sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Agente público e servidores da prefeitura de Paudalho são suspeitos de fraudes em licitações e lavagem de dinheiro

                     Um agente público e servidores da prefeitura de Paudalho, na Zona da Mata, são investigados pela Polícia Civil por fraudes em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com o delegado Diego Pinheiro, o agente público seria proprietário de uma empresa de fachada registrada em nome de funcionários da prefeitura.

Essa empresa, segundo o investigador, ganhou, irregularmente, três licitações na cidade de Paudalho, três em Gravatá e uma em Terra Nova. Para isso, teriam sido usados documentos falsos. Também há indícios de falsa concorrência em uma das licitações de uma segunda empresa, que seria da mãe do agente público.

Em nota, o prefeito Marcelo Gouveia (PSD) afirmou que as empresas da família dele não têm nenhuma ligação com a empresa investigada e não participaram de processos licitatórios no município, e que tentou ser ouvido pela Polícia Civil desde 2021 para explicar sua versão dos fatos.

O delegado Diego Pinheiro explicou que as investigações começaram em 2020, após uma denúncia anônima a respeito de uma empresa de fachada que teria ganho licitações em Paudalho e que o real proprietário da empresa seria esse agente público do município.

Após a primeira diligência, foi identificado que a empresa não tinha qualquer capacidade técnica, operacional e financeira de participar de licitações. "Verificamos que os sócios dessas empresas, além de serem servidores da Prefeitura de Paudalho, ainda eram ex-funcionários de uma construtora do agente político de Paudalho", disse.

Segundo o delegado, no decorrer das investigações, foi verificado que os sócios não tinham qualquer capacidade financeira de possuir uma empresa de capital social de mais de R$ 500 mil e de ter vencido licitações de mais de R$ 5 milhões.

"Verificamos que, em 2019, foi criada uma segunda empresa cuja a sócia é a genitora do agente político de Paudalho. Em quatro licitações, uma na cidade de Terra Nova e três em Gravatá, um dos sócios dessa primeira empresa representou essa segunda empresa contra a sua própria empresa, fraudando assim a licitações com uma uma falsa concorrência", disse o delegado.

Diego Pinheiro explicou que foi solicitado o bloqueio de valores em um valor aproximado de R$ 2 milhões, que seria oriundo de fraudes em licitações. "Também solicitamos a suspensão dessas duas empresas de participar de licitações", declarou.

O delegado explicou que, em uma segunda etapa, a investigação deve focar no crime de lavagem de dinheiro, além de verificar se houve mais alguma licitação fraudada.

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