10.340.469 de contaminados e 149.649 óbitos) e o Brasil (com 7.753.752 de contaminados e 196.561 mortos).

Quammem é autor do best-seller "O Contágio", publicado em 2012, e que alertou, com antecedência, sobre a pandemia do novo coronavírus. Ele ainda é o escritor de outros 14 livros, um deles sobre o vírus Ebola.

Ainda durante a entrevista, Quammen também disse que o mundo não ficará livre do coronavírus, e traçou uma comparação com o sarampo.

"Acho que nunca ficaremos completamente livres desse vírus. Acho que ficará conosco para sempre como uma doença endêmica, como acontece com o sarampo. O sarampo ainda mata milhares de pessoas todo ano, apesar de termos vacinas desde a década de 1950", ressaltou. Do Uol.

domingo, 27 de dezembro de 2020

Papa Francisco anuncia Ano da Família

               O Papa Francisco anunciou, neste domingo (27), um Ano da Família, dedicado ao espaço desta na Igreja, ao acompanhamento dos casais no matrimônio e às dificuldades da vida conjugal.

O anúncio foi feito durante a oração do Angelus, cinco anos após a exortação do sumo pontífice sobre o amor na família: "Amoris Laetitia". 

O Ano da Família começará em 19 de março de 2021, dia de São José, e terminará em 26 de junho de 2022, durante o 10º Encontro Mundial das Família, em Roma. 

Em sua homilia dominical, Francisco destacou amplamente, da biblioteca do palácio apostólico do Vaticano, "o valor educativo do núcleo familiar (...) fundado no amor". 

Ele pediu às famílias que priorizem "o perdão sobre a discórdia". "Na família há três palavras que devem ser sempre protegidas: 'permissão', 'obrigado', 'perdão'", completou.

"Na família é possível experimentar uma comunhão sincera quando esta é uma casa de oração, quando os afetos são sérios, profundos, puros, quando o perdão prevalece sobre as discórdias, quando a dureza cotidiana da vida é suavizada pela ternura mútua e pela serena adesão à vontade de Deus", disse. 

Mais cinco idosos morrem após visita do Papai Noel a asilo na Bélgica

                       A visita do Papai Noel a um asilo em Mol, na Bélgica, provocou a morte de 18 idosos até agora. O Bom Velhinho estava infectado com o novo coronavírus e espalhou a doença entre os residentes da casa de saúde Hemelrijck e funcionários. Segundo a emissora VRT, 157 foram contaminados pelo vírus até a última atualização desta reportagem.

A visita do Papai Noel ocorreu no início de dezembro. As fotos dele fantasiado com os velhinhos repercutiram nas redes sociais. Somente na véspera e no dia de Natal, foram registradas cinco mortes de idosos.

Segundo a gerência da casa de saúde Hemelrijck, o Papai Noel não sabia que estava infectado e a expectativa era de que a visita melhorasse o astral dos residentes.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Mutação do coronavírus faz Reino Unido ampliar restrições

                    O Reino Unido decidiu neste sábado (19) desistir dos planos de aliviar as restrições de circulação durante o Natal diante de evidências que apontam que uma variante do novo coronavírus em circulação pode ser até 70% mais transmissível.

Com a medida, o Reino Unido ingressa na lista de locais que decretaram, nos últimos dias, bloqueios mais rígidos para frear a disseminação da Covid-19 antes das festas de fim de ano. A maior parte das medidas foi adotada na Europa, que enfrenta altas nas infecções há semanas.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou neste sábado (19) que Londres e o sudeste da Inglaterra passariam do nível 3 de restrições contra a Covid-19 para o nível 4, o mais alto. A mudança irá valer de domingo (20) até 30 de dezembro.

Com as novas medidas, moradores devem ficar em casa, com isenções limitadas. Lojas, academias, locais de lazer e de cuidados pessoais serão fechados. As pessoas devem trabalhar de casa se puderem.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Morre italiano Paolo Rossi, carrasco do Brasil na Copa de 1982

             Morreu, nesta quarta-feira (09), Paolo Rossi, carrasco da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Espanha, em 1982. O jogador tinha 64 anos. Nascido na cidade de Prato, em Florença, ele deixa a mulher, Federica, e os três filhos: Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro. As informações foram divulgadas pela imprensa italiana. 

Paolo Rossi foi o autor dos três gols da Itália na vitória sobre o Brasil por 3 a 2 na Copa de 1982. A seleção era comandada por Telê Santana e tinha diversos craques, como Zico, Cerezo, Falcão, Júnior e Sócrates. Mas foi a Itália que terminou com o título, então o tricampeonato mundial.

Além do Brasil, a Itália passou pela Argentina de Maradona, a Polônia de Boniek e a Alemanha de Rummenigge na final. É o artilheiro da Itália na história das Copa do Mundo, com nove gols, ao lado de Roberto Baggio e Vieri.

Na Copa do Mundo de 1982, ele não tinha marcado até a segundo fase. Depois disso, porém, fez os três gols sobre o Brasil, os dois da vitória por 2 a 0 sobre a Polônia e um na vitória por 3 a 1 sobre a Alemanha. Terminou o Mundial como artilheiro, com seis gols no total.

Júnior, lateral do Brasil em 1982, foi rival de Rossi na Itália, no período em que defendeu o Torino. “Depois de 1982, eu fui para Itália em 1984, e ele jogava na Juventus. A gente se encontrava, porque frequentamos os mesmos restaurantes. Ele era uma figura gentil, educada. Mesmo com o que ele fez com a Seleção Brasileira, ele foi não capaz de faltar com respeito ou tirar uma onda. Por isso o respeito é muito grande pelo Paolo”, declarou o brasileiro, no Sportv, sobre o falecimento do ex-goleador. 

No futebol italiano, Paolo Rossi defendeu a Juventus, o Vicenza, o Perugia, o Milan e o Verona. Foi na "Velha Senhora" onde ele teve mais sucesso. Conquistou a então Copa dos Campeões da Uefa, a Recopa Europeia, a Supercopa Europeia, a Copa da Itália e duas vezes o Campeonato Italiano.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Após 800 anos, 'Estrela de Natal' se formará no céu e será visível em dezembro

                 Um fenômeno que não acontece há 800 anos vai se repetir no dia 21 de dezembro de 2020. O evento, que poderá ser visto, se trata do alinhamento entre Júpiter e Saturno. A formação criará um ponto de luz radiante que é conhecido como “estrela de Belém” ou “estrela do Natal”.

A última vez que o alinhamento desses planetas ocorreu e causou o fenômeno foi na Idade Média. De acordo com o astrônomo Patrick Hartigan, em entrevista a Forbes, o alinhamento dos dois planetas é extremamente raro.

"Ocorre uma vez a cada 20 anos ou mais, mas essa conjunção é excepcionalmente rara por causa de quão próximos os planetas parecerão estar um do outro. Você teria que voltar até pouco antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para ver um alinhamento visível desse no céu noturno”, afirmou.

Os planetas estarão mais próximos no dia 21 de dezembro, mas a “Estrela do Natal” será visível de qualquer lugar do planeta por cerca de uma hora após o pôr do sol no hemisfério norte durante toda a quarta semana de dezembro.

A próxima vez que o evento deve ocorrer só será em 15 de março de 2080, afirma o especialista.



quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Papa Francisco lembra de Maradona 'com afeto' e diz rezar por ele

               O Papa Francisco lembra "com afeto" de seu compatriota e lenda do futebol Diego Armando Maradona, que morreu nesta quarta-feira (25), aos 60 anos, e ora por ele, disse o Vaticano. 

"O papa foi informado da morte de Diego Maradona, ele se lembra com afeto das ocasiões em que se encontraram nos últimos anos e lembra dele na oração, como fez nos últimos dias desde que soube de suas condições de saúde", relatou à imprensa o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

Maradona morreu aos 60 anos de "uma parada cardíaca" em sua casa na Argentina, um fato que deixou de luto e comoveu o esporte mundial. 

O pontífice argentino, amante do futebol e torcedor desde criança do San Lorenzo de Almagro, de Buenos Aires, e um admirador do ex-craque, a quem conheceu e recebeu duas vezes no Vaticano. 

O site de notícias do Vaticano, Vatican News, relembra os encontros com o 'Pibe de Oro'.

A primeira, em setembro de 2014, por ocasião do jogo inter-religioso pela paz organizado pela associação "Scholas occurrentes" e promovido pelo Papa. 

Falando para os jornalistas, Maradona garantiu na ocasião que entre os dois "o verdadeiro campeão" era o pontífice e confessou que conseguiu se aproximar da igreja devido à atenção dada por Francisco aos pobres.

Em abril de 2015, ele voltou ao Vaticano para se encontrar com o Papa latino-americano, com quem falou sobre a organização de uma nova partida pela paz em Roma. 

"O primeiro fã de Francisco sou eu (...) Quero agradecer a Francisco por todo o carinho que me transmite", disse.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Vacina da Pfizer chega em março no Brasil

               A vacina contra a covid-19 da farmacêutica Pfizer, primeira a confirmar a eficácia de 90% após conclusão dos testes de fase 3, tem previsão para chegar no Brasil até março de 2021, afirmou o presidente da companhia no país, Carlos Murillo, durante simpósio on-line promovido pela Academia Nacional de Medicina, nesta quinta-feira (12/11). Apesar de ser testada no Brasil, não há acordo fechado com a empresa para incorporar a candidata no Programa Nacional de Imunização (PNI).

“Ainda estamos trabalhando fortemente com o governo brasileiro para tentar acelerar a disponibilidade (da vacina) o mais rápido possível. Tenho esperança de que no primeiro trimestre do próximo ano poderíamos estar contando com essa vacina disponível no Brasil”, disse Murillo. 

Ainda que haja acordo com o governo brasileiro para disponibilização da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS), contudo, não há expectativa de transferência de tecnologia para que a produção seja feita em território nacional. Isso porque, segundo Murillo, a Pfizer, que trabalha em conjunto com a farmacêutica alemã Biontech, optou por concentrar a produção nas sedes durante a pandemia. “Passada a pandemia, a Pfizer vai avaliar e ver opções que permitam fazer a transferência de tecnologia”. 

O Brasil, no entanto, serviu de local de testes da candidata, e, desde julho, foram submetidos ao estudo 3 mil brasileiros, de um total de 44 mil voluntários em todo o mundo. 

Mesmo com o anúncio de que a vacina é eficaz, a Pfizer ainda não entrou com a documentação para iniciar o registro da produção no país. “Apesar das notícias promissoras divulgadas por laboratórios farmacêuticos em busca de uma imunização eficiente contra a covid-19, não existe, até o momento, dados submetidos à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a avaliação da eficácia e segurança destes produtos”, afirmou a agência. Segundo Murillo, a partir da conclusão dos testes de fase 3, ainda este mês, todos os documentos serão encaminhados para a Anvisa. 

A farmacêutica espera obter o registro da iniciativa em dezembro deste ano, permitindo o início da imunização nos Estados Unidos ainda em 2020. Só os EUA já adquiriram 100 milhões de doses. A União Europeia receberá mais 200 milhões. Japão, Reino Unido e Canadá também entraram no acordo. Para o mundo, 50 milhões de doses estarão disponíveis já neste ano e o total para 2021 chega a 1,3 bilhão de doses.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Brasil registra 8.501 novos casos por Covid-19 e mundo assiste a nova onda da doença

              O Brasil registrou, nesta segunda-feira (2), 8.501 casos de contágio pelo novo coronavírus e 179 mortes causadas pela Covid-19. Os números foram divulgados pelo Ministério da Saúde.

Com os novos casos, o País chega a 5.554.206 casos confirmados da Covid-19. O total de mortes causadas pelo novo coronavírus desde a chegada da doença no Brasil é de 160.253. 

Mundo

Na Itália, o Chefe do governo italiano, Giuseppe Conte anunciou, nesta segunda-feira (2), perante o Parlamento, que vai impor um toque de recolher noturno em nível nacional para conter a propagação da Covid-19. Ele também anunciou que viagens a algumas regiões serão impedidas de acordo com o nível de risco. 

Na Inglaterra, o primeiro ministro Boris Johnson informou aos britânicos que não havia outra alternativa neste momento a não ser a reinstituição do mesmo tipo de isolamento social rígido, já usado pelo Reino Unido em março passado, para que o país evitasse que a segunda onda da pandemia fosse ainda pior que a primeira. 


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Estudo com a vacina de Oxford é suspenso após 'efeito adverso grave' em voluntário


            Os estudos para desenvolvimento da vacina da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da farmacêutica AstraZeneca foram suspensos após um dos voluntários apresentar "efeito adverso grave". As informações foram publicadas no site especializado em saúde "STAT" nesta terça-feira (8).

Aposta do Ministério da Saúde para a imunização da população, a vacina de Oxford é considerada pela comunidade científica como uma das mais promissoras candidatas contra a Covid-19. De acordo com fontes ligadas à AstraZeneca, os ensaios, que já se encontravam na última fase, foram suspensos, mas que essa seria uma "movimentação de rotina" feita para garantir a segurança e a integridade dos testes.

"[Isso é feito] enquanto se investiga a causa, garantindo que mantemos a integridade dos testes. Em testes de larga escala, doenças vão aparecer mas devem ser avaliadas independentemente para ser checada com segurança", diz comunicado da farmaceutica britânica enviado para a rede CNBC. 

Segundo a regulação britânica, se tudo der certo nesta etapa de testes, a vacina segue para licenciamento, onde agências reguladoras do Reino Unidos e da Europa devem revisar os dados do ensaio e se certificar de que a vacina tem a eficácia e o nível de segurança necessários.

Nesta terça, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a pasta vem planejando o início da imunização contra a Covid-19 no Brasil em janeiro de 2020. 

"É o plano. A gente está fazendo os contratos com quem fabrica as vacinas, e a previsão é que essa vacina chegue para nós a partir de janeiro. Janeiro do ano que vem a gente começa a vacinar todo mundo", disse Pazuello.

Uma dessas fabricantes seria justamente a da farmacêutica AztraZeneca. Na semana passada, o ministro já havia afirmado que a distribuição da vacina estava prevista para este período, caso seja mantida a perspectiva de comprovação da eficácia na terceira e última fase de testes clínicos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Cientistas em Hong Kong confirmam primeiro caso oficial de reinfecção pelo coronavírus


               Cientistas em Hong Kong anunciaram, nesta segunda-feira (24), a confirmação do primeiro caso no mundo de reinfecção pelo novo coronavírus. O comunicado divulgado informa que o paciente teve um segundo diagnóstico após quatro meses e meio do primeiro episódio.

Os pesquisadores testaram o código genético do vírus e afirmaram ter encontrado sequências virais diferentes na primeira e segunda infecção, o que os convenceu de que o paciente, um homem de 33 anos, foi contaminado duas vezes. Na primeira, ele teve apenas sintomas leves; na segunda, nenhum sintoma.

De acordo com Maria van Kerkhove, líder técnica da Organização Mundial de Saúde (OMS), "é possível" que este seja o primeiro caso confirmado de reinfecção no mundo.
"O que entendemos é que pode ser um caso de reinfecção. É possível", afirmou.

Segundo van Kerkhove, os cientistas descobriram 24 partes do código genético na segunda amostra que eram diferentes do primeiro vírus.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Vacina de Oxford contra coronavírus é segura e produz resposta imune


            A vacina experimental contra o novo coronavírus feita em parceria entre a Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca é segura e produziu resposta imune em voluntários saudáveis que participaram de ensaios clínicos iniciais, segundo artigo publicado nesta segunda (20) na revista médica inglesa Lancet.

A vacina não causou efeitos adversos graves e provocou respostas imunes de anticorpos e das células T, outras células de defesa do corpo humano. "Esperamos que isso signifique que o sistema imune se lembrará do vírus e, assim, a vacina protejerá as pessoas por um longo período", disse o principal autor do estudo, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford. "No entanto, precisamos de mais pesquisas antes de confirmar que a vacina é eficaz em proteger contra o coronavírus e por quanto tempo a proteção vai durar."

Michael Ryan, diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que é uma boa notícia ver publicados dados de estudos sobre as vacinas e o trabalho de Oxford é bem-vindo. "É um bom resultado, mas ainda se refere a adultos saudáveis, em condições controladas. Temos que passar a uma escala maior, para dar novos passos no processo de obter uma vacina."

terça-feira, 14 de julho de 2020

Vacina da Rússia passa em testes e lançamento está previsto para agosto


            Cientistas da Rússia disseram que esperam que a primeira vacina contra o coronavírus do mundo seja distribuída já no mês que vem, após concluir ensaios clínicos com voluntários.

“A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”, disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisa clínica da Universidade Sechenov, à agência de notícias russa TASS.

Com isso, a previsão é que o imunizante seja registrado e entre em “circulação civil” entre os dias 12 e 14 de agosto. Já o início da produção em massa é aguardado até setembro por parte de empresas privadas.

O Ministério da Defesa do país diz que os 38 voluntários envolvidos na 1ª fase de testes tiveram resposta imunológica com a vacina. Ainda são necessárias, entretanto, mais duas rodadas de testes: uma está prevista para 28 de julho e a outra, para 14 e 15 de agosto.

Não foram publicados estudos ou artigos científicos sobre o atual status da pesquisa.

sábado, 27 de junho de 2020

Vacina contra coronavírus levará no mínimo um ano


               Os trabalhos para desenvolver, produzir e distribuir uma vacina eficaz e segura contra a Covid-19 estão sendo feitos em velocidade inédita, mas, mesmo se tudo der certo, elas não estarão disponíveis antes de 12 ou 18 meses, afirmou nesta sexta (26) a OMS (Organização Mundial da Saúde).

A organização coordena o Act Accelerator, projeto que articula pesquisa, desenvolvimento, produção e licitação em nível global de testes, medicamentos e vacinas para a Covid-19.

"Até que comecem a chegar resultados positivos dos testes clínicos que começaram a ser feitos com humanos, é cedo até para dizer quem está na dianteira desse esforço", afirmou Andrew Witty, ex-executivo-chefe do laboratório GlaxoSmithKline que está à frente do braço de vacinas (Covax).

Segundo a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, até hoje a vacina obtida em tempo mais curto foi a da zika, em dois anos, mas sem testes amplos. A vacina contra o ebola, que seguiu os protocolos mais amplos, levou cinco anos. 
"Em geral, da pesquisa à aplicação uma vacina leva dez anos. Queremos encurtar para o mais breve possível, 12 ou no máximo 18 meses, mas isso só será possível se houver cooperação de todos os envolvidos -universidades, laboratórios grandes e pequenos, indústria e governos", disse ela. 

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS) já afirmou que as primeiras doses poderiam estar disponíveis já em outubro deste ano, e empresas também têm anunciado prazos mais curtos. 

Soumya afirmou que há mais de 200 vacinas candidatas a implementação, das quais cerca de 15 estão sendo testadas em humanos. Um esforço conjunto, porém, é necessário porque não será possível seguir o trajeto normal de primeiro encontrar a vacina viável e depois investir na sua produção. 

"Não temos tempo de terminar a pesquisa e o desenvolvimento e depois escalar a produção. Precisamos investir na produção desde já, e pensando nos diferentes tipos e tecnologias que podem ter sucesso", disse ela. 

A cientista-chefe afirmou que serão necessários US$ 11,3 bilhões (R$ 62,5 bilhões) nos próximos seis meses e mais US$ 6,8 bilhões em 2021 para cumprir a meta de chegar ao final do próximo ano com 2 bilhões de doses disponíveis à população mais vulnerável e exposta à doença. 

Soumya disse que também é preciso que os governos assumam o compromisso de comprar 1 bilhão da Covax, para garantir o investimento na produção.

Embora ainda não haja acordo sobre propriedade intelectual e licenciamento da produção, ela se disse confiante na disposição das corporações de tratarem a vacina para Covid-19 como um bem comum global. "Temos conversado com a indústria, e rivais estão compartilhando dados e recursos para acelerar os trabalhos. Estamos vendo, mais do que boa vontade, avanços práticos", disse ela.

Witty disse que há um esforço "imenso" de universidades e companhias no desenvolvimento de um portfólio bastante variado, usando tecnologias diferentes, mas que o momento tem que ser de "humildade" até que seja demonstrado sucesso na fase experimental.

"Podemos ser supersortudos e encontrar um vencedor logo cedo, mais ainda assim levaremos 12 ou 18 meses para chegar a todos, o que já será incrivelmente precoce", disse ele.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Teste de vacina de Oxford contra Covid-19 contará com 2 mil voluntários brasileiros


                Dois mil brasileiros participarão dos testes para vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. A estratégia faz parte de um plano de desenvolvimento global, e o Brasil será o primeiro país fora do Reino Unido a começar a testar a eficácia da imunização contra o Sars-CoV-2.

Os testes serão conduzidos no Rio e em São Paulo. Em São Paulo, os testes serão feitos em mil voluntários e conduzidos pelo Centro de Referência para Imunológicos Especiais (Crie) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A Fundação Lemann está financiando a estrutura médica e os equipamentos da operação. No Rio de Janeiro, os testes serão conduzidos pela Rede D’Or São Luiz e pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.

Em entrevista exclusiva na quinta-feira (28), a cientista brasileira Daniela Ferreira, que participa do projeto, já tinha adiantado ao portal G1 o dilema da prova de eficácia: os responsáveis pela pesquisa em Oxford viam com preocupação o impacto da diminuição da curva de casos no Reino Unido na pesquisa (veja o vídeo abaixo). Já naquela época o grupo se organizava para ampliar os testes em uma região com altas taxas de circulação do Sars-Cov-2 para poder acelerar a comprovação da possível eficácia da vacina.

"É uma situação um pouco bizarra, porque você quer que o coronavírus desapareça, não quer que as infecções continuem", diz a chefe do departamento de ciências clínicas da Escola de Medicina Tropical de Liverpool. Para provar mais rapidamente se a fórmula é eficaz, é preciso que os voluntários tenham contato com o vírus e, atualmente, o Brasil é considerado o epicentro da pandemia.

"Um dos fatores limitantes de tudo isso é se a gente vai continuar a ter, nos países em que as vacinas estão sendo testadas, um número de infecção que permite que você teste essa vacina rapidamente", explicou Daniela Ferreira.

sábado, 23 de maio de 2020

Independente da medicação, 80% dos casos vão se curar, diz infectologista


                Apesar de todo debate e polêmica em torno do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com a Covid-19, outros medicamentos estão sendo estudados no mundo inteiro com a mesma finalidade. De acordo com o chefe do setor de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), Demétrius Montenegro, entre os que estão se mostrando mais promissores é o antiviral remdesivir, utilizado no tratamento do ebola. Ele apresentou resultados clínicos positivos em testes recentes e vem sendo usado de forma experimental em pacientes com o novo coronavírus nos Estados Unidos e no Japão.

“Essa medicação, dentre todas as estudadas, talvez é a que tenha realmente uma maior eficácia. Não em relação a diminuir a letalidade, mas os trabalhos vêm mostrando que diminuiu o tempo de internamento dos pacientes, o que de todo jeito já é um grande feito. Aqui no Brasil essa medicação ainda não está disponível. Mas nos EUA, há alguns dias, o órgão que libera o uso e comercialização de medicação aprovou a liberação do remdesivir para utilizar em pessoas com diagnóstico de Covid-19”, disse o infectologista.

Recentemente, a farmacêutica americana Gilead Sciences, responsável pela fabricação do antiviral, abriu mão da patente para facilitar o acesso ao medicamento em 127 países. Contudo, o Brasil ficou de fora da lista. A União Europeia já estuda liberar a venda do remédio para tratar pacientes com Covid-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está em contato com o fabricante para acompanhar a evolução das pesquisas envolvendo o medicamento no combate ao coronavírus.

“O que temos de tratamento hoje sabidamente aceito pela ciência é o acompanhamento do paciente e, principalmente nos casos graves, é a terapia intensiva, que quando bem aplicada salva muitas pessoas da Covid-19”, disse Demétrius Montenegro.

O médico explicou que os casos leves da Covid-19 representam cerca de 80% do total e, independentemente da medicação utilizada, os pacientes desse grupo vão se curar. “Aquelas pessoas que têm um quadro mais grave, a situação mais crítica fica em torno de 5%. Se tiver uma boa terapia intensiva também tem uma boa chance de cura dessa doença”, afirmou.

Estudo com 96 mil pessoas com Covid-19 aponta que cloroquina eleva risco de morte


                Um novo estudo feito com mais de 96 mil pessoas internadas com Covid-19 em 671 hospitais de seis continentes indica que quem tomou hidroxicloroquina e cloroquina teve aumento significativo do risco de morte pela Covid-19. Este é o maior estudo realizado sobre o uso dos medicamentos no tratamento da Covid-19. O resultado foi publicado na revista científica inglesa The Lancet, uma das mais prestigiosas do mundo.

Foram analisados dados obtidos entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020. Todos os pacientes tiveram alta hospitalar ou morreram até o dia 21 de abril.

Segundo os pesquisadores, não foi possível comprovar qualquer benefício da administração da cloroquina ou da hidroxicloroquina.

Dos 96.032 pacientes com Covid-19 foram hospitalizados durante o período do estudo. Desses, 14.888 estavam nos grupos que receberam tratamentos (1.868 receberam cloroquina, 3.783 receberam cloroquina associada a antibióticos, 3.016 receberam somente hidroxicloroquina e 6.221 receberam hidroxicloroquina associada a antibióticos). Outros 81.144 estavam no grupo controle.

Cerca de 11% dos pacientes do estudo morreram. Os mais propensos a morrer eram os homens, os mais velhos, os obesos, negros ou hispânicos e aqueles que tinham doenças associadas. Além disso, diferentemente do estudo fracês que indicava efeito protetor da nicotina, os mais propensos a morrer relataram ser fumantes.

O grupo de pacientes que recebeu o medicamento em alguma das quatro modalidades teve maior mortalidade do que o grupo controle. A maior mortalidade foi observada entre os que receberam hidroxicloroquina associdade com antibióticos (23,8%), seguida por cloroquina com antibiótico (22%), apenas hidroxicloroquina (18%) e apenas cloroquina (16,4%).

A modalidade que mais apresentou risco do paciente desenvolver arritmia cardiaca foi a administração de hidroxicloroquina com antibióticos (8,1%), seguida por cloroquina com antibiótico (6,5%), apenas hidroxicloroquina (6,1%) e apenas cloroquina (4,3%).

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Uma semana após retorno das aulas, França fecha 70 escolas por contágio de Covid-19


                Uma semana após o retorno das aulas do Ensino infantil e fundamental, o governo francês anunciou que 70 das 40 mil escolas do país precisaram voltar a fechar as portas devido ao contágio pelo novo coronavírus.

Quase um terço das escolas foram fechadas em apenas uma única cidade. Sens, localizada na região da Borgonha, teve 24 unidades de ensino paralisadas por causa de um caso de Covid-19. 

Segundo o ministro da Educação, Jean-Michel Blanquer, o fechamento das escolas não deveria ser motivo de preocupação, uma vez que isso demonstra que as autoridades de saúde estavam vigilantes. 

Em entrevista ao canal de notícias BMF TV, o ministro foi questionado se não era exagero fechar dezenas de escolas por causa de uma só pessoa contagiada. "Às vezes nos acusam de fazer de menos, às vezes de fazer de mais. Se tirarmos uma linha de equilíbrio, estamos atentos à saúde das pessoas", respondeu Blanquer. 

Ainda de acordo com ele, as escolas foram fechadas seguindo dois princípios básicos: orientação das autoridades de saúde e diálogo com os governantes locais.

"Voltar à escola não é uma medida secundária; é fundamental", afirmou o ministro sobre as consequências da suspensão das aulas. Além de impactos psicológicos e de nutricionais - já que boa parte dos alunos depende da merenda escolar - há risco de abandono ou fracasso escolar.