PT
e PSB tentam selar acordos em disputas estaduais para pacificar a unidade da
aliança em torno de Lula na disputa nacional. No encontro da última
quinta-feira em Brasília, as direções dos dois partidos defenderam a
prerrogativa do PSB de indicar o candidato a governador de Pernambuco porque a
legenda comanda o estado desde 2007 – os mais cotados são os deputados federais
Danilo Cabral e Tadeu Alencar, mas vários outdoor com o slogan “Pernambuco é Geraldo”
começam a se espalhar pelo estado.
O
PT, por sua vez, ainda não tornou pública a intenção, mas quer a vaga do Senado
na chapa em Pernambuco. Nos bastidores, a cúpula petista entende que Marília
Arraes é a que mais tem viabilidade eleitoral para a função.
O
partido do ex-presidente Lula quer aumentar sua bancada de seis para pelo menos
nove senadores. Para isso, o PT quer dar carga nas candidaturas no Nordeste,
reduto eleitoral do PT. Deverão se candidatar a senador, por exemplo, os
governadores do Piauí, Wellington Dias, e do Ceará, Camilo Santana, além do
senador Jean Paul Prates, que pode tentar a reeleição no Rio Grande do Norte.
Lula e o PT também vão apoiar Flávio Dino (PSB) no Maranhão, visto como aliado
de primeira hora.
Em
dezembro, o PT de Pernambuco aprovou a indicação do senador Humberto Costa como
pré-candidato ao governo. Nos bastidores, a aprovação foi vista como forma de
pressionar o PSB a abrir mão da disputa do governo de São Paulo, onde Márcio
França e Fernando Haddad são pré-candidatos por PSB e PT, respectivamente.
Na
quarta-feira, Lula disse em entrevistas a blogs independentes que, “se o PSB
definir um candidato, Humberto está fora (da disputa)”.
Marília
Arraes afirmou que está disposta a seguir a estratégia a ser definida pelo
ex-presidente Lula e minimizou divergências com o PSB de Pernambuco. “Em um
momento em que precisamos derrotar Bolsonaro, a gente tem diálogo com quem quer
derrotar Bolsonaro junto com a gente. O projeto local é importante, mas não
podemos falar sobre o que está acontecendo em Pernambuco sem discutir o que
está ocorrendo no Brasil”.
A ala pernambucana do PSB não tem preferência por Marília, mas enfatiza internamente que precisa do ex-presidente Lula como cabo eleitoral para ajudar o partido a manter o governo do estado. Já a direção do PT argumenta que a prioridade é derrotar Bolsonaro e divergências pontuais devem ser secundárias.
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