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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Movimento entra com mandado de segurança contra cobrança abusiva do IPVA

                         Foi com espanto e repulsa que o movimento “Não vou pagar” recebeu a notícia do reajuste abusivo do IPVA por parte do Governo Paulo Câmara, no último dia útil do ano de 2021, conforme noticiado pelo professor tributarista Allan Maux. Não bastasse a queda da economia, o desemprego recorde em Pernambuco e a pandemia que se alastra por mais de dois anos, os pernambucanos precisaram enfrentar mais um desafio, manter seus veículos legalizados.

De forma contrária a constituição, o Governo do Estado reajustou o IPVA em 33% na média, com alguns veículos superando os 170% de reajuste. Súmula do STJ já é utilizada para reajuste do IPTU, obrigando o Estado a não exceder as taxas oficiais de correção, como o IPCA, que terminou o ano de 2021 em pouco mais de 10%.

Mediante os fatos, o movimento teve o apoio do PTB-PE, através da figura do Coronel Meira, para impetrar um mandado de segurança que suspenda a cobrança abusiva do imposto. Há de se ressaltar que a informalidade em Pernambuco supera os 50% e grande parte dos trabalhadores encontram seus sustentos trabalhando como entregadores e motoristas de aplicativo e, consequentemente, dependem dos mesmos para sobreviver, não sendo razoável tamanha extorsão por parte do Estado.

"Vivemos em um Estado Democrático de Direito que, em hipótese alguma, pode estar às margens da legalidade e moralidade, princípios constitucionais norteadores para uma boa convivência entre o Estado e a sociedade. Diante disso, acreditando na justiça do nosso Estado, que possui o poder de manter o Executivo estadual dentro da legalidade, munimos o movimento Não Vou Pagar de ferramentas necessárias e suficientes para que essa ação seja vitoriosa para todo cidadão pernambucano que já se encontra esmagado com um grande arrocho tributário", disse o professor Allan Maux, graduado em Direito Tributário.

O advogado Otávio Lemos, um dos fundadores do movimento destacou que o instrumento do Mandado de segurança tem maior celeridade que qualquer outro, e dada a gravidade dos fatos, o juiz deve decidir já nas próximas 72 horas. "Não tenho dúvidas da ilegalidade deste reajuste, e não tenho dúvidas que se levado em consideração a letra da lei, esse reajuste será suspenso", disse Otávio. Do Magno Martins

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

STF prorroga por mais 90 dias inquérito da suposta interferência de Bolsonaro na PF

                          O Supremo Tribunal Federal (STF) prorrogou, por mais 90 dias, o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (PL) interferiu na Polícia Federal. A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes, que analisou a necessidade de mais tempo de investigação.

O processo foi aberto em 2020 pela Corte, que atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e tem como base acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O prazo acabaria no próximo dia 27.

"Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 deste mês), o presente inquérito", escreveu Moraes.

Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro se apresentou à Polícia Federal para prestar depoimento sobre o inquérito que apura a suposta interferência do chefe do Executivo na corporação para blindar familiares e aliados de investigações.

Bolsonaro respondeu às perguntas do delegado Leopoldo Soares Lacerda, da PF. Ele disse que não interferiu na autarquia e que trocou o então diretor-geral, Maurício Valeixo, no ano passado, por "falta de interlocução".

O chefe do Executivo ainda atacou Sergio Moro e disse que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública teria condicionado aceitar o delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal caso fosse indicado para o cargo de ministro do STF. "Ao indicar o DPF Ramagem ao ex-ministro Sergio Moro, este teria concordado com o presidente desde que ocorresse após a indicação do ex-ministro da Justiça à vaga no Supremo Tribunal Federal", disse Bolsonaro.

Segundo Moro, o chefe do Executivo queria trocar o diretor-geral da PF para ter acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência. A demissão de Maurício Valeixo trouxe a crise que levou à demissão de Moro, em maio do ano passado. Sendo homem de confiança do ex-juiz, ele foi levado à direção da PF por ele. Quando Bolsonaro pediu a substituição, Moro tentou evitar a troca, mas acabou pedindo demissão.

No caso, Jair Bolsonaro está na condição de investigado. Uma das provas é o vídeo da reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto em 22 de abril de 2020. No encontro, o chefe do Executivo disse que iria "intervir" na superintendência da corporação no Rio de Janeiro, para beneficiar familiares.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Estádio do Arruda é colocado à venda em leilão por dívidas trabalhistas do Santa Cruz

                         O departamento jurídico do Santa Cruz tem mais um problema para resolver nos próximos dias. Através de um leilão online, organizado pela Gracie Leilões, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6) colocou à venda a área do terreno do estádio do Arruda. O José do Rego Maciel está avaliado em R$ 220 milhões e a licitação se dá para pagamento de dívidas trabalhistas do clube. 

O leilão do Arruda já está aberto para lances na primeira praça e tem o fechamento previsto para às 9h do dia 8 de fevereiro, com o valor mínimo de R$ 132 milhões. Caso o estádio não seja arrematado em primeiro leilão, será aberto um segundo, com data final prevista para acontecer no dia 14 de março, às 9h, ou até que finalize a oferta de lances, podendo ser vendido por um valor menor de R$ 88 milhões.

O departamento jurídico do Santa Cruz já foi notificado sobre o leilão. A dívida é referente ao ex- meia Wendell, que jogou no Arruda em 2007 e se aposentou do futebol em 2014. O clube tem tentado recorrer da decisão do TRT para suspender o leilão e vai procurar o ex- atleta para renegociar a dívida. 

Há menos de cinco meses o departamento do Santa Cruz conseguiu suspender um outro leilão do Arruda. As dependências do estádio, de pouco mais de 58 mil metros quadrados, estavam sendo ofertado em um leilão da Justiça Federal em Pernambuco (TJFPE) por dívidas com a Fazenda Nacional. Na ocasião, o clube chegou a um acordo com a Procuradoria Geral e teve que pagar um total de R$ 32 mil.

Em meio às dívidas trabalhistas, ações desse tipo vem envolvendo o estádio do Arruda com certa frequência nos últimos anos. Na temporada passada, antes do caso da Fazenda Nacional, o departamento jurídico do Santa Cruz suspendeu em março uma ação ajuizada pelo ex-atleta tricolor Marcelo Magalhães, que atuou no clube em 2007.  

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sábado, 18 de dezembro de 2021

Ministério Público denuncia Pedro Eurico por crimes contra ex-mulher

                        O Ministério Público de Pernambuco denunciou, nesta sexta-feira (17), o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico por crimes ligados à Lei Maria da Penha após as acusações de Maria Eduarda Marques de Carvalho, com quem manteve um relacionamento por mais de 20 anos. A denúncia foi protocolada na Vara de Violência Doméstica de Olinda.

De acordo com nota emitida pelo MP, a denúncia se refere os crimes de "descumprimento de medida protetiva (Art.24-A, da Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340/2006), perseguição (art.147-A, do Código Penal), bem como pelo crime tipificado no art. 147-B, do Código Penal, mais popularmente conhecido como o termo em inglês 'stalker'".

Ainda segundo a nota, os outros crimes contidos no inquérito apurado pela Polícia Civil, o MP disse se tratarem de delitos cometidos no Recife. Segundo o orgão, "Seguindo o comando do art. 70 do Código de Processo Penal (CPP), que fixa a competência territorial  pelo local da consumação da infração penal, no caso o município do Recife, a 10ª Promotoria de Justiça Criminal de Olinda encaminhou cópia dos autos para a Central de Inquéritos da Capital, unidade que terá atribuição para analisar os outros fatos relatados".

Na semana passada, o ex-secretário foi acusado pela ex-mulher pelos crimes de violência psicológica contra a mulher; perseguição; descumprimento de medida protetiva; estupro consumado; estupro tentado e lesão corporal, pelos quais Pedro foi indiciado.

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Justiça suspende resultado da eleição da OAB/PE

                    O juiz Hélio Silvio Ourém Campos deferiu parcialmente, hoje, uma ação ordinária movida pelo advogado Almir Reis e determinou "a suspensão dos efeitos da eleição realizada na OAB/PE, para o triênio 2022/2024, no dia 16.11.2021, até a decisão de mérito nestes autos, mantendo-se a atual gestão nos cargos de Conselheiros (as), Diretores (as) e Presidente e Vice-presidente" da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco.

A sentença ocorre em caráter liminar. Almir Reis (Renova OAB/PE) foi o candidato da oposição no pleito vencido por Fernando Ribeiro (OAB Mais Unida), nome da situação. Uma diferença de apenas 237 votos: Ribeiro recebeu 7.741 votos enquanto Reis obteve 7.504 votos. Do Magno Martins

A decisão completa pode ser acessada neste link.

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quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Novo parcelamento de dívidas previdenciárias dos municípios vai à promulgação

        Por Dr. Pedro Melchior

                    Está prevista para ocorrer hoje (08) a promulgação de parte da PEC – Proposta de Emenda à Constituição n.º 023/2021, que dentre as novidades, concede aos Municípios a possibilidade de realização de parcelamento de dívidas previdenciárias em até 240 (duzentos e quarenta meses), seja do passivo junto à Previdência Geral como nos Regimes Próprios de Previdência.

As pendências previdenciárias das Prefeituras vêm sendo um dos maiores entraves para o normal andamento das políticas de desenvolvimento dos entes, uma vez que os débitos além de impedirem a renovação das certidões negativas de débito junto à Receita Federal do Brasil, também promove retenções nos valores do Fundo de Participação dos Municípios. 

Segundo levantamento realizado no mês de outubro de 2021, cerca de 80% (oitenta por cento) dos municípios pernambucanos se encontravam desprovidos da certidão de regularidade fiscal da Receita Federal em razão da existência de débitos previdenciários, e 45% (quarenta e cinco por cento) tiveram retenções no FPM entre janeiro de 2020 e outubro de 2021. 

Dados demonstram ainda que 70% (setenta por cento) dos Prefeitos que assumiram em 2021, encontraram pendências previdenciárias junto à Receita Federal e aos Regimes Próprios de Previdência. 

Com o advento do parcelamento, que deve ser regulamentado no início do ano de 2022, os Municípios poderão regularizar as dívidas com a Receita Federal do Brasil vencidas até 31 de outubro de 2021, em até vinte anos, com redução de 40% das multas, 80% dos juros, 40% dos encargos e 25% dos honorários advocatícios, o mesmo poderá ocorrer para regularizar valores devidos aos sistemas próprios de previdência, desde que haja a aprovação de lei específica pela Câmara de Vereadores. Os parcelamentos deverão ocorrer até junho de 2022. 

Os Prefeitos devem estar atentos aos prazos, e recomenda-se que desde já, acionem os seus departamentos de contabilidade para realização do levantamento dos valores devidos aos sistemas de previdência, e com isso, garantir aos Municípios a plena regularização, garantindo assim a renovação da certidão negativa de débitos, documento indispensável para a obtenção de recursos em prol da coletividade. 

Dr. Pedro Melchior de Melo Barros, Advogado de Municípios Pernambucanos, Especialista em Direito Administrativo, Eleitoral e Tributário.

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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Ex-mulher denuncia agressões e ameaças de Pedro Eurico e Câmara aceita demissão de secretário

                       A economista aposentada Maria Eduarda Marques de Carvalho afirma que manteve um relacionamento por 25 anos com o atual secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico. Agressões físicas e psicológicas marcaram o tempo juntos, assim como pedidos de desculpas, afirmou a mulher, que registrou dez boletins de ocorrência ao longo dos anos, a última em novembro.

“Ele batia, dava murro, dava chute. A vida inteira. Ele sempre me bateu”, declarou.

Pedro Eurico de Barros e Silva atua há anos na política do estado. Foi eleito vereador do Recife em 1984 e deputado estadual entre 1986 e 2006, sendo presidente da Assembleia Legislativa no biênio 1995-1996. No segundo governo Miguel Arraes (1987 a 1990), comandou a Secretaria de Habitação.

Assumiu a Secretaria Estadual da Criança e da Juventude em 2012 e, em 2015, foi para a pasta de Justiça e Direitos Humanos. Desde 2019, Pedro Eurico é presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária.

Procurado pela TV Globo, o secretário preferiu não gravar entrevista e disse, em nota, que as "denúncias improcedentes de agressão datam de mais de 10 anos e muitas destas foram retiradas pela suposta vítima".

Maria Eduarda afirmou que, apesar de ter tentado se separar, acabava retomando o relacionamento, mas que agora resolveu falar com a imprensa “por medo de morrer”.

“Eu não tinha mais condições de continuar vivendo do jeito que eu estava vivendo, sendo ameaçada, sendo perseguida. Então, eu achei que estava muito próxima da morte. Por conta disso, eu resolvi falar para que não apareça depois apenas a notícia: ela morreu. Eu gostaria apenas de viver. Muita vontade de viver ainda”, declarou.

Segundo a mulher, Pedro Eurico vinha fazendo mais ameaças nos últimos tempos, com insinuações sobre o que poderia fazer com ela. “[Ele] me acordava de madrugada dizendo que eu saísse de casa naquela hora porque ele tinha acabado de sonhar que me matava. Outro dia, ele dizia que ia acontecer um acidente, ia aparecer um acidente e ninguém ia desconfiar que era ele que tinha mandado fazer alguma coisa”, afirmou.

REAÇÃO DO EX-MARIDO

"Pedro, covarde! Estou na tua cola. Vou te procurar e tomar medidas drásticas. Minha proteção a Maria Eduarda será por 24 horas. Para tanto, estou me transferindo para casa dela. Caso você toque em pelo menos um fio de cabelo de Maria Eduarda saberás o que serei capaz de fazer".

Assim, reagiu o consultor Geraldo Cisneiros ao tomar conhecimento das denúncias da economista Maria Eduarda Marques, há pouco, no NE-TV da Globo, de que o secretário Pedro Eurico, ex-marido dela, a agredia fisicamente e psicologicamente.

Cisneiros foi casado com Maria Eduarda e com ela teve dois filhos, hoje rapazes, que moram em São Paulo. "Meus filhos estão indignados e querem vir ao Recife defender a mãe de toda e qualquer agressão por parte desse covarde", afirmou. Segundo Cisneiros, Eurico foi a Brasília, já quando ele separado da economista, fazer juras de amor à sua ex-mulher. "É um salafrário, frouxo e mentiroso", destacou.

DEMISSÃO

O governador Paulo Câmara aceitou o pedido de exoneração do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, feito tão logo sua ex-mulher Maria Eduarda o denunciou, em reportagem no NE-TV, da Globo, que sofria agressões físicas e mentais dele. Para o lugar de Eurico, assume, interinamente, Eduardo Figueiredo, secretário-executivo da pasta. Do G1 e Blog do magno

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segunda-feira, 20 de setembro de 2021

STJ aceita denúncia, e governador do AM vira réu por irregularidades em uso de verbas da pandemia

                         O STJ (Superior Tribunal de Justiça) aceitou, por unanimidade, denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e abriu ação penal contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), transformando-o em réu.

A Corte Especial concluiu nesta segunda-feira (20) serem suficientes os indícios de que Lima cometeu crimes com dinheiro destinado ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.

Responderão também ao processo o vice-governador, Carlos Almeida (PTB), servidores públicos e empresários, sob a suspeita de desviar recursos para a compra de respiradores para pacientes com Covid. O Amazonas foi um dos estados com um dos quadros mais graves durante a pandemia.

A peça da PGR inclui acusações pelos crimes de dispensa ilegal e direcionamento de contratação do governo, peculato, organização criminosa e embaraço às investigações.

Lima é o segundo governador a ser alvo de processo no STJ por irregularidades na administração de verbas do enfrentamento da pandemia. Em fevereiro, o tribunal acatou denúncia contra o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, também do PSC.

Em nota sobre a decisão, Lima afirmou que as acusações "não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento".

"Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular. Agora, terei a oportunidade de apresentar minha defesa e aguardar, com muita tranquilidade, a minha absolvição pela Justiça. Tenho confiança na Justiça e a certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo."

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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Ministério Público Federal processa União por danos causados por Moro e pela Lava Jato

                       O Ministério Público Federal (MPF) em Mossoró, no Rio Grande do Norte, ajuizou uma ação civil pública contra a União por danos morais coletivos causados aos brasileiros pela Operação Lava Jato e pelo ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro.

A ação afirma que o então magistrado atuou de modo parcial e inquisitivo, influenciando indevidamente as eleições de 2018 e o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). Diz, ainda, que Moro contribuiu para a erosão democrática brasileira,
abrindo caminho para um "populismo com traços fascistas".

"Ocorre que o regime democrático está sob ataque autoritário em diversos Estados no mundo, não estando o Brasil imune aos movimentos extremistas, muito pelo contrário. No caso brasileiro, a emergência de movimento populista, com alguns traços fascistas, também foi decorrência da atuação do então juiz federal Sergio Moro", afirma a ação.

A peça ainda diz que Moro usou atos processuais para influenciar as eleições de 2018, criando fatos políticos a partir do levantamento de sigilo da delação de Antonio Palocci dias antes do primeiro turno do pleito.

"É fato público e notório que o então juiz federal aceitou a indicação para o cargo de ministro da Justiça ainda no ano de 2018, fato que, analisado em conjunto com os demais, tem a aptidão de explicar a motivação por trás das mencionadas decisões, comprovando a reiterada e sistemática quebra da imparcialidade judicial", seguem os procuradores.

Os procuradores da República Emanuel Ferreira e Camões Boaventura, que assinam a ação civil pública, pedem que a Justiça Federal no Rio Grande do Norte determine que a União promova "adequada educação cívica para a democracia" por meio da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e da Escola Nacional do Ministério Público (Esmpu).

Essa formação, segundo os procuradores, poderia ser oferecida com cursos, palestras e eventos que abordem temas como "democracia militante" e "novas formas de autoritarismo que erodem a democracia e a constituição brasileira".

"A falta de atenção com a democracia militante nos concursos públicos e na formação dos magistrados e dos membros do Ministério Público favorece ao desenvolvimento de posturas judiciais e ministeriais desenvolvidas completamente à margem da Constituição e com busca por concentração de poder típica de regimes de exceção", justificam.

Os signatários da ação destacam que não utilizam nenhuma prova decorrente da Operação Spoofing da Polícia Federal, que consideram ser fruto de crime e, portanto, um material ilícito para fins de responsabilização.

A investigação apura suspeitas de ataques de hackers a telefones de procuradores e de Sergio Moro. Os diálogos obtidos indicam uma troca de informações sobre ações da Lava Jato e sugerem que Moro pode ter interferido na atuação da Procuradoria. Na época das conversas, Moro era juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos ligados à operação.

A ação dos procuradores ocorre na esteira de uma série de derrotas da Operação Lava Jato. Em maio deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) confirmou decisão da Segunda Turma da corte de declarar a parcialidade de Moro na condução do processo do tríplex de Guarujá (SP), que levou o ex-presidente Lula à prisão por 580 dias.

Em abril desde ano, o Supremo já havia formado maioria para anular as condenações de Lula e devolver-lhe os direitos políticos.

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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

PF faz buscas contra Sérgio Reis e deputado Otoni de Paula

                      O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor Sérgio Reis são alvos, nesta sexta-feira (20), de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Agentes da Polícia Federal (PF) foram a 29 endereços no Rio e em Brasília ligados ao cantor e ao deputado.

“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, afirmou a PF, em nota.

Otoni foi denunciado pela PGR ao STF em julho de 2020 pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas a Alexandre de Moraes. No mês seguinte, a Justiça de São Paulo determinou a exclusão das postagens.

Nas redes sociais, Otoni afirmou que “não há nada melhor que não dever nada a ninguém” e chamou Moraes de “tirano”. O parlamentar acrescentou que foi intimado a comparecer à PF. 

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Plenário do TSE declara inelegível ex-prefeito por abusos de poder

                        O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, na sessão desta quinta-feira (19), a decisão que multou e declarou inelegível por oito anos Francisco Bernhard Vervloet pela prática de abusos de poder político e econômico por utilizar programa assistencial gratuito para alavancar candidatura a prefeito de Conceição da Barra (ES) nas Eleições de 2016. Francisco Vervloet elegeu-se para o cargo naquele ano.  

Por maioria de votos, os ministros consideraram que Vervloet, na condição de secretário municipal de Assistência Social em abril de 2016, praticou conduta proibida ao usar programa social - sem prévia dotação orçamentária e lei da Câmara Municipal que o autorizasse - para se promover como candidato a prefeito junto ao eleitorado. O programa Mais Liberdade pelo Conhecimento oferecia 500 vagas gratuitas em cursos profissionalizantes para a população.

Em decisão de setembro de 2019, o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) cassou o diploma do prefeito, declarando-o inelegível e multando-o pela prática dos abusos. Vervloet permaneceu no cargo até o final do mandato, encerrado em 2020, por força de liminar concedida pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.

Voto do relator

No exame do processo, o relator, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que foi comprovada a prática do abuso de poder político e econômico na conduta. O ministro ressaltou que o programa assistencial teve “o carimbo e a personificação do candidato”.

Para o relator, houve desvio de finalidade do programa ao ser lançado em ano eleitoral com a clara intenção de promover a imagem de Francisco Vervloet. Moraes reiterou que a legislação proíbe o uso de bens, valores e benefícios públicos gratuitos em ano eleitoral e em favor de candidaturas.

Único a divergir, o ministro Mauro Campbell Marques entendeu que o uso eleitoreiro do programa Mais Liberdade pelo Conhecimento pelo candidato não ficou comprovado. Segundo ele, os discursos feitos por ocasião do lançamento da iniciativa não mencionaram as eleições daquele ano nem o apoio a qualquer candidatura.

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domingo, 15 de agosto de 2021

TJPE abre inscrições para participação em evento de conciliação de conflitos

                              O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) abre, nesta segunda-feira (16), inscrições para a 16ª Semana Nacional de Conciliação. A ideia é resolver, pacificamente, questões de áreas cíveis, como partilha de bens, direito do consumidor, conflitos entre vizinhos, acidentes entre veículos, cobranças de taxas de condomínio e pensão alimentícia, entre outros.

As inscrições são gratuitas e seguem até o dia 10 de setembro, pela internet. A semana acontece entre os dias 8 e 12 de novembro em todo o país.

Quem já tem processo em curso, deve realizar a inscrição através do formulário online, ou via contato direto com a vara onde tramita a ação, para solicitar a inclusão em pauta. Qualquer pessoa interessada em um acordo, seja na condição de parte autora ou ré, pode solicitar a conciliação com a parte adversa.

Nos casos em que ainda não exista um processo judicial, os interessados devem pedir o agendamento de uma audiência de conciliação em um Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc) mais próximo. Os endereços desses centros podem ser acessados no site do tribunal. Há sedes no Grande Recife, Zona da Mata, Agreste e Sertão.

Após a solicitação, o processo será analisado pela equipe do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) e, se for selecionado, as partes serão informadas sobre dia, hora e formato da audiência ou local onde a sessão de conciliação será realizada. 

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sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Alexandre de Moraes, do STF, determina prisão do ex-deputado Roberto Jefferson

                          O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e o cumprimento de busca e apreensão contra ele por suposta participação em uma organização criminosa digital montada para ataques à democracia.

O pedido de prisão partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.

A PF cumpre os mandados na manhã desta sexta-feira, mas não localizou Roberto Jefferson no endereço que constava na investigação.

O ex-deputado, que já foi preso anteriormente por sua condenação no escândalo de corrupção do Mensalão, hoje é aliado do presidente Jair Bolsonaro e tem veiculado com frequência vídeos com ataques aos ministros do Supremo. 

sábado, 3 de julho de 2021

Ministra Rosa Weber determina abertura de inquérito para investigar Bolsonaro no caso Covaxin

                        A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar se ele cometeu o crime de prevaricação ao ignorar denúncias de irregularidades acerca das negociações para compra da vacina Covaxin. 

A magistrada também autorizou que a Polícia Federal colha depoimento do chefe do Executivo.

Rosa Weber atendeu pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar o caso. A solicitação da Procuradoria, porém, só foi feita após pressão de Rosa Weber.

Isso porque, inicialmente a PGR havia pedido para aguardar o fim da CPI da Covid para se manifestar sobre a necessidade ou não de investigar a atuação do chefe do Executivo neste caso.

A ministra, que é relatora do caso, porém, rejeitou a solicitação e mandou a PGR se manifestar novamente sobre o caso.

Em uma decisão com duras críticas à PGR, a magistrada afirmou que a Constituição não prevê que o Ministério Público deve esperar os trabalhos de comissão parlamentar de inquérito para apurar eventuais delitos.

"Não há no texto constitucional ou na legislação de regência qualquer disposição prevendo a suspensão temporária de procedimentos investigatórios correlatos ao objeto da CPI", disse.

Segundo a ministra, "no desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República".

A suspeita sobre a compra de vacinas veio à tona em torno da compra da vacina indiana Covaxin, quando a Folha de S. Paulo revelou no último dia 18 o teor do depoimento sigiloso do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, que relatou pressão "atípica" para liberar a importação da Covaxin.

Rosa também autorizou o depoimento de Luís Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF). Além disso, autorizou que a PF e a PGR busquem informações junto à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria da República no Distrito Federal e àCPI da Covid sobre as negociações relativas à Covaxin.

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Estudante responde na Justiça devido a perfil satírico sobre Paulo Câmara em rede social

                      
O estudante de ciência política David Alves da Silva Andrade, de 26 anos, responde na Justiça pelos crimes de falsidade ideológica, injúria e difamação contra o governador Paulo Câmara (PSB). O universitário possuía uma conta no Instagram de sátira sobre o político, que esteve no ar entre dezembro de 2018 e meados de fevereiro de 2019.

"Eu criei esse perfil no fim de 2018 com o intuito de satirizar, fazer um pouco de humor referente ao governador. Eu seguia só nove páginas de repórteres e jornais, fui fazendo comentários criativos [...] Era sadia a página. Eu tomava muito cuidado para não ter nenhum tipo de ofensa, coloquei no perfil que era um perfil de sátira", afirmou David ao G1 nesta quarta-feira (16).

Defensor do estudante, o advogado Rafael Vasconcelos, do Centro Popular de Direitos Humanos, apontou que o caso é atípico do ponto de vista jurídico.

"Os prints nos autos mostram um perfil de humor muito básico, muito simples enquanto crítica satírica, política. [...] Quando o perfil se intitula irônico, ele já nega que se passa pela pessoa. Já tendo essa caracterização de irônico, não leva ninguém a erro e, logo, não aufere nenhuma vantagem por se passar por", declarou o advogado.

Quanto aos crimes de difamação e injúria, Vasconcelos ressaltou que caberia ao ofendido apresentar denúncia às autoridades policiais, o que não aconteceu: o boletim de ocorrência tem como noticiante, ou seja, a pessoa que apresentou queixa como sendo "sociedade".

De acordo com o estudante, ele foi intimado para depor na Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Cibernéticos e compareceu ao local no dia 30 de abril de 2019. Dois anos depois, em 9 de abril de 2021, David recebeu a intimação de que havia um processo na Justiça contra ele.

Segundo o universitário, ele havia preferido não expor o caso por medo de represálias, mas, preocupado com a notificação judicial, decidiu recorrer às redes sociais para pedir apoio e defesa jurídica.

Em nota, a Polícia Civil informou que a "Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, por meio de Inquérito Policial, investigou uma conta de Instagram, cujo autor foi indiciado pela prática dos crimes de injúria, difamação e falsa identidade".

A polícia também disse que o inquérito com indiciamento foi concluído em maio de 2019. Ele foi remetido à Justiça no final de maio de 2019, indo inicialmente para a 20ª Vara Criminal. A audiência do caso ainda não foi marcada.

O estudante relatou que, no dia em que foi depor à polícia, ainda em 2019, se sentiu ameaçado. Ao entrar na sala, o escrivão, que antes estava sozinho anotando os depoimentos de outras pessoas, foi acompanhado de outros dois agentes da polícia e o delegado do caso, Eronides Alves de Meneses Júnior.

O G1 procurou o governador Paulo Câmara através da assessoria de imprensa do governo de Pernambuco, que respondeu com a mesma nota da Polícia Civil sobre a conclusão do inquérito. Do G1

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Desembargador Carlos Frederico Gonçalves de Moraes é o novo presidente do TRE-PE

                       O desembargador Carlos Frederico Gonçalves de Moraes é o novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Em sessão virtual realizada nesta sexta-feira (04/06), o desembargador Frederico Ricardo de Almeida Neves renunciou à Presidência para que o colega assumisse.

A mudança foi aprovada por unanimidade pela Corte Eleitoral. Clique aqui https://www.youtube.com/watch?v=GZjwKIOdsE8 e assista à sessão. Constitucionalmente, o presidente e o vice-presidente (que também acumula a Corregedoria Eleitoral) dos TREs são provenientes dos Tribunais de Justiça dos Estados.

Os desembargadores Frederico Neves e Carlos Moraes foram indicados pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para a Corte Eleitoral de Pernambuco em maio de 2019. Já no TRE, em setembro do mesmo ano, ambos foram eleitos para presidente e vice-presidente, respectivamente.

Com a renúncia do presidente, haverá uma troca de cadeiras. O desembargador Frederico Neves, cujo biênio no TRE termina em 4 de setembro, será vice-presidente e corregedor. Já o biênio do desembargador Carlos Moraes começou em 2 de dezembro de 2019. Assim, ele ficará à frente do Tribunal durante aproximadamente seis meses. Visivelmente feliz com a decisão de renunciar para homenagear o colega e amigo Carlos Moraes, o desembargador Frederico Neves explicou sua atitude.

“É um ato de reconhecimento à seriedade e à competência de um homem comprometido com a ética e com a moralidade”. Todos os desembargadores e desembargadoras da Corte, bem como o procurador regional eleitoral substituto, Joaquim Dias, elogiaram a postura do desembargador Frederico Neves. Também não faltaram palavras para enaltecer a capacidade e a competência do desembargador Carlos Moraes. Emocionado, o desembargador Carlos Moraes agradeceu a todos e destacou a felicidade que sentia naquele momento.

“Este é um dos momentos mais agradáveis e importantes da minha carreira”, disse. Desde que tomaram posse e passaram a integrar a Mesa Diretora do Tribunal, os desembargadores Frederico Neves e Carlos Moraes sempre trabalharam em perfeita harmonia. Juntos, por exemplo, comandaram com sucesso as eleições de 2020, uma das mais difíceis da história por causa da pandemia da covid-19.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

STF adia decisão sobre demissão em massa sem negociação sindical

                    
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quinta-feira (20), o julgamento que vai definir se a negociação prévia entre empresas e sindicatos é obrigatória nos casos de demissões em massa. O motivo foi um pedido de vista feito pelo ministro Dias Toffoli. Não há data para retomada da análise da questão.

Até o momento, o placar da votação está em 3 votos a 2 para definir que a dispensa em massa de trabalhadores não necessita de negociação coletiva.

Na sessão de quarta (19), primeiro dia do julgamento, o relator do processo, ministro Marco Aurélio, votou contra a possibilidade de negociação coletiva. Para o ministro, não há proibição ou condição para a dispensa coletiva, pois o ato de demissão é unilateral do empregador e não exige concordância do trabalhador e dos sindicatos. O entendimento foi acompanhado pelos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes.

Edson Fachin abriu divergência e entendeu que a negociação coletiva é um direito do trabalhador.

Na sessão de hoje, o ministro Luís Roberto Barroso seguiu o voto de Fachin. Em seguida, Dias Toffoli pediu mais tempo para analisar a questão.

Os ministros julgam o recurso da Embraer contra a decisão do Tribunal Superior do Trabalho que confirmou a obrigatoriedade da negociação coletiva nesses casos. Em 2009, cerca de 4 mil trabalhadores foram demitidos pela empresa.

Na reforma trabalhista de 2017, foi inserido na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) o artigo 477-A, cuja redação definiu que “as dispensas imotivadas individuais, plúrais ou coletivas equiparam-se para todos os fins, não havendo necessidade de autorização prévia de entidade sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho para sua efetivação”.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Justiça federal manda arquivar inquérito contra líder indígena aberto pela PF

                     A Justiça Federal determinou o arquivamento do inquérito aberto pela Polícia Federal contra a líder indígena Sônia Guajajara. 

A PF havia instaurado a investigação a pedido da Funai (Fundação Nacional do Índio) para apurar possível difusão de fake news por parte de Guajajara na web-série "Maracá", na qual acusa o governo Jair Bolsonaro de promover uma política de extermínio contra os povos indígenas por meio do desmatamento e do descontrole da pandemia da Covid-19.

O juiz federal Frederico Botelho Viana, da 10ª Vara Federal de Brasília, porém, afirmou que a iniciativa da polícia representa um "constrangimento ilegal" da líder indígena e suspendeu a tramitação do inquérito. Com isso, o magistrado tornou nula a intimação para que Guajajara preste depoimento à PF.

No último dia 30, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organização da qual Guajajara é uma das coordenadoras executivas, emitiu uma nota para informar que ela havia sido intimada a depor.

"As discussões tratadas na série consubstanciam-se em válidas manifestações do direito fundamental à liberdade de expressão. Não há ali qualquer tipo de conduta, seja ela comissiva ou omissiva, que justifique ilações quanto à legalidade das discussões e informações tratadas", disse o juiz.

A decisão do magistrado foi dada no habeas corpus apresentado pela Apib. O juiz também criticou a afirmação de que há indícios de estelionato por parte da entidade.

"Há uma tentativa malfadada de demonstrar que as ações voltadas à arrecadação de fundos para os fins institucionais da Apib seriam uma espécie de estelionato, o qual estaria sendo aplicado a partir de suposta difusão de fake news por meio da série de vídeos mencionada.”

Os advogados de Guajajara afirmaram à Justiça que há "farta quantidade de documentos técnicos que evidenciam a ineficiência do governo federal em combater a pandemia nos territórios indígenas”.

Além disso, disseram que "causa estranheza" o fato de a Funai, órgão responsável pela política voltada aos povos indígenas, ter tomado a iniciativa contra Guajajara.

Essa não foi a primeira vez que o governo federal investiu contra a líder indígena, ex-candidata a vice-presidente pelo PSOL, em 2018, na chapa de Guilherme Boulos.

Em setembro do ano passado, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general da reserva Augusto Heleno, a acusou de "crime de lesa-pátria" após uma campanha publicitária da APIB veiculada na Europa que pedia o desfinanciamento do governo Bolsonaro por causa de sua política ambiental.