O
jantar ocorreu em São Paulo e contou com a presença do ex-deputado federal
Gabriel Chalita (sem partido), além das ex-primeiras-damas Lu Alckmin e Ana
Estela Haddad, e de Rosangela Silva, a Janja, companheira de Lula. Segundo
relatos de pessoas próximas, o jantar consolidou ainda mais a
relação entre o ex-presidente e o ex-governador.
A
oito meses da eleição, a chapa é considerada certa no entorno dos dois
políticos, mas ainda falta definir o novo partido de Alckmin, que deixou o PSDB no
ano passado. As conversas com o PSB, apesar de avançadas, continuam esbarrando
na eventual candidatura de Márcio França (PSB) ao governo de São Paulo.
O
PT, por sua vez, deseja lançar Haddad. Por isso, o encontro desta sexta foi
considerado por algumas pessoas próximas a Lula e Alckmin como um possível
sinal de "isolamento" de França.
PSB
e PT negociam a formação de uma federação partidária, que incluiria ainda PCdoB
e PV, mas entre os empecilhos centrais se destacam justamente as complicações
nos palanques estaduais, como no caso de São Paulo.
Uma
das alternativas consideradas é a filiação de Alckmin ao PV, o que abriria
caminho para o candidato do PSB competir contra Haddad na disputa pelo Palácio
dos Bandeirantes e Lula ter pelo menos dois palanques em São Paulo. A
expectativa dos petistas é anunciar a chapa à Presidência até março, com o
objetivo de facilitar filiações de outros deputados ao eventual partido de
Alckmin.
Lula
e Alckmin se encontraram anteriormente em pelo menos outras três ocasiões. A
primeira aparição pública foi em um evento organizado pelo grupo Prerrogativas
no final do ano passado.
Na ocasião, o ex-tucano afirmou que o momento histórico exigia "grandeza política". O ex-presidente, por sua vez, minimizou o fato de ambos terem sido adversários no passado e destacou a importância da união de forças comprometidas com a defesa da democracia.
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