Grande
parte desses recursos foi destinada por meio das chamadas emendas de relator, a
peça-chave do jogo político em Brasília responsável pela sustentação da base
aliada de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso.
A
verba sai de Brasília e entra no caixa da unidade local da Codevasf, órgão
federal loteado por indicados dos partidos e líder em projetos usados como
moeda de troca política.
Em
Petrolina, o asfalto pago com verbas direcionadas pelo líder de Bolsonaro
ganhou até apelidos. É chamado de farofa ou sonrisal, em referência ao
esfarelamento dos trechos pavimentados.
O
pavimento usado derrete com o forte calor e gruda nos calçados dos moradores e,
quando ele se quebra em pedaços, começa a esfarelar.
Em
outros trechos, com pouco mais de um ano de entrega, a má qualidade das obras
de pavimentação já dá sinais, com abertura de buracos e falhas nas vias.
Moradores
também reclamam de asfaltamentos realizados sem o acompanhamento de serviços de
drenagem ou da construção de meio-fio, o que abre espaço para alagamentos.
Reportagem
do jornal Folha de S.Paulo, publicada pelo O Tempo esteve em Petrolina há duas semanas e constatou esse
cenário em áreas distantes do centro da cidade, principalmente em vilas ligadas
a projetos de irrigação.
A
precariedade nas vias pode ser explicada também por meio de um relatório da CGU
(Controladoria-Geral da União) de fevereiro deste ano e que lista dez
irregularidades no processo de contratação e execução das pavimentações pagas
com verba federal direcionada pelo líder do governo.
Destaca-se no relatório a falta de planejamento prévio e de projeto básico para as obras. Procurada pela reportagem, a CGU afirmou que até o fim de novembro os problemas apontados no relatório ainda não tinham sido resolvidos. Da Folha de S. Paulo
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