O
resultado pernambuco está acima da média nacional, que apresentou redução no
último ano, saindo de 13,8% em 2020 para 13,2% em 2021. A situação é semelhante
a da maioria dos estados do Nordeste, que também apresentam altas taxas de
desocupação. A Bahia aparece em 2º lugar no ranking nacional, com 19,5% da
população desocupada. Em seguida, aparecem Sergipe e Alagoas, com 17,9% e
16,9%, respectivamente. Completando a Região Nordeste, o Maranhão aparece em 7º
lugar, com 15,8%. Na 10º colocação estão Paraíba e Rio Grande do Norte, com
14,8%. O estado do Piauí aparece em 13º, com taxa de desocupação de 13,6%,
enquanto o Ceará fica em 15º lugar, com 13,4%. No Nordeste, a média anual
da taxa de desocupação foi de 17,1% em 2021,
Em
números absolutos, a população desocupada, termo utilizado para designar
pessoas que procuraram emprego mas não encontraram, foi de 831 mil pessoas em
2021, um aumento de 25,5% em comparação com o ano anterior. De acordo com a gerente
de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, o avanço da
vacinação pode ter contribuído para o aumento da taxa, tendo em vista que a
flexibilização do distanciamento social pode ter incentivado a volta da busca
por emprego para aqueles que ficaram inativos em 2020.
Outras
hipóteses também foram levantadas pela gerente. “Ao longo de 2020, uma parcela
significativa da população recebeu o Auxílio Emergencial, que foi reduzido
tanto em valores quanto em número de beneficiados no ano passado. Outro fator
que pode ter contribuído foi o fechamento de escolas e a evasão escolar de
jovens durante a pandemia. Sem acesso a estudo e com dificuldades financeiras,
parte deles passou a buscar ocupação para auxiliar nas despesas domésticas”, afirmou.
A
pesquisa também apontou que a taxa de informalidade, que inclui os
trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador
sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar, subiu de 48%
em 2020 para 51,1% em 2021 em Pernambuco. O resultado coloca o estado em 8º
lugar no ranking nacional, empatado com a Paraíba. No total, um milhão e 737
mil pernambucanos trabalharam na informalidade em algum momento de 2021.
A
pressão existente sobre o mercado pernambucano também é ilustrada pelo aumento
da população na força de trabalho, que chegou a 4,1 milhões de pessoas em 2021
contra 3,8 milhões em 2020, um avanço de 8,5%. Esse grupo é composto pela soma
de trabalhadores ocupados e trabalhadores desocupados. Enquanto mais pessoas voltaram
a buscar oportunidades, o rendimento médio habitual de todos os trabalhos em
2021 foi de R$ 1.837, o menor desde 2012.
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