Como
mostrou O Globo, a relação de Bolsonaro com a suposta milícia digital passou a
ser investigada pela PF, após a análise de que o modus operandi do presidente
ao disseminar desinformação sobre urnas eletrônicas é semelhante ao usado pelo
grupo que atua nas redes sociais.
A
PF diz ainda que a estrutura do chamado “gabinete do ódio”, composto por
assessores do Palácio do Planalto, fez parte da disseminação de notícias
falsas.
“Identifica-se
a atuação de uma estrutura que opera especialmente por meio de um
autodenominado 'gabinete do ódio': um grupo que produz conteúdos e/ou promove
postagens em redes sociais atacando pessoas (alvos) – os ‘espantalhos’
escolhidos – previamente eleitas pelos integrantes da organização,
difundindo-as por múltiplos canais de comunicação, em atuação similar à já
descrita outrora pela Polícia Federal, consistente no amplo emprego de vários
canais da rede mundial de computadores, especialmente as redes sociais”,
escreveu a Polícia Federal.
O
inquérito que investiga a suposta atuação de uma milícia digital foi aberto no
ano passado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A nova
apuração foi aberta depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras,
solicitou o arquivamento de outra investigação a respeito de Bolsonaro e
aliados.
No
relatório, a PF também sustenta que a organização criminosa digital foi
usada para disseminar notícias falsas sobre medicamentos ineficazes
contra a Covid-19, o chamado “tratamento precoce”.
O relatório foi enviado nesta quinta-feira (10) ao STF para apresentar um panorama das investigações das milícias digitais até o momento. A PF detectou que a divulgação de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, usou a estrutura das milícias digitais.
CURTA NOSSA FANPAGE E PERFIL NO INSTAGRAM
Nenhum comentário:
Postar um comentário