sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

IBGE: Pernambuco teve maior taxa de desocupação em 2021

                       Com um em cada cinco pernambucanos em idade de trabalhar desocupado, Pernambuco se destacou negativamente como o estado com a maior taxa de desocupação do Brasil em 2021. O dado, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), de 19,9% de desocupação, é o maior percentual do estado desde o início do levantamento, em 2012. Em 2020, a taxa de desocupação no estado era de 17,2%.

O resultado pernambuco está acima da média nacional, que apresentou redução no último ano, saindo de 13,8% em 2020 para 13,2% em 2021. A situação é semelhante a da maioria dos estados do Nordeste, que também apresentam altas taxas de desocupação. A Bahia aparece em 2º lugar no ranking nacional, com 19,5% da população desocupada. Em seguida, aparecem Sergipe e Alagoas, com 17,9% e 16,9%, respectivamente. Completando a Região Nordeste, o Maranhão aparece em 7º lugar, com 15,8%. Na 10º colocação estão Paraíba e Rio Grande do Norte, com 14,8%. O estado do Piauí aparece em 13º, com taxa de desocupação de 13,6%, enquanto o Ceará fica em 15º lugar, com 13,4%. No Nordeste, a média anual da taxa de desocupação foi de 17,1% em 2021,

Em números absolutos, a população desocupada, termo utilizado para designar pessoas que procuraram emprego mas não encontraram, foi de 831 mil pessoas em 2021, um aumento de 25,5% em comparação com o ano anterior. De acordo com a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, o avanço da vacinação pode ter contribuído para o aumento da taxa, tendo em vista que a flexibilização do distanciamento social pode ter incentivado a volta da busca por emprego para aqueles que ficaram inativos em 2020.

Outras hipóteses também foram levantadas pela gerente. “Ao longo de 2020, uma parcela significativa da população recebeu o Auxílio Emergencial, que foi reduzido tanto em valores quanto em número de beneficiados no ano passado. Outro fator que pode ter contribuído foi o fechamento de escolas e a evasão escolar de jovens durante a pandemia. Sem acesso a estudo e com dificuldades financeiras, parte deles passou a buscar ocupação para auxiliar nas despesas domésticas”, afirmou.

A pesquisa também apontou que a taxa de informalidade, que inclui os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar, subiu de 48% em 2020 para 51,1% em 2021 em Pernambuco. O resultado coloca o estado em 8º lugar no ranking nacional, empatado com a Paraíba. No total, um milhão e 737 mil pernambucanos trabalharam na informalidade em algum momento de 2021.

A pressão existente sobre o mercado pernambucano também é ilustrada pelo aumento da população na força de trabalho, que chegou a 4,1 milhões de pessoas em 2021 contra 3,8 milhões em 2020, um avanço de 8,5%. Esse grupo é composto pela soma de trabalhadores ocupados e trabalhadores desocupados. Enquanto mais pessoas voltaram a buscar oportunidades, o rendimento médio habitual de todos os trabalhos em 2021 foi de R$ 1.837, o menor desde 2012.

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